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O cenário econômico global tem afetado empresas dos mais variados setores e tamanhos, inclusive -ou, talvez, principalmente- as big tech. A Amazon (AMZO34), por exemplo, se tornou a primeira companhia listada na bolsa de valores dos Estados Unidos a perder US$ 1 trilhão em valor de mercado.
Esse cálculo considera a capitalização máxima que a empresa de comércio eletrônico já alcançou na bolsa, de US$ 1,88 trilhão, no ano passado. Na quarta-feira (9), a marca fundada por Jeff Bezos chegou a valer US$ 878 milhões.
A Amazon atingiu esse recorde graças a combinação de vários fatores negativos: inflação em alta ao redor do mundo, pressão da política monetária nos Estados Unidos e os últimos resultados financeiros que não foram nada animadores.
Como mostrou o InfoMoney, a empresa de tecnologia teve um prejuízo de US$ 2 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Entre julho e setembro, os números foram mais satisfatórios -lucro líquido de US$ 2,9 bi-, mas houve uma piora nas projeções para o quarto e último período de 2022.
Esse desempenho da Amazon tem gerado uma verdadeira fuga de investidores, tanto no mercado norte-americano quanto no brasileiro.
Os papéis em Nasdaq começaram o ano cotados em US$ 170 e, nesta quinta (10), são negociados a US$ 95. Já no Brasil, a BDR já alcançou R$ 48, nesta semana pôde ser comprada pela metade disso (R$ 22,47, no fechamento de quarta-feira).
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Microsoft e demais big tech no mesmo ritmo
Essa variação negativa não está restrita apenas à gigante das compras online. Outras big tech, como Microsoft, Google e Meta, estão no mesmo caminho.
Só a empresa de Bill Gates perdeu US$ 834 milhões em valor de mercado neste ano. Com isso, as ações da Microsoft (MSFT34) acumulam 28% de perdas neste ano, de US$ 334 para US$ 238 na bolsa americana.
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No caso da Alphabet (GOGL34), controladora do Google, que chegou a valer mais de US$ 2 tri, agora se contenta com US$ 1,2 bi. No acumulado do ano, as ações sofrem queda de 35%, em US$ 92.
Já a Meta (M1TA34), responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, tem o desempenho mais pífio em termos de valorização de ativos. A empresa acumula uma baixa de quase 70% em suas ações, para US$ 106 em Nasdaq ou R$ 20 na B3, e, ontem, anunciou a demissão de mais de 11 mil funcionários.