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A Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa fabricante do Ozempic e do Wegovy (outro famoso medicamento para perda de peso), apresentou seu balanço nesta sexta-feira. Dentre os dois medicamentos, a companhia apresentou mais de 9,38 milhões em coroas dinamarquesas (US$ 1,4 bilhão) e a administração afirmou que, mesmo com ligeira redução nos preços, o aumento de volumes trouxe compensação para a receita.
Ainda assim, a companhia assistia queda dos papéis. As ações da Novo Nordisk A/S caíram após comentários de um concorrente dos EUA sobre um medicamento experimental para obesidade gerarem preocupações sobre potencial nova concorrência nesse campo em rápido crescimento.
As ações caíram até 5,3% depois que o CEO da Amgen Inc. disse estar “muito encorajado” pelos resultados iniciais de um estudo com o MariTide. Isso seguiu uma queda de 2,7% na quinta-feira, após a Novo, da Dinamarca, relatar vendas do seu medicamento para perda de peso Wegovy que ficaram aquém das estimativas elevadas dos analistas. As elevadas projeções (inclusive alimentadas pela orientação divulgada pela companhia na semana retrasada) fez com que os papéis subissem mais de 5% na sessão de 23 de abril.
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O otimismo em relação ao aumento das vendas dos medicamentos Wegovy e Ozempic tem impulsionado a capitalização de mercado da Novo para mais de US$ 500 bilhões este ano, reforçando sua posição como a empresa listada mais valiosa da Europa. As ações mais que quadruplicaram desde o início de 2020.
As ações da Amgen subiram 14% nas negociações pré-mercado na sexta-feira, após os comentários do CEO, Robert Bradway, em uma teleconferência pós-divulgação de resultados.
A Eli Lilly & Co., fabricante do popular medicamento para obesidade Zepbound, caiu 2,4% nas negociações antes da abertura dos mercados dos EUA.
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Corrida do ouro
O sucesso dos medicamentos para perda de peso desencadeou uma espécie de corrida do ouro na indústria, com a classe de tratamentos, conhecida como GLP-1s, esperada para se tornar um dos maiores sucessos comerciais da história.
Várias empresas farmacêuticas estão tentando entrar nesse campo dada a enorme demanda. No ano passado, a AstraZeneca Plc disse que um comprimido para perda de peso que está desenvolvendo com a Eccogene da China poderia custar menos do que as injeções feitas por concorrentes como Novo e Eli Lilly.
Outra empresa dinamarquesa, a Zealand Pharma, viu um salto recorde em suas ações em fevereiro, depois que seu parceiro, Boehringer Ingelheim, publicou resultados positivos de testes em outro candidato a medicamento para perda de peso, o Survodutide.
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A analista do Barclays Plc, Emily Field, disse que é muito cedo para julgar a ameaça competitiva para Novo ou Eli Lilly.
“Até o momento, não vemos motivo de preocupação em relação à dinâmica competitiva em relação aos líderes de mercado”, escreveu Field em uma nota. “Realmente precisaremos ver os dados”.
(com Bloomberg)
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