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SÃO PAULO – O crescimento de 8,1% do lucro agregado dos bancos no primeiro trimestre não foi suficiente para evitar um recuo na rentabilidade sobre o patrimônio anualizado. É o que mostra levantamento feito pela Economatica. Segundo a consultoria, a mediana do ROE das quatro maiores instituições financeiras do país foi de 13,25% nos três primeiros meses do ano, o que corresponde ao menor valor atingido pela amostra, que considera dados a partir de 2006, quando o Santander tem seus primeiros dados disponíveis em balanços.
Para se ter uma ideia, a mediana do indicador no quarto trimestre de 2015 foi de 20,62%. Desde então, o que se verificou foi queda por sete trimestres consecutivos.
O lucro consolidado de Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11), somados, entre janeiro e março deste ano, é de R$ 14,39 bilhões, o que equivale ao quarto melhor resultado trimestral registrado no período do levantamento. Apesar disso, o lucro consolidado no primeiro trimestre não minimiza o impacto da queda do ROE, uma vez que o cálculo leva em conta o lucro anualizado — ou seja, é feito a partir da soma dos quatro últimos trimestres.
Quando são levados em consideração todas as empresas do setor, a sequência de mergulhos não é verificada na mesma intensidade. Mesmo assim, os dados do primeiro trimestre deste ano apontam para uma queda do ROE de 10,35% entre outubro e dezembro do ano passado para 9,85% entre janeiro e março de 2017. A mediana do ROE do setor é 3,4 pontos-percentuais menor que a mediana dos quatro maiores bancos.
A tabela abaixo mostra os dez melhores ROEs do setor financeiro. Uma comparação entre o primeiro trimestre de 2017 e o mesmo período de 2016 anualizados mostra que apenas três companhias apresentaram crescimento no indicador: Banese (BGIP3), Banco do Nordeste (BNBR3) e Daycoval.