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Em sequência à recuperação judicial, a Americanas (AMER3) ajuizou petição na 4ª Vara Empresarial da Capital informando que seu passivo total sujeito ao processo alcança o valor de R$ 41,23 bilhões, devidos a 7.967 credores.
A relação de credores se divide em quatro categorias, englobando pessoas físicas e jurídicas e entes federados: Classe I, com total de R$ 64.942.121,99 e 321 nomes; Classe III (identificada como ‘Dívidas com Terceiros’), sendo a maior, somando débitos de R$ 41.056.749.122,82 a 6.438 nomes. Há também a Classe IV, com R$ 109.484.866,54 em dívidas e 958 nomes, além da Extraconcursal (entre Estados, municípios e órgãos públicos), com R$ 4.723.175,27 em dívidas e 250 nomes.
Na petição, o Grupo Americanas também apresentou a relação nominal de todos os seus credores, sendo que bancos, empresas de tecnologia, fabricante de chocolates, entre outras, aparecem no documento.
A Ambev (ABEV3) está na lista; a fabricante de bebidas pertence aos mesmos acionistas da varejista, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. A dívida é de R$ 4,1 milhões. Outra dívida expressiva é com a B2W Lux, empresa que atua como marketplace da Americanas, no total de R$ 3,2 bilhões.
Entre os bancos, o Deutsche Bank apareceu na lista inicial como o maior credor, com R$ 5,2 bilhões. O BV aparecia inicialmente com R$ 3,28 bilhões.
Já o Bradesco (BBDC4) tinha cerca de R$ 4,8 bilhões a receber, seguido por Santander Brasil(SANB11) e BTG Pactual (BPAC11), estes dois últimos com R$ 3,65 bilhões e R$ 3,5 bilhões em dívida, respectivamente. Itaú (ITUB4) aparece tendo R$ 2,8 bilhões a receber, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) tem R$ 1,36 bilhão.
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Contudo, o Deutsche disse posteriormente em nota que não tem exposição de crédito à companhia e que não será afetado pela recuperação judicial. “O Deutsche Bank não foi afetado, pois não tem uma relação de empréstimo nem qualquer exposição de crédito à empresa em questão”, afirmou.
O Deutsche Bank teria atuado como fiduciário (‘trustee’) de dois títulos de US$ 500 milhões cada garantidos pela Americanas.
O BV, por sua vez, também informou à imprensa que a lista “não reflete a sua real exposição”. A instituição disse que na data da revelação das inconsistências contábeis da Americanas era credor de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) com saldo devedor de aproximadamente R$ 206 milhões.
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Dos fornecedores, destaque para Samsung, a quem a empresa relacionou dívida de R$ 1,209 bilhão.
A lista não deve ser definitiva, já que existem informações que estão sendo levantadas.
A companhia, que tem como acionistas de referência o mesmo trio bilionário de investidores que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial na semana passada, após revelar “inconsistências” contábeis. O movimento levou grandes investidores, como BlackRock e Capital International, a reduzirem suas posições na empresa.
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Mais cedo nesta quarta-feira, a Americanas divulgou que a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, reduziu sua participação na empresa para cerca de 0,12% das ações, mais 0,36% via instrumentos de derivativos. Em dezembro, segundo dados no site da Americanas, essa fatia era ao redor de 5,05%. No começo da semana, a Capital International Investors (CII) comunicou a companhia sobre a redução de sua participação acionária na varejista de 7,04% para 4,07%.
Confira a lista dos principais credores:
Bancos
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Deustche Bank: R$ 5,2 bilhões
Bradesco: cerca de R$ 4,8 bilhões (valores foram atualizados)
Santander Brasil: R$ 3,65 bilhões
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BTG Pactual: R$ 3,5 bilhões
Votorantim: R$ 3,2 bilhões
Itaú: R$ 2,8 bilhões (valores foram atualizados)
Safra: R$ 2,5 bilhões
Banco do Brasil: R$ 1,36 bilhão (valores foram atualizados)
Daycoval: 509 milhões
Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões
ABC Brasil: R$ 416 milhões
BNDES: R$ 276 milhões
Empresas de tecnologia
Google: R$ 94 milhões
Apple: R$ 98 milhões
Facebook: R$ 11 milhões
Fabricantes de chocolates
Nestlé: R$ 259 milhões
Mondelez: R$ 97 milhões
Neugebauer: R$ 15 milhões
Hershey’s: R$ 16,7 milhões
Fabricantes de eletrônicos
Samsung: R$ 1,2 bilhão
Semp: R$ 70 milhões
LG: R$ 52,8 milhões
Lenovo: R$ 31 milhões
Dell: R$ 36,8 milhões