Amazon volta a lucrar no 3º trimestre, mas previsão de vendas fracas faz ação cair 20%

Gigante do "e-commerce" projeta vendas para quarto trimestre menores que às do ano passado

Mitchel Diniz

Desde 2017, Amazon passou a adquirir empresas acima de US$ 1 bilhão. Foto: Getty Images
Desde 2017, Amazon passou a adquirir empresas acima de US$ 1 bilhão. Foto: Getty Images

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A Amazon (AMZO34) reportou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre, queda de 9,37% na comparação com o resultado de um ano atrás. O montante equivale a US$ 0,28 por ação, ficando acima da média das projeções do mercado. A empresa voltou a lucrar depois de dois trimestres seguidos no prejuízo.

Mas o número foi ofuscado por uma piora nas projeções da empresa para o quarto trimestre. A receita prevista para a temporada de compras deve ser de US$ 140 bilhões, de acordo com a Amazon. Nesse mesmo período, do ano passado, a companhia havia faturado US$ 148 bilhões.

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guidance não só foi inferior à própria performance da empresa, como frustrou as expectativas do mercado. Analistas projetavam US$ 156 bilhões em vendas no quarto trimestre para a Amazon.

Após a divulgação do balanço e das estimativas, os papéis chegaram a cair mais de 20%. Agora há pouco, as 18h (horário de brasília) a ação AMZN caía 16,77%.

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Entre julho e setembro deste ano, as receitas totais da companhia no período cresceram 15%, para US$ 127,1 bilhões. O número veio praticamente em linha com US$ 127,46 previstos pelo consenso Refinitiv.

Com a retomada do consumo presencial, após o fim das restrições da pandemia, as vendas do e-commerce vêm sendo impactadas negativamente. Além disso, a Amazon tem enfrentado um aumento de custos e respondido com austeridade, reduzindo orçamento para algumas de suas divisões e interrompendo contratações.

“Obviamente, há muita coisa acontecendo no ambiente macroeconômico”, disse o CEO Andy Jassy no comunicado que acompanhou os resultados. “E vamos equilibrar nossos investimentos para serem mais simplificados ,sem comprometer nossas principais apostas estratégicas de longo prazo.”

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados