AMBP3 lidera lista de ações mais caras para alugar; AMER3 e AZUL4 estão em 2º e 3º

A ação da Ambipar apresentou alta de mais de 300% só em 2024 e tem a taxa de aluguel mais alta da B3

Camille Bocanegra

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Ambipar (AMBP3) está no topo da lista de ações com taxas de aluguel mais elevadas, de acordo com levantamento realizado pela consultoria Elos Ayta. Os papéis atingiram cerca de 117,20% ao ano em taxas de aluguel. A movimentação acompanha o salto que a companhia apresentou nos últimos meses, com alta de mais de 300% em 2024.

“Esse dado indica o elevado custo de se manter uma posição short [vendida, que aposta na queda do papel] neste papel, o que pode ser um fator desestimulante para os investidores que pretendem apostar na queda dessa ação”, afirma Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.

No pódio das ações mais caras para alugar, estão também Americanas (AMER3) com taxa de 99,6% e Azul (AZUL4), com 54,46%.

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Fonte: Elos Ayta

Um dos principais pontos relevantes para investidores que opção por posições alugadas é o tempo para liquidação das posições. O indicador traz o risco de se manter posicionado no papel com baixo volume de negociação, em especial por depender do volume médio negociado no mercado à vista.

Na lista de papéis com maior demora para liquidação, estão Assaí (ASAI3) com 7,79 dias para liquidação, seguido por TC (TRAD3) com 6,23 dias e a própria Ambipar, com 2,26 dias. Conforme explica Rivero, o longo período para zeragem de posições pode ser arriscado em situações de “short squeeze“. Isso ocorre quando muitos investidores estão vendidos em uma ação e, subitamente, uma notícia positiva faz os preços dispararem, obrigando esses investidores a zerar as posições vendidas para limitar as perdas.

O mercado de aluguel de ações na B3, mediado pelo Banco de Títulos da CBLC (BTC), é usado por investidores que desejam obter uma renda adicional ao disponibilizar suas ações para empréstimo. Para quem aluga, a expectativa é de que o ativo esteja sobrevalorizado, permitindo uma venda antecipada e a recompra a preços menores, garantindo lucro ao final do processo. No entanto, essa estratégia não está isenta de riscos, especialmente em cenários de alta volatilidade, conforme destaca a consultoria.