Americanas (AMER3) diz não ter recebido anuência da PwC até 17 de julho para trocar auditoria independente

A empresa ainda afirma que a decisão de substituir o auditor independente "não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui"

Estadão Conteúdo

Loja da Americanas (AMER3) no shopping Market Place, na zona sul de São Paulo (Lucas Sampaio/InfoMoney)
Loja da Americanas (AMER3) no shopping Market Place, na zona sul de São Paulo (Lucas Sampaio/InfoMoney)

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A Americanas (AMER3) informou que solicitou manifestação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC) sobre anuência para trocar o auditor independente da companhia, da PwC para a BDO RCS Auditores Independentes Sociedade Simples Limitada (BDO), mas que não recebeu resposta até a última segunda-feira, 17.

Segundo a varejista, após decisão do conselho de administração de mudar o auditor independente, em 27 de junho, a Americanas enviou correspondência à PwC, na qual informou os motivos que levaram a companhia a tomar a referida decisão. “Desde então, a companhia e a PwC trocaram correspondências sobre o tema e a Americanas solicitou a manifestação da PwC sobre sua anuência, não tendo, contudo, recebido resposta até a presente data”, afirma comunicado ao mercado.

A Americanas ainda afirma que a decisão de substituir o auditor independente “não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui, mas visa tão somente permitir que as demonstrações financeiras auditadas da Americanas sejam finalizadas e divulgadas adequadamente”. Com isso, a BDO deve executar a auditoria das demonstrações financeiras do exercício de 2022 e o refazimento de demonstrações financeiras do exercício social de 2021, bem como a revisão das demonstrações financeiras do exercício social iniciado em janeiro de 2023.

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Motivos para troca de auditor

A fim de justificar os motivos para a troca de auditor, a varejista afirma que recebeu correspondência da PwC em 17 de junho deste ano, informando a suspensão dos trabalhos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras de 2022 e informando que não seria possível concluir os procedimentos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras históricas impactadas até que tenham “acesso completo e transparente às informações da companhia e da investigação independente, incluindo acesso a todos os eventuais relatórios escritos e correspondentes documentos/evidências suporte”.

A companhia diz que, tendo em vista as circunstâncias que envolveram a elaboração das suas demonstrações financeiras auditadas relativas a exercícios passados, buscou assegurar que os trabalhos de auditoria e shadow investigation não fossem prejudicados com esforços de defesa, com o objetivo de conferir máxima credibilidade ao trabalho de auditoria em si.

“Após tentativas sem êxito de propor à PwC cautelas adicionais para a condução dos trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras a serem refeitas e de shadow investigation e, ainda, considerando a necessidade de serem divulgadas ao mercado demonstrações financeiras auditadas que contem com elevado grau de confiabilidade e em prazo compatível com as necessidades de informações do mercado e dos credores da companhia, o conselho de administração da companhia deliberou pela mudança de seus auditores independente”, afirma a Americanas, em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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