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SÃO PAULO — Mesmo com a alta de mais de 1% registrada nesta quarta-feira (9), a maior valorização diária em um mês, o Ibovespa se mantém com desempenho negativo na semana. É uma oportunidade de compra?
Segundo analistas gráficos, o índice segue em tendência de alta no médio prazo, mas alguns fatores sugerem cautela.
“Qualquer sinal negativo de deterioração da credibilidade política, desavenças comerciais entre EUA e China, desaceleração mundial, reformas no Brasil e algo que ainda não está no radar, tende a levar o Ibovespa a buscar a casa dos 95.000 pontos”, diz Gustavo Almeida, analista da Rico.
Considerando um cenário positivo, o analista acredita que o Ibovespa deve seguir para alcançar a região dos 104.500 pontos. Se isso acontecer, o próximo patamar a ser buscado seria 108.350 pontos.
“O suporte dos 101.400 pontos foi alcançado nesta semana. Isso me gera uma desconfiança grande sobre o tamanho da correção que estamos vivenciando”, afirma.
“Por ser um otimista e comprador de Brasil, minhas escolhas são ou estar comprado ou zerado aguardando um novo cenário de compra e nestes níveis de preço que estamos, de cerca de 101.000 pontos, me sinto atraído para comprar”.
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Para a analista Pam Semezzato, há uma tendência primária bem definida de alta para o Ibovespa que continua acima da LTA (Linha de Tendência de Alta) traçada desde 2016 e acima das médias móveis exponencias (resultado de uma média dos preços de um ativo em um determinado período) de 9 e 21 períodos.
“Porém, só vejo altas mais expressivas no rompimento da resistência dos 106.000 pontos, dado que os últimos candles compradores não estão mostrando tanta força”, diz.
“Mesmo com a queda da semana passada, não tivemos acréscimo de volume e o suporte dos 100.000 pontos segurou o preço, confirmando o movimento de lateralização visto em tempos maiores”.
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A analista só acredita em quedas maiores do índice caso aconteça o rompimento do suporte (patamar em que o índice costuma atrair compradores) em 95.800 pontos, que também seria o rompimento da LTA. E para um cenário mais pessimista, somente se acontecer o rompimento do fundo em 89.700 pontos.
Análise técnica
Chamada de análise gráfica por alguns, ela parte do pressuposto de que tudo o que pode ser medido acerca do desempenho futuro de uma ação já está precificado.
Desse modo, os movimentos diários do papel teriam um componente muito maior de percepção psicológica dos investidores sobre se está caro ou barato, subiu demais ou caiu demais, do que de fundamentos.
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As operações em análise técnica, então, são guiadas a partir de um estudo do gráfico do preço da ação, verificando quais patamares de preço geralmente atraem vendas (resistências) e quais outros atraem compras (suportes).
Outras ferramentas da análise técnica incluem o Índice de Força Relativa (IFR), que cruza dados de preço de fechamento com volume negociado de ações, projeção de Fibinacci e análise de médias móveis.
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