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Após ser mãe, não voltou ao emprego e virou trader: ‘primeiro trade ganhei R$ 400’

Emilia Campelo contou as agruras de cuidar da filha e operar no mercado; hoje, é uma bem-sucedida trader

Augusto Diniz

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Defensora das mulheres no mercado financeiro, Emilia Campelo afirma que sempre quando pode diz que dá para ser trader criando um filho. Ela participou do episódio 59 do programa GainDelas, do canal GainCast.

“Acredito que o trade transforma vidas e defendo também que é simples, mas não é fácil. Quando chega no day trade todo mundo pensa em facilidade, pensa no gain (ganho), mas tem o loss (perda) também”, afirma. Ela ressalta, no entanto, que é preciso se dedicar.

“O day trade te prova. Falo que de vez em quando o mercado financeiro te humilha. Ele bate no seu orgulho”, afirma. “Então, tem essa transformação pessoal, não só financeira, que é uma parte muito boa, essa mudança como pessoa”, acrescenta.

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Parou de trabalhar

Emilia Campelo já tinha cinco anos de casamento quando se tornou mãe. “Trabalhei até o nono mês de gravidez. Era CLT (carteira assinada)”, recorda.

Ela diz que, quando parou de trabalhar para se dedicar a maternidade, achava que depois voltaria ao mercado. Mas não foi o que aconteceu.

“Veio a responsabilidade e fui me dedicar a criar minha filha, passar meus valores para ela”, explica. “Foquei nisso e dediquei 100% nela. Tudo girava em torno dela. Tenho o problema de não aceitar muito ajuda. Não aceitava ajuda nem para trocar fraldas. Tudo tinha de ser eu”, recorda.

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Mas ela se “se perdeu nesse caminho”. “Não tinha mais a pessoa, só a mãe. Entrei em depressão e fui para o fundo do poço. Aí passei a não ser uma boa mãe por que estava estressada, brava, não tinha mais paciência”, relata.

Terapia

Mais tarde, quando a filha já estava com 4 anos, Emilia recuou e decidiu procurar ajuda.

“Fui procurar terapia. Ganhei uns quilos. Fiquei perto da obesidade. Comecei a fazer atividade física. E fui procurar algo para fazer”, lembra.

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Ela conta que ouviu de um amigo que tinha algo no mercado financeiro, mas até ali não tinha ouvido falar em day trade. Mas ao  fazer buscar na internet, encontrou operação de compra e venda de ativos com objetivo de obter lucro ao longo do dia.

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“No primeiro trade ganhei R$ 400 (no mini-índice). Sorte de principiante. Bom, para quem não está fazendo nada [nada mal]”, pensou na época. No dia seguinte, foi ver o mercado de minidólar. “Perdi R$ 50. Aí, falei: estou perdendo muito rápido. Não tinha ideia do que estava fazendo”, conta.

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No outro dia voltou a operar com mini-índice, mas continuou a não entender a operação. Aí, decidiu estudar, tentar entender os gráficos do mercado financeiro. Foi para uma plataforma de análise de cotação de ativos, mas ainda tudo era estranho para ela.

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Busca por conhecimento

“Eu disse: Isso não pode ser tão fácil senão estava todo mundo rico”. Decidiu então fazer um curso profissional sobre o trade e descobriu que tinha dificuldade de compreender gráfico de cotações. E acabou se identificando com a técnica de análise de fluxo.

“Priorizei estudo, foquei mesmo”, afirma ela. Já separada, seu ex-companheiro lhe dava apoio nas tarefas com a filha. Ainda assim, tentava se organizar na vida.

“Descobri que não sou perfeita nem consigo fazer tudo”, afirma. E foi focando nas coisas mais importantes que conseguiu vencer no trade. Hoje, ela gosta e operar minidólar: “É mais técnico”.

Atualmente, a trader Emilia Campelo é analista e apresentadora do programa Futuros em Alta na Top Gain.

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