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SÃO PAULO – Tendo em vista os questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Petrobras informou na última terça-feira (23) uma proposta de alteração do critério que será utilizado na determinação da relação de troca das ações da Petroquisa, que está sendo incorporada.
A nova relação de troca proposta é de 4,496 ações preferenciais de Petrobras para cada 1.000 ações preferenciais de Petroquisa e é baseada no valor contábil do patrimônio de ambas as companhias na data base de 31 de dezembro de 2005.
A relação de troca anteriormente proposta era a de 3,487 ações de Petrobras para cada 1.000 ações de Petroquisa e era baseada no método de fluxo de caixa descontado tendo também como base os dados do último dia do ano passado.
Diluição pouco relevante do capital da Petrobras
As assembléias que vão deliberar sobre essa nova proposta serão realizadas no dia 1º de junho. Os analistas do Banco Itaú calculam que essa nova relação de troca eleva de 687.646 para 886.670 a quantidade de ações a serem emitidas pela Petrobras, que já detém 99% do capital total da Petroquisa.
Sendo assim, apesar de uma elevação de 29% no número de ações a serem emitidas, a diluição dos acionistas da Petrobras passa de 0,016% para 0,02%, o que é pouco relevante.
Recomendação para as ações
Os analistas acreditam que a incorporação da Petroquisa irá ocorrer, embora com um pequeno atraso em relação ao cronograma original, e ressaltam que a história de investimento da Petrobras está muito focada na expansão de produção que a empresa deve apresentar nos próximos anos e esse evento não altera o seu valor econômico.
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Tendo como base esse cenário, a recomendação de compra para as ações preferenciais da Petrobras foi reiterada pelos analistas do Itaú, que projetam um preço-alvo de R$ 66,80 para dezembro de 2006. O retorno sobre os dividendos distribuídos pela empresa esta estimando em 3,0% para este ano.