Allos (ALOS3) registra lucro líquido de R$ 320,9 milhões no 2º trimestre

Em relação às vendas dos shoppings administrados pela Allos, houve um crescimento de 5,8%, para R$ 9,39 bilhões

Mitchel Diniz

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A Allos (ALOS3), administradora de shopping centers resultado da fusão entre Aliansce Sonae e brMalls, reportou lucro líquido de R$ 320,9 milhões no segundo trimestre de 2024. O número é resultado de uma empresa que vem reduzindo de forma relevante a sua participação em shopping centers. No segundo trimestre passado, com as mesmas participações em shoppings que a companhia tem hoje, o lucro teria sido de R$ 121,6 milhões.

Nas mesmas condições proforma de comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) teria avançado 1,9%, para 442,4 milhões. A receita líquida, 3,8%, para R$ 621,3 milhões.

O fluxo de caixa proveniente das operações (FFO), uma espécie de Ebitda dos shopping centers e do setor de real state, usado pela Allos para calcular seus dividendos, cresceu 33,4%, para R$ 312,1 milhões.

O FFO por ação cresceu 41,1%, impulsionado pelas recompras de ações feitas pela companhia.

O NOI, indicador que mede o desempenho operacional dos shoppings excluindo os custos, cresceu 4,4% de um ano para outro, a R$ 547,65 milhões.

Ao mesmo tempo, a Allos reduziu o custo da dívida (com novas emissões) e a alavacagem – a dívida liquida terminou o trimestre em 1,5 vez o Ebitda. O indicador também foi arrefecido pela entrada dos recursos com a venda de participações em shoppings.

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Do ano passado até o ultimo mês de junho, a Allos realizou R$ 1,8 bilhão em desinvestimentos.

“O desinvestimento fez com que desalavancássemos muito rápido”, afirma a Daniela Guanabara, CFO da Allos. A companhia ainda deve desinvestir algo em torno de R$ 880 milhões.

“Não necessariamente a gente tem uma data específica para entregar esse desinvestimento, mas vamos monitorando o mercado, de acordo com os possíveis compradores”, afirma Daniela.

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Recentemente a Allos tentou comprar uma participação no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, mas o Iguatemi (IGTI11) acabou levando.

“De vez em quando vem uma proposta de um ativo, a gente senta e analisa, se tiver em linha com a estratégia da empresa, com o que a gente considera um preço adequado, na estrutura adequada, a gente vai avaliar”, diz a executiva.

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Em relação às vendas dos shoppings administrados pela Allos, houve um crescimento de 5,8%, para R$ 9,39 bilhões. Houve uma desaceleração em relação ao crescimento do primeiro trimestre, já que a Páscoa este ano caiu em março.

“Houve um deslocamento positivo de vendas em março e abril ficou um pouco mais fraco. Maio e junho foram muito positivos”, diz Daniela.

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O indicador aluguel mesmas lojas, de estabelecimentos que estão nos shoppings da Allos há pelo menos um ano, cresceu 2,6%, mesmo com deflação no período no setor.

No balanço, a empresa também informou ter retornado R$ 1,1 bilhão aos acionistas, em dividendos e recompra de ações.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados