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SÃO PAULO – Após o massacre dos últimos dias, as ações da empresas do Grupo EBX do empresário Eike Batista mostraram recuperação na bolsa nesta sexta-feira (29).
Os ativos da OGX Petróleo (OGXP3), que recuaram quase 40% nos dois últimos dias, avançaram 8,91% nesta sexta, cotados a R$ 5,50. Outros ativos do Grupo EBX também mostraram recuperação, como é o caso da LLX (LLXL3), que subiram 7,80%, cotados a R$ 2,21. A MMX (MMXM3) mostrou alta de 17% (R$ 5,85) e a MPX (MPXE3) avançaram 3,60% (R$ 30,80).
Segundo equipe de análise da XP Investimentos o cenário externo nesta data mostrou-se extremamente positivo, o que afetou os ativos do grupo “Hoje tivemos uma reversão desse quadro. Se pegarmos o mercado internacional, ele está muito otimista, com as declarações positivas na Zona do Euro. Um grupo de empresas que foi massacrado nas últimas semanas, era de se esperar que teria um forte repique”, cravam os analistas da corretora.
Porém, o movimento ainda será de instabilidade nos próximos dias, na opinião da XP Investimentos. “Ainda estamos céticos com o grupo, já que ainda existe uma crise de confiança. A saída do Mendonça foi precipitada”, finalizam os analistas.
Retrospectiva
Na véspera, a OGX comunicou a substituição Paulo Mendonça, antigo presidente, será substituído por Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual CEO (Chief Executive Officer) da OSX Brasil (OSXB3), responsável pela produção do equipamento utilizado pela empresa. Mendonça deve assumir uma posição de conselheiro para a presidência do grupo EBX, holding que controla as empresas do megaempresário de Eike Batista. Os papéis da OSX, no entanto, são os únicos que encerraram com forte desvalorização nesta sexta-feira, cotados a R$ 9,00 – variação negativa de 3,64%.
Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, essa volatilidade tão grande das ações é captaneada pela OGX, em função das últimas notícias, cujo grande erro foi de comunicação, arranhando a credibilidade da empresa e as expectativas do mercado. Nos dois últimos dias, a OGX perdeu 40% do valor na Bolsa por conta da publicação dos testes de vazão do Campo de Tubarão Azul (antigo Waimea), na bacia de Campos, que decepcionaram o mercado e impactaram o desempenho de quase todas companhias do bilionário na BM&FBovespa.
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Na noite de terça-feira, a companhia divulgou comunicado dizendo que a vazão de de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa no campo Tubarão Azul (antigo Waimea), na bacia de Campos, é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava.