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Depois de saldo líquido negativo de fluxo estrangeiro na B3 desde o início do ano, julho finalmente o item ficou positivo. A entrada superou a saída, registrando R$ 3,6 bilhões. E em agosto, o fluxo estrangeiro na bolsa pulou para um saldo positivo de R$ 10 bilhões.
“Não tivemos desde então grandes movimentos nem para um lado nem para outro”, afirmou Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, que participou nesta segunda (11) do programa Morning Call da XP.
Desde setembro negativo
Em setembro, o item voltou a ficar negativo (R$ 1,7 bi), assim como outubro (R$ 2,5 bi). “Na semana passada vale mencionar que tivemos uma semana de entrada de fluxo estrangeiro pequeno de R$ 568 milhões”, ressaltou Ferreira.
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“Vamos ver se os estrangeiros voltam a comprar Brasil, porque o ano continua bastante vendedor: R$ 30,3 bilhões de saída”, disse.
“Vamos ver também se agora, com essas definições do governo americano (eleições) e de política monetária (o Federal Reserve na semana passada divulgou mais uma queda dos juros nos EUA), muda o cenário em termos de fluxo”, complementou.
Ele apontou ainda que a saída de investidores pessoa física na semana passada chamou a atenção. No total, o saldo líquido nessa linha ficou negativo em R$ 799 bilhões. Mas lembrou que no ano investidores pessoa física já colocaram na B3 R$ 23,7 bilhões.
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Inflação de 2026 se alterou para cima
Caio Megale, economista-chefe da XP, que comandou o programa, destacou sobre Boletim Focus divulgado nesta segunda, que a projeção de inflação para 2026, que vinha praticamente estável, agora foi de 3,61% para 3,65%.
“Parece pouco, mas pode ser o primeiro movimento de uma desancoragem de expectativas um pouco mais longas”, disse.
“A gente da XP já tem projeções de inflação acima da meta para esse ano e para o ano que vem, embora a estimativa do Focus ainda esteja dentro da banda (da meta de inflação de 3%). É uma sensação de menos confiança no cumprimento da meta”, comentou.
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Ele também destacou algumas mudanças de estimativas da XP no seu relatório Brasil Macro Mensal divulgado dias atrás. Dentre eles, o IPCA de 2024, que passou de 4,6% para 4,9%, e o de 2025, de 4,1% para 4,7%.
Já o câmbio, a previsão agora para o final do ano é de chegar a R$ 5,70. Em 2025, ele recuaria para R$ 5,50. Já estimativa para Selic é de alcançar 13,25% ao final do ciclo de aperto monetário.
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