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A Ânima (ANIM3) apresentou R$ 97,5 milhões de lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 (1T24), de acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira. O valor representa a reversão do prejuízo presente no primeiro trimestre do ano passado, de R$ 41,3 milhões.
Na modalidade ajustada, o lucro líquido chegou ao maior patamar da história para um primeiro trimestre, a R$ 104,7 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebita, na sigla em inglês) teve aumento de 29,1%, em R$ 384,2 milhões no 1T24. A margem Ebitda ajustada ficou em 40%, avanço de 3,1 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia ficou em R$ 990 milhões, alta de 3,8% na comparação anual.
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A geração de caixa operacional apresentou avanço de 15,7%, em R$ 409 milhões. Outro destaque da companhia no primeiro trimestre foi a redução orgânica da dívida líquida em R$ 102,3 milhões, que culminou na redução da alavancagem. A relação entre dívida líquida sobre Ebitda ficou em 2,98 vezes, em comparação com os 3,88 vezes observados no primeiro trimestre do ano passado.
“Ano da colheita”
A redução da alavancagem tem sido um dos focos da companhia, de acordo com o CFO, Átila Simões da Cunha, assim como gerar valor para o acionista. Segundo Simões, “2024 é o ano da colheita”. O executivo destaca que após muitos anos de construção de portfólio e de busca por “integrar” as marcas, agora é a hora de “entregar”.
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“Nosso foco é desalavancar a companhia, fazer com que ela tenha uma dívida cada vez menor e entregue uma despesa financeira melhor, um lucro maior, e a gente consiga gerar mais caixa para reinvestir o nosso negócio e fazer o nosso aluno mais satisfeito”, destaca o executivo em entrevista exclusiva ao InfoMoney, juntamente com Marina Oehling Gelman, diretora de Relações com Investidores (RI) da companhia.
Por enquanto, a Ânima não pretende buscar mais aquisições, de acordo com os executivos, e está presente em estados como Bahia, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Sergipe, dentre outros. A construção de um portfólio com nomes como as universidades Anhembi-Morumbi e São Judas tem sido também um diferencial na busca por manutenção do market share, em especial com destaque no ensino médico.
No segmento, a diretora de RI destaca que a companhia tem presença em “geografias muito vantajosas” e que se encontra bem posicionada para quaisquer decisões que sejam tomadas em relação à liminares sobre criação de mais vagas.
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“Nossa cabeça é manter a participação de mercado market share que a gente tem hoje. Então, na medida em que o mercado cresce, a gente acompanha esse crescimento. A Inspirali é muito cuidadosa porque a educação médica de qualidade, como está no nosso DNA desde a origem, é fundamental, ainda mais do que nos outros cursos”, ressalta.
A mesma tranquilidade é vista em relação em relação à regulamentação do Ensino a Distância. Os executivos consideram muito positiva a iniciativa de estabelecimento de regras na modalidade. Mesmo não ocupando parte muito significativa da receita (cerca de 7%), a companhia conta com mais de 100 mil alunos no segmento.
A diretora de RI destaca ainda que a origem da companhia é no uso de ferramentais digitais como algo para aproximar o professor e melhorar a qualidade do ensino.
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“Então, nos vemos colocados num lugar em que o caminho que a educação está tomando é um caminho que gostaríamos que tomasse e que nos preparamos”, comenta a diretora de RI.