Acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza não deve sair no governo Biden, diz WSJ

O jornal citou autoridades da Casa Branca, do Departamento de Estado e do Pentágono, sem revelá-las

Reuters

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WASHINGTON (Reuters) – Autoridades norte-americanas acreditam que um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas não deve ocorrer antes do fim do mandato do atual presidente, Joe Biden, em janeiro, informou nesta quinta-feira o The Wall Street Journal.

O jornal citou autoridades da Casa Branca, do Departamento de Estado e do Pentágono, sem revelá-las. Os órgãos não estavam imediatamente disponíveis para responder a um pedido de comentário feito pela Reuters.

O secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou há duas semanas que 90% do acordo de cessar-fogo estavam fechados, enquanto a vice-presidente, Kamala Harris, tem falado repetidamente que Washington está trabalhando “24 horas” para chegar a um acordo.

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Os EUA e mediadores do Catar e do Egito têm tentado há meses obter um cessar-fogo entre Israel e Hamas, mas não conseguiram chegar a um acordo final.

Negociações agora tentam superar dois obstáculos: a exigência de Israel de manter suas forças no corredor Filadélfia, para garantir uma separação entre a Faixa de Gaza e o Egito, e os detalhes de uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Biden desenhou uma proposta de cessar-fogo trifásica em 31 de maio. À época, ele afirmou que Israel havia concordado com a proposta. O acordo, contudo, encontrou resistência, e oficiais disseram por semanas que uma nova proposta seria apresentada em breve.

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Críticos e grupos de defesa dos direitos humanos pediram que Washington use seu poder de barganha para condicionar a ajuda militar a Israel ao acordo, mas os EUA mantiveram o apoio ao aliado.