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Análise técnica: Ibovespa abre semana com 130 mil no radar para manter tendência de alta no curto prazo

Do lado da alta, a atenção dos investidores encontra-se na resistência dos 130,5 mil pontos; abaixo dos 128,3 mil pontos, índice poderia sinalizar reversão de tendência

Rodrigo Petry

Gráfico de 60 minutos do Ibovespa em fevereiro. Fonte: Clear Trader
Gráfico de 60 minutos do Ibovespa em fevereiro. Fonte: Clear Trader

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O Ibovespa começa a semana com os 130 mil prontos no radar dos investidores, o que mantém o índice com tendência de alta no curto prazo, segundo grafistas. Apenas uma perda dos 128,3 mil pontos poderia sinalizar um princípio de reversão de tendência.

Nesta segunda-feira (26), após operar de forma negativa nos primeiros negócios, por volta das 10h45, o Ibovespa subia 0,3%, aos 129,8 mil pontos. Assim, o principal índice da Bolsa acumula alta de 1,6% em fevereiro, reduzindo suas perdas em 2024 para menos 3,25%.

Segundo o analista Rodrigo Paz, analisando o Ibovespa no médio prazo, por meio do gráfico semanal, nota-se que a tendência principal segue sendo de alta. Ele reforça que o índice negociou em alta quase todos os dias da última semana, exceto nesta sexta-feira, quando devolveu parte dos lucros do período.

Assim, ao final da última semana, o Ibovespa somou alta de 0,54% aos 129.418 pontos, completando a terceira semana consecutiva em alta. Conforme Paz, o Ibovespa segue, portanto, acima das médias, mas com muita dificuldade de superar a região de resistência nos 130.550 pontos.

“Para seguir movimento de alta, o Ibovespa deverá superar a faixa de de 130.550 pontos para então mirar o topo histórico nos 134.390 pontos. Caso rompa a região de topo, a tendência é mirar alvo na projeção de 137.000 pontos, com alvo mais longo na região de 139.650 pontos.”

No sentido inverso, o ponto de suporte mais importante está na faixa de 125.875 pontos, que rompido poderá impulsionar mais vendas. “Caso seja rompido, o Ibovespa deverá buscar médias nos 125.275 e suporte nos 123.244/123.000. Os alvos mais longos estão nos 120.600 e na faixa de 112.000 pontos.” 

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Gráfico semanal Ibovespa, até fechamento 23/02. Fonte: Nelogica. Elaboração Técnica: Rodrigo Paz

Partindo para análise do Ibovespa, a partir do gráfico diário, Paz pontua que o Ibovespa segue dentro do movimento corretivo, após as altas recentes. O IBOV segue, dessa forma, acima das médias e para que siga em alta deverá superar a região de resistência nos 130.550 pontos, último topo deixado.

“Caso supere tal região o alvo será na região de topo histórico em 134.390 pontos, e caso seja superada poderá intensificar o fluxo comprador a fim de buscar alvos projetados nos 137.000/139.650 pontos.”

No lado das baixas, ele pontua que a atenção deve ficar à perda das médias curtas, pois, assim, o Ibovespa poderá testar novamente o suporte de 125.875 pontos, que, caso rompido, poderá intensificar o fluxo baixista, a fim de buscar as faixas de 123.000, e alvo mais longo 120.600/120.400 pontos. 

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Gráfico diário Ibovespa, até fechamento 23/02. Fonte: Nelogica. Elaboração Técnica: Rodrigo Paz

Análise técnica Ibovespa

Em relatório da XP, o analista técnico Gilberto Coelho destaca que o IBOV, após seis altas seguidas, sentiu resistência perto dos 130.500 e fechou em queda (sexta), perdendo a mínima anterior, sugerindo realizações.

“Abaixo dos 128.300 teria sinal de reversão da tendência de curto prazo para baixa com projeções entre 125.500 e 120.000. A tendência de alta seria retomada com um fechamento acima dos 130.900 projetando de 134.300 a 139.500.”

Enquanto isso, acrescenta Coelho, o Índice de Força Relativa (IFR) “favorece realizações.”

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Gráfico diário do Ibovespa, até fechamento 23/02. Fonte: Relatório de análise técnica da XP

Já as analistas Martha Matsumura e Pamela de Paula, em relatório de day trade da XP, pontuam que o Ibovespa trabalha em tendência primária de alta e em movimento de correção longo, desde janeiro.

Nas últimas cinco semanas, acrescentam, o Ibovespa trabalha no mesmo range de preço, sem conseguir retomar o movimento de alta e nem dar continuidade na queda.

“Podemos esperar por um movimento mais forte e direcional com o rompimento da resistência de 130.550 ou do suporte de 126.700, que tem se mostrado bem relevante e é a primeira retração de Fibonacci, da última alta”, escreveram em relatório de abertura de mercado.

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IBOV versus S&P500

Enquanto isso, o Itaú BBA, em relatório, pontua que o Ibovespa, mesmo com o S&P500 marcando máximas históricas, devolveu ganhos na semana passada, depois de testar resistência inicial por duas oportunidades,

“Será importante para o mercado ultrapassar o patamar dos 130.600 pontos, pois aumentam as chances de mais altas em direção às regiões de 132.000 pontos e à máxima de dezembro, em 134.400 pontos.

Do lado da baixa, a região de 126.400 pontos é o sinal de alerta para o investidor.”

Ainda conforme o relatório, se perder o suporte dos 126,4 mil pontos, o índice sairá da tendência de alta e encontrará próxima importante região em 124.800 pontos, “outro ponto crucial que, se perdido, poderá dar início à primeira tendência de baixa de curto prazo em 2024.”

Por fim, para os analistas do BBA, o índice precisa superar a resistência em 130.600 pontos, mas encontra dificuldades em retomar o movimento de alta, apesar do bom momento dos índices americanos SP500, Dow Jones e Nasdaq.

“Isso mostra que o mercado precisará de mais esforços para engatar o movimento de subida. Importante lembrar que, sob uma visão de médio prazo, enquanto o índice permanecer acima de sua média móvel 200 períodos, o grande alvo a ser perseguido em 2024 continua sendo a região dos 150 mil pontos.”

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Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.