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As ações da Aeris (AERI3) têm uma sessão de disparada após a companhia anunciar na noite de segunda-feira (8) a extensão de seu contrato de fornecimento de pás eólicas com a Vestas para até o final de 2028, podendo gerar receitas adicionais de até R$ 7,6 bilhões ao longo do contrato. Os ativos AERI3 subiram 5,88%, a R$ 0,90. Contudo, cabe destacar o baixo valor de face das ações, que negociam abaixo de R$ 1, o que leva a variações de centavos virarem grandes variações percentuais. Na máxima do dia, os papéis chegaram a R$ 1,02, mas logo voltaram a negociar no patamar de centavos.
O aditivo prevê um aumento no potencial de ordens de fornecimento de pás eólicas de múltiplos modelos, afirmou a companhia, em capacidade equivalente a 8,8 gigawatts — já considerando a repactuação de volumes contratada para este ano. “Se materializado, (o aditivo) poderá resultar em aumento líquido de receitas de até R$ 7,6 bilhões até o fim do prazo do contrato de fornecimento”, afirmou a empresa.
A parceria entre as duas empresas iniciou-se em 2015 e já entregou mais de 8,5 gigawatts de potência em pás eólicas, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação, de acordo com a Aeris.
O BTG Pactual aponta que a Vestas se tornou uma fornecedora líder de turbinas eólicas no país, especialmente após a decisão da GE de interromper a produção no Brasil e problemas de qualidade com a Siemens Gamesa. “Com essa alteração contratual, a Aeris assegura um backlog substancial e estende a duração do contrato, o que deve ser bem recebido pelo mercado, dado os atuais níveis de valuation das ações”, apontam os analistas do banco.
Na visão da equipe de análise, o anúncio é positivo para a Aeris, pois ajuda no crescimento de longo prazo, aumenta a duração dos contratos e melhorar a visibilidade do backlog.
“O mais importante é que, dado o valuation subvalorizado da Aeris, acreditamos que os investidores não estão dando à empresa o benefício da dúvida em relação à sua capacidade de estender a duração e capacidade do backlog. Atribuímos essa desvalorização das ações à frustração dos investidores com as margens reportadas (principalmente devido ao mix de produção), ao aumento dos custos da energia eólica durante a Covid e à maior aversão ao risco (já que as ações perderam liquidez)”, avalia.
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Para a equipe, à medida que os preços da energia começam a se normalizar pós-Covid, espera que a indústria de energia eólica retome os volumes contratados normalizados daqui para frente. “Com uma alavancagem financeira melhorada após um recente aumento de capital, acreditamos que a Aeris está bem posicionada para se beneficiar da retomada da indústria de energia eólica no Brasil”, diz o banco, que tem recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 4.