Americanas (AMER3) volta a adiar resultados e afirma que publicação será até dia 16 de novembro

Varejista diz que os balanços referentes a 2021 e 2022 estão prontos, mas que processo de aprovação nas instâncias internas de governança não foi finalizado

Estadão Conteúdo

Fachada da Americanas (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Fachada da Americanas (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Publicidade

A Americanas (AMER3) voltou a adiar a publicação do balanço de 2022, que estava prevista para esta segunda-feira, 13. A companhia afirma que publicará os resultados até a próxima quinta-feira, 16, data em que também deve realizar uma teleconferência com o mercado, em horário que ainda será informado.

A rede varejista afirma que os balanços referentes a 2021 e 2022 estão prontos, mas que o processo de aprovação nas instâncias internas de governança não foi finalizado a tempo para que fossem publicados nesta segunda. Além dos resultados de 2022, a companhia deve republicar os de 2021, por causa das fraudes contábeis que a levaram à recuperação judicial.

“A Americanas foi vítima de uma fraude sofisticada e muito bem arquitetada, o que tornou a compilação e análise de suas demonstrações financeiras (“DFs”) históricas uma tarefa extremamente desafiadora e complexa”, afirma a companhia, em fato relevante.

Continua depois da publicidade

Segundo a rede varejista, os dados serão públicos “até o dia 16 de novembro de 2023” antes da abertura do mercado. Neste mesmo dia, a empresa informará, durante a teleconferência, atualizações sobre a evolução do plano de recuperação judicial, e apresentará o plano estratégico que está sendo implementado e que norteará a atuação no futuro.

A divulgação dos balanços da Americanas é chave para que a companhia e os credores finalizem o acordo sobre o plano de recuperação judicial. Os adiamentos anteriores na publicação atrasaram em alguns meses a aprovação do plano.

Os credores, em especial os bancos, consideram fundamental o acesso a informações financeiras auditadas da companhia para aprovar ou não a proposta feita pela empresa, que envolve um aporte de R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.