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SÃO PAULO – Em meio às incertezas quanto à situação da crise da dívida na Zona do Euro, os investidores devem continuar a se pautar pelo que é noticiado no velho continente durante esta semana. Analistas afirmam que a volatilidade permanece e a oscilação do Ibovespa se dará acompanhando o mercado externo, principalmente no que tange o rendimento dos títulos públicos e declarações de agências de classficação de risco.
A Rosenberg e Associados, por exemplo, espera uma certa estabilidade em relação ao nível alcançado no final do período entre 5 e 9 de dezembro. Isso, inclusive, deve acontecer até o fim de 2011. “Com o recesso de final do ano, dificilmente haverá uma notícia que indique um avanço significativo na solução do problema europeu”, afirma o relatório da consultoria.
Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, crava um intervalo entre 57.000 e 60.000 pontos para o benchmark em condições normais. Mas caso haja uma trégua na Europa, investidores estrangeiros podem voltar em peso para o mercado brasileiro, trazendo o índice para patamares superiores. “Ao contrário, novas tensões significativas no cenário externo pordem fazer com que o Ibovespa se aproxime e até rompa patamares de 55.000 pontos”, diz.
Em relação a essa tensão que ronda as bolsas de todo o mundo, a equipe da LCA é mais catastrófica. Segundo boletim enviado a analistas, a equipe acredita que há uma grande possibilidade de a semana anterior ter sido uma das últimas chances de se tranquilizar os mercados, com os líderes do euro perdendo “uma grande oportunidade”.
Agenda para a semana
Para a analista da AGK, esse impasse geral traz importância para a divulgação de dados econômicos até 16 de dezembro. Serão conhecidos diversos indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos, entre eles os de vendas no varejo e níveis de estoques, na terça-feira (13), bem como produção industrial na quinta (15).
Além disso, o segundo dia da semana é de reunião do Federal Reserve, o banco central norte-americano. O comunicado do Fomc (Federal Open Market Committee) ao fim do encontro deve traçar tendências sobre a recuperação global e maneiras de se garantir a liquidez do sistema financeiro.
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Também será conhecido nos EUA o número de pedidos de auxílio desemprego na quinta e a inflação de novembro no país, medida pelo CPI (Consumer Price Index). Para finalizar os eventos internacionais, há as prévias de PMIs (Purchasing Managers’ Index) da Zona do Euro, bem como o mesmo índice na China, mas medido pelo HSBC. “O consenso de mercado já é de dados mais fracos de atividade chinesa”, lembra Miriam Tavares.
E no Brasil…
No front doméstico, os destaques ficam por conta da Pesquisa Mensal do Comércio na terça – projeção da LCA: alta anual de 5,4% nas vendas do varejo -, bem como o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Mensal), a ser revelado na sexta-feira (16) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Vale ainda destacar o vencimento dos contratos relativos ao Ibovespa Futuro na BM&F, a serem realizados na quarta-feira (14), bem como os de opções.