Agrenco sobe mais de 8% após liminar que impede venda de ativos por credores

Companhia informa que decisão é "extremamente importante", uma vez que isso significa que manterá as unidades de Alto Araguaia (MT) e Caarapó (MS) em funcionamento

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os papéis da Agrenco (AGEN11) ganham força nesta segunda-feira (15) depois que a empresa informou que os seus credores estão proibidos de executar medidas de expropriação patrimonial. A decisão foi tomada no dia 12 de abril e divulgada hoje na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

Às 11h50 (horário de Brasília), os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da empresa subiam ,6,25%, indo de R$ 0,48 para R$ 0,51. Na máxima do dia, eles chegaram a valer R$ 0,53, indicando valorização de 10,42%. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,56%, a 54.106 pontos. 

Em comunicado, a Agrenco, trading de commodities que está em recuperação judicial desde 2008, disse que a decisão é “extremamente importate”, uma vez que significa que vai manter as unidades de Alto Araguaia (MT) e Caarapó (MS) em funcionamento, o que garantirá a apresentação de um “novo plano de recuperação judicial que atenda aos interesses de todos”. 

“O Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais decidiu liminarmente que os credores beneficiados com garantias fiduciárias, compartilhamento de garantias e opções de compra estão proibidos de executar ou implementar medidas de expropriação patrimonial dos ativos da subsidiária brasileira Agrenco Bioenergia, bem como de qualquer outra empresa do grupo”, informa o comunicado. 

Em 26 de março, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu o plano de recuperação judicial da empresa. Na ocasião, o juiz deu à companhia cerca de 30 dias para apresentar um novo plano de recuperação.