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SÃO PAULO – Depois de encerrar a terça-feira (22) em queda, o dólar comercial abre os trabalhos desta quarta-feira (23) colado no noticiário externo e aponta forte alta de 1,31%, valendo R$ 1,830 na venda.
Iniciando o tour global de informações, a China volta ao radar depois do PMI (Purchasing Managers Index) para o setor manufatureiro. O indicador que mede atividade no setor industrial, passou de 51,0 pontos em outubro para 48,0 em novembro, na mínima em 32 meses.
Do mesmo modo, os números divulgados para a Zona do Euro não foram animadores. O PMI para o setor manufatureiro registrou queda dos 47,1 pontos para 46,4 pontos, no menor nível desde julho de 2009. Já na Alemanha, a atividade do setor industrial recuou de 49,7 pontos para 48,3 pontos, enquanto na França a queda foi de 48,5 pontos para 47,6 pontos.
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Em suma, um índice igual a cinquenta pontos indica que a atividade industrial está estabilizada, enquanto um índice menor que este valor aponta para retração.
Por fim, ainda na Europa, a notícia de que a Bélgica não poderá cumprir sua parte no acordo para o resgate do banco Dexia, aumenta o sentimento de aversão ao risco dos investidores. Isso porque a França teria, assim, de aumentar sua participação no socorro à instituição.
“Ou seja, com a Europa dominada pela crise das dívidas e sem nenhuma perspectiva de solução no curto prazo, os EUA crescendo abaixo do esperado e com a questão do orçamento enrolada, essa notícia de queda na atividade da China tende a pesar nas perspectivas de uma recessão global, fazendo com que os investidores aumentem ainda mais suas posições defensivas nos mercados internacionais e locais no dia de hoje”, explica a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares.
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EUA também no radar
Por sua vez, nos Estados Unidos, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do terceiro trimestre, de 2%, abaixo do que o mercado esperava trouxe mais preocupação para o mercado. Ainda por lá, mesmo que o anúncio do FMI (Fundo Monetário Internacional) tenha trazido certa animação aos mercados na véspera, os receios de que as novas linhas de liquidez não sejam suficientes para apoiar os países em dificuldades azeda o humor dos investidores.
Indicadores domésticos
Na agenda doméstica desta quarta-feira os investidores acompanharam IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou inflação de 0,46%.
Já a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) referente à terceira quadrisssemana de novembro, que marcou taxa de 0,43%.
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Mais tarde teremos a Nota de Política Monetária divulgada pelo Banco Central. A autoridade monetária revela também o fluxo cambial, divulgado semanalmente, com o movimento de entrada e saída de dólares do País.
Indicadores externos
Na pauta do dia, a agenda norte-americana domina o noticiário e dá o tom na sessõa. À começar pelo Initial Claims, trazendo o número de pedidos de auxílio-desemprego em base semanal. Ainda por lá, será reportada a avaliação do volume de pedidos e entregas de bens duráveis – o Durable Good Orders -, formulado pelo Departamento de Comércio.
Haverá a publicação do núcleo do PCE (Personal Consumption Expenditures), medida de inflação mais acompanhada pelo Fed. Também nos EUA serão publicados o Personal Income, que avalia a renda individual dos cidadãos norte-americanos e o Personal Spending, que revela os gastos dos consumidores, com bens e serviços, daquele país.
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Por fim, será revelado o Michigan Sentiment, índice que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana, sendo dividido em duas categorias: situação atual e expectativas para o futuro. E, também o relatório semanal de estoques de petróleo, que é organizado pela EIA (Energy Information Administration).