Antes do reajuste da Petrobras (PETR4), gasolina está 5% mais barata no Brasil e diesel, 15%

A defasagem do diesel em relação ao mercado externo registrava dois dígitos desde setembro, e um aumento já era esperado pelo mercado

Estadão Conteúdo

Combustível
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Após mais de dois meses congelados, os preços da gasolina e do diesel terão no sábado, 21, reajustes nas refinarias da Petrobras (PETR4) para reduzir a defasagem em relação ao mercado internacional, com o preço do petróleo começando a dar sinais de tensão com a guerra Israel/Hamas e ultrapassando os US$ 90 o barril.

O movimento da companhia acontece em um momento em que a gasolina voltava a ficar mais barata no mercado interno do que no exterior, enquanto o diesel prossegue uma escalada de preço pela soma das incertezas da guerra.

A defasagem do diesel em relação ao mercado externo registrava dois dígitos desde setembro, e um aumento já era esperado pelo mercado. Já a gasolina, que impacta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), patinava entre leves altas e baixas em comparação com o mercado brasileiro, e a expectativa era de baixa.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina estava 5% mais barata no Brasil do que no exterior no fechamento da quinta-feira, 20. Mesmo assim, a estatal decidiu reduzir o preço em 4% a partir do sábado, dentro da sua estratégia de evitar importar a volatilidade do mercado internacional para o mercado interno e praticar o melhor preço possível nas comercialização dos seus produtos nas negociações com os seus clientes.

Também o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) estima que no fechamento de quarta-feira, a gasolina estava 4,5% mais barata no Brasil, depois de ter ficado acima do preço internacional por vários dias em outubro.

Na Bahia, onde opera a única refinaria privada relevante no País, a refinaria de Mataripe, a gasolina também estava 5% mais barata do que no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores.

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Diesel

Já o diesel será elevado em 6,6% pela Petrobras, refletindo uma escalada do preço por conta do início do tempo frio no Hemisfério Norte; a redução dos descontos do diesel russo; e a expectativa de aumento nas tensões no Oriente Médio, região grande produtora de petróleo.

O combustível estava sendo negociado nas refinarias brasileiras com valor 15% abaixo do preço externo na quinta-feira, segundo a Abicom, e 12,5% menor, na estimativa do Cbie. Durante o mês de outubro, porém, o combustível experimentou taxas próximas aos 20%.

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Na Refinaria de Mataripe, a Acelen faz reajustes semanais dos seus combustíveis, e registrava na quinta-feira, preço do diesel 4% mais barato do que no mercado internacional.