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Análise: Dólar futuro acumula queda de 9,40% no ano; a tendência é ainda de baixa?

Dólar futuro sobe após sete queda seguidas, mas ainda opera sob forte pressão vendedora

Rodrigo Paz

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O contrato futuro do dólar (WDOFUT) encerrou a última sessão em alta de 0,46%, fechando nos 5.688,5 pontos (1 ponto equivale a R$ 1,00), após um longo período de pressão vendedora. O movimento interrompe uma sequência de sete sessões consecutivas de queda, que levaram o ativo a renovar a mínima de 2025 em 5.645,5 pontos.

Apesar do avanço pontual, o viés predominante segue sendo de baixa, com o dólar acumulando uma queda expressiva de 9,40% no ano. O fluxo vendedor permanece intenso, e o ativo já caminha para a terceira semana consecutiva de perdas no gráfico semanal.

Com o mercado ainda pressionado, a principal questão agora é se essa leve alta sinaliza uma possível correção no curto prazo ou apenas uma pausa antes da retomada das quedas.

Para entender até onde o preço do dólar futuro pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do Dólar futuro

No gráfico semanal, o dólar futuro mantém um viés negativo desde o início do ano. Após atingir a resistência na faixa dos 6.434 pontos, o ativo perdeu força e entrou em uma tendência de queda acentuada, rompendo uma linha de tendência de alta e cruzando abaixo das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos. Esse movimento reforça a dominância dos vendedores no médio prazo.

O contrato caminha para a terceira semana consecutiva de baixa, negociando afastado das médias, o que pode abrir espaço para uma correção no curto prazo antes de novas quedas. A mínima da semana em 5.645,5 pontos se torna um nível crucial: caso seja perdida, pode gerar uma nova onda vendedora com alvos nas regiões de suporte em 5.553 e 5.431 pontos. Em um cenário de maior fraqueza, o ativo pode buscar faixas ainda mais baixas, como 5.170 e 5.075 pontos.

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Por outro lado, um repique técnico pode ocorrer se houver entrada de fluxo comprador. Para reverter a tendência de baixa e retomar um movimento altista mais consistente, será essencial romper a máxima da semana em 5.761 pontos. Se esse patamar for superado, o ativo pode buscar inicialmente as médias móveis de 200 e 21 períodos, localizadas em 5.855 e 5.994 pontos, respectivamente. Resistências mais longas aparecem nas regiões de 6.194/6.326 e no topo recente de 6.434 pontos, que marcou a máxima de 2024.

Fonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise de curto prazo

No gráfico diário, a tendência de queda segue predominante desde o topo de 2024 nos 6.634 pontos. O minidólar continua negociando abaixo das médias móveis, que permanecem inclinadas para baixo, reforçando a pressão vendedora. O movimento de queda tem sido estruturado, com topos e fundos descendentes, evidenciando o domínio dos vendedores.

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Apesar disso, alguns sinais técnicos podem indicar um possível repique no curto prazo. O IFR (14) está em 37,38, próximo da zona de sobrevenda, sugerindo que o ativo pode tentar uma recuperação para se aproximar das médias móveis. Além disso, na última sessão, o dólar futuro formou um padrão de reversão conhecido como Harami. Se o mercado confirmar a alta, os primeiros alvos estarão nas médias de 9 e 21 períodos.

Entretanto, a estrutura de baixa segue firme. Caso o ativo perca a mínima da semana em 5.645,5 pontos, o movimento vendedor pode ganhar força, com alvos nos suportes de 5.553 e 5.457 pontos. Em um cenário de maior fraqueza, a queda pode se estender até as faixas de 5.300/5.230 pontos.

Para que haja uma reversão de tendência, será necessário romper resistências importantes. O primeiro passo seria superar a região de 5.738/5.843 pontos, o que poderia abrir espaço para uma busca na faixa de 5.950/6.030 pontos. Caso a pressão compradora se intensifique, os alvos mais longos ficariam na região de 6.100/6.230 pontos.

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O comportamento do ativo nos próximos pregões será fundamental para definir se essa leve alta representa o início de um repique ou apenas uma pausa antes da retomada das quedas.

Fonte: RocketTrader. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do Dólar futuro

Suportes:

  1. 5.645,5 → Mínima recente e ponto crucial para evitar novas quedas.
  2. 5.553 → Primeiro suporte relevante após a mínima da semana.
  3. 5.431 → Região de suporte intermediário.
  4. 5.300/5.230 → Suporte forte, onde pode ocorrer alguma reação compradora.
  5. 5.170/5.075 → Alvo mais longo em caso de continuidade da baixa.

Resistências:

  1. 5.738/5.843 → Primeira zona de resistência, onde o ativo pode encontrar pressão vendedora.
  2. 5.855 → Média móvel de 200 períodos no gráfico semanal.
  3. 5.994 → Média móvel de 21 períodos no gráfico semanal.
  4. 6.194/6.326 → Região de resistência importante no médio prazo.
  5. 6.434 → Topo recente de 2024, nível que marcou forte entrada vendedora.

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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