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NOVA YORK (Reuters) – O JPMorgan Chase projetou nesta segunda-feira que obterá mais receita a partir de juros nos Estados Unidos, apesar da incerteza que paira sobre a economia norte-americana, disseram executivos durante evento do banco.
A instituição financeira aumentou previsão para a receita líquida de juros, ou a diferença entre o que ganha com os empréstimos e o que paga pelos depósitos, para 91 bilhões de dólares, excluindo a divisão de mercados. Esse valor está acima da previsão anterior de 89 bilhões de dólares feita em abril.
A perspectiva anterior do JPMorgan para a receita com juros havia decepcionado analistas, que esperavam que o banco colhesse maiores benefícios dos elevados custos de empréstimos nos EUA.
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“O ambiente está ficando mais complicado”, disse o diretor financeiro Jeremy Barnum aos investidores, citando o aumento da regulamentação e a incerteza geopolítica.
A trajetória da receita de juros provavelmente será “ruidosa” nos próximos trimestres, com aumentos e quedas, disse Barnum.
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A economia dos Estados Unidos está caminhando para um pouso suave que evitará uma grande desaceleração, mas o banco está preparado para os riscos que podem inviabilizar essa projeção, disse seu presidente Daniel Pinto.
“Claramente, há incertezas”, acrescentou.
O JPMorgan adquiriu bilhões de dólares em empréstimos após comprar o First Republic Bank, que entrou em colapso em maio do ano passado. A compra impulsionou a receita de juros e ajudou a elevar o lucro do banco para um nível recorde.
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Os investimentos com tecnologia do banco devem aumentar de 15,5 bilhões de dólares em 2023 para 17 bilhões neste ano, disse Barnum.
Parte disso é direcionada à inteligência artificial, que o presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, disse anteriormente que pode ser tão transformadora quanto a máquina a vapor, a eletricidade ou a internet.
De forma mais ampla, espera-se que as despesas totais do banco aumentem para cerca de 92 bilhões de dólares em 2024, de 85,7 bilhões no ano passado.
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Com o JPMorgan saindo de um ano de resultados recordes, os investidores também estão ansiosos para saber mais sobre os planos de sucessão na direção do banco, investimentos em IA e outras oportunidades de crescimento.
Dimon, 68, tem dirigido o JPMorgan por mais de 18 anos até agora, um período mais longo que muitos presidentes-executivos no setor bancário. Além disso, vários executivos do banco, que atuaram sob a gestão de Dimon, foram comandar outras grandes instituições financeiras, tornando os planos de sucessão do executivo um objeto de especulação há muitos anos.
No ano passado, Dimon disse que poderia deixar o comando do JPMorgan em três anos e meio.
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