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O Bradesco BBI retomou a cobertura da empresa de gestão de resíduos Ambipar (AMBP3), cuja ação subiu 680% no acumulado do ano e 720% em 12 meses, com recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 135,00 ao final de 2025, uma vez que ações parecem estar refletindo a implementação bem-sucedida do novo plano de recuperação anunciado em maio, que de fato é transformacional. O potencial de alta é de 6% em relação ao fechamento da última sexta-feira (1).
Após despencar para R$ 8,00 em maio (em função da alta alavancagem e desempenho operacional mais fraco do que o esperado), as ações da Ambipar subiram forte, impulsionadas principalmente por: (i) movimento do acionista controlador para aumentar sua participação de 67% para 73% (após follow-on); (ii) recompra de 11,7 milhões de ações (7% do total de ações); (iii) uma Trustee adquirindo 15% do total de ações em agosto; e (iv) finalmente um short squeeze (movimento anormal do mercado que faz com que os preços de um ativo disparem) liderado por esses fatores.
Para liderar esse esforço, a Ambipar fez várias mudanças importantes na gestão, incluindo a nomeação de João Arruda, um ex-banqueiro de investimentos, como o novo CFO.
O BBI prevê que as mudanças operacionais em andamento expandam a margem Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/ Receita Líquida) para 33,7% até 2027, acima dos 30,9% no 2T24.
A equipe de research do banco disse que seu cenário base pode ser conservador, mas prefere esperar a materialização desse novo plano e então revisitar a tese de investimento. Por enquanto, na avaliação do BBI, o risco/retorno parece equilibrado, com potencial de alta de 6%. A ação da companhia é negociada a 13,6 vezes o múltiplo Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025, ou 6% de desconto em relação aos pares globais.
O BBI também iniciou a cobertura da Ambipar Response, controlada da Ambipar cujas ações são negociadas em Nova York, com classificação de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de US$ 13,00 por papel, pois vê a empresa negociando com um desconto injustificado 59% em relação aos seus pares globais.
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A Ambipar Response está sendo negociada a 10,5 vezes Preço/Lucro para 2025. Na opinião do BBI, esse desconto é injustificado devido a alta taxa de crescimento anual composta (CAGR) de lucro por ação de 28% entre 2024 e 2027 (+10 pp acima de seus pares) e expansão do retorno sobre patrimônio líquido (ROE) para 19% até 2027, de 14% em 2024, e +5pp acima dos pares globais.
O banco também destaca que, com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, como ciclones tropicais, inundações e incêndios florestais, a Ambipar Response pode apoiar os setores público e privado na gestão dessas crises.
Segundo o relatório, a empresa ganhou escala e presença global por meio de uma estratégia agressiva de M&A (fusões e aquisições). No entanto, para se tornar uma empresa de classe mundial, a execução será fundamental e a empresa tem feito grandes avanços para que isso aconteça. Como parte de seu impulso, o Ambipar Group nomeou recentemente João Arruda, ex-banqueiro de investimentos, como o novo CFO do grupo, e Roberto Azevêdo, ex-diretor geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), como o novo CEO de operações internacionais.
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