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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou praticamente estável nesta sexta-feira (12), depois de forte alta na véspera levar o índice para o maior patamar registrado desde setembro de 2014. O índice ficou “preso” nesta sessão entre a forte queda da Vale, que descolou do movimento do minério de ferro, e alta das ações ordinárias da Petrobras, que chegaram a subir 4% após balanço “sólido” no 2° trimestre.
Além da petrolífera, outras ações reagiram aos balanços, indo de quedas de 8% a alta de 4%. Entre as maiores quedas do Ibovespa, figuraram os papéis da BR Malls, Estácio e Kroton – todos reagindo aos números do 2° trimestre. Na ponta oposta, Lojas Americanas subiu 4%.
Já na semana, o grande destaque ficou com as exportadoras, que subiram até 8,5%. A Fibria, que figurou como a segunda maior alta do índice, teve sua primeira semana de alta depois de 10 quedas seguidas, quando caíram 43%. No radar da empresa, um relatório do BTG Pactual, que reiterou recomendação de compra da ação, mesmo com o cenário desafiador.
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Confira abaixo os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:
Petrobras (PETR3, R$ 13,91, +1,68%; PETR4, R$ 12,00, -0,83%)
A queda do lucro no 2° trimestre não assustou o mercado e as ações da Petrobras atingiram alta de até 4% (no caso das ordinárias) nesta sexta-feira. Os papéis reagiram também ao petróleo. O contrato futuro do Brent registrava alta de 1,93%, a US$ 46,93 o barril, enquanto o WTI avançava 2,16%, a US$ 44,43 o barril.
Sobre o balanço, analistas destacaram resultado “muito sólido” divulgado ontem à noite, mesmo depois de a estatal ver seu lucro líquido ajustado ficar em R$ 370 milhões no 2° trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 1,24 bilhão do primeiro trimestre deste ano, mas uma queda de 30,3% em relação ao lucro de R$ 531 milhões do mesmo período do ano passado. O resultado ficou bem abaixo dos R$ 2,01 bilhões previsto pela Bloomberg, que compilou a projeção de 8 casas de análise. O balanço da companhia refletiu diversos efeitos não recorrentes, como uma baixa contábil de R$ 1,124 bilhão referente ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e R$ 1,212 bilhão em despesas com o programa de demissão voluntária da estatal.
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A receita de vendas da estatal ficou em R$ 71,32 bilhões, ante R$ 79,9 bilhões registrados um ano antes. A média das projeções apontava receita de R$ 74,5 bilhões no período. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 20,32 bilhões, frente R$ 19,77 bilhões no 2° trimestre de 2015. No acumulado do primeiro semestre, a estatal viu seu lucro líquido de R$ 5,86 bilhões de 2015 virar um prejuízo de R$ 876 milhões, o que, segundo a companhia, ocorreu em função, principalmente, da redução do lucro operacional, do aumento das despesas financeiras líquidas, além do efeito cambial sobre o endividamento em dólar das entidades estruturadas, com reflexo na linha de acionistas não controladores. Enquanto isso, a receita de vendas da companhia recuou 8% nos seis primeiros meses do ano na comparação anual, atingindo R$ 141,66 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado ficou praticamente estável, aos R$ 41,41 bilhões. No primeiro semestre, um dos grande problemas da estatal ficou com o preço do petróleo tipo Brent, que nos seis primeiros meses de 2015 foi negociado, em média a US$ 57,95 por barril, desta vez ficou em US$ 39,73 o barril.
De acordo com o Santander, a Petrobras reportou resultados operacionais sólidos, impulsionados por “dados sólidos de refino” e pela recuperação trimestral no segmento E&P devido a preços mais altos do petróleo”, segundo relatório dos analistas do Santander Christian Audi e Gustavo Allevato. O banco reitera posição positiva sobre ação e diz acreditar que “a empresa continuará a avançar com o seu plano de desinvestimento, o que na nossa opinião continua sendo fundamental para que a companhia atinja sua meta de suma importância para desalavancar”. “Esperamos que o endividamento continue caindo nos próximos trimestres devido ao fortalecimento do real, resultados operacionais sólidos, racionalização do Capex e entradas de caixa a partir da potencial venda de ativos, o que poderia acontecer durante o segundo semestre de 2016 e em 2017”.
Os analistas do BTG destacam um balanço “muito sólido, com geração de caixa de verdade, capex (investimentos em bens de capital) concentrado em exploração e produção e desalavancagem. “Algumas surpresas, porém, tem chegado e a administração tem sido capaz de desbloquear valor. Carcará foi a melhor jogada na nossa avaliação, com campo que estava longe de ser produtivo. As vendas da Liquigás pode chegar a múltiplos muito atraentes. Esperamos que a tendência continue”, observaram os analistas. Apesar de lerem uma tendência positiva após o sólido trimestre, eles mantiveram avaliação neutra para as ações. O preço-alvo para os ADRs fixado para os próximos 12 meses é de US$ 7,60.
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O Morgan Stanley também ressaltou “resultado sólido”, com um controle espartano de capex, que permitiu a companhia gerar um fluxo de caixa livre recorde e se desalavancar. Os analistas destacaram que a nova gestão começou com o pé direito na divulgação dos resultados, mostrando melhoria dos números, entregando qualidade e transparência. O banco manteve recomendação overweight (desempenho acima da média) dos ADRs (American Depositary Receipts), mas elevou o preço-alvo de US$ 9,50 para US$ 10,00.
Ainda no radar da companhia, Walter Mendes renunciou ao cargo no conselho de administração da Petrobras para assumir a presidência da Petros, diz a estatal em comunicado ao mercado. Mendes era conselheiro indicado por minoritários da Petrobras. Para seu lugar, conselho elegeu como membro Marcelo Mesquita, ex-UBS Pactual e Garantia, até a próxima assembleia geral. Mesquita foi indicado por Mendes e Guilherme Affonso Ferreira. Na próxima assembleia, minoritários detentores de ações ON escolherão seu representante no conselho, segundo o comunicado.
Vale (VALE3, R$ 17,96, -2,44%; VALE5, R$ 15,44, -1,97%)
As ações da Vale e Bradespar (BRAP4, R$ 10,50, -3,23%) – holding que detém participação na mineradora – se descolaram do movimento do minério de ferro nesta sessão e caíram forte. A commodity fechou esta sexta-feira em alta de 1,7% no porto de Qingdao, na China, indo a US$ 60,37 a tonelada.
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Já as siderúrgicas, que tiveram forte alta ontem, fecharam entre ganhos e perdas, com Gerdau (GGBR4, R$ 9,06, +0,11%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,20, +0,31%), Usiminas (USIM5, R$ 3,72, -1,59%) e CSN (CSNA3, R$ 10,78, -1,82%).
Em relatório divulgado hoje, analistas do BTG Pactual reiteram mais uma vez as razões pelas quais preferem aço contra minério de ferro. Segundo eles, a perspectiva segue favorecendo esse call, com demanda por aço no Brasil podendo potencialmente entrar em uma trajetória de crescimento (após uma queda de 40% nos últimos 5 anos) e se beneficiando de uma alavancagem operacional muito elevada. Eles comentaram que o ceticismo com o minério de ferro vem da dependência de estímulos na China (questionando a sustentabilidade) e projeção de contração na produção de aço no gigante asiático. Do lado da oferta, eles veem no aço o equilíbrio começando a acontecer enquanto a oferta de minério de ferro continua crescendo. Olhando para o valuation, quando comparado com os players internacionais, eles comentaram que veem as siderúrgicas negociando com um bom desconto, citando Usiminas e Gerdau. Os analistas reiteraram a Gerdau como sua “top pick”.
Exportadoras
As ações das exportadoras lideraram os ganhos em semana de poucos ganhos do Ibovespa. Suzano (SUZB5, R$ 9,99, +8,82%) e Fibria (FIBR3, R$ 19,98, +8,12%) – ambas do setor de papel e celulose – encerraram o período com ganhos próximos a 8%. Destaque para a Fibria, que teve sua primeira semana de alta depois de 10 quedas seguidas. No radar da empresa, um relatório do BTG Pactual, que reiterou recomendação de compra da ação, mesmo com o cenário desafiador.
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Lojas Americanas (LAME4, R$ 20,09, +4,64%)
As ações da Lojas Americanas dispararam até 6,41% hoje, indo a R$ 20,43, após bom resultado, com Ebitda crescendo 28% na comparação anual e margem bruta bruta expandindo 5,8 pontos percentuais, para 37,5%, mesmo sofrendo com aumento de impostos, destacaram os analistas do BTG Pactual. A companhia registrou lucro líquido de R$ 50,6 milhões no segundo trimestre, quase três vezes maior que os R$ 17,3 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da companhia ficou em R$ 3,94 bilhões, queda de 0,9% em um ano, enquanto o Ebitda ajustado atingiu R$ 610,8 milhões, alta de 23,2%. A margem Ebitda ajustada foi de 15,5%, alta de 3 pontos percentuais.
Segundo analistas do BTG Pactual, o destaque negativo ficou com a desaceleração em vendas, o que poderia dar um tom mais negativo para o desempenho do papel hoje, reiterando mais uma vez a priorização da rentabilidade versus vendas. Para eles, os sinais de melhora no “marketplace” (local onde se faz comércio de bens e serviços) da B2W também devem beneficiar a LAME4. Mesmo com a receita líquida fraca, a rentabilidade de fato melhorou o que sem dúvida é notícia positiva para a companhia, disseram. O BTG reiterou a recomendação de compra da ação da varejista, sendo um de seus “top picks” no setor.
BR Malls (BRML3, R$ 13,09, -5,35%)
As ações da BR Malls desabaram após balanço fraco no 2° trimestre, embora conforme já esperado pelos analistas, como destacou o BTG Pactual. Segundo o banco, o resultado foi ruim, com maiores descontos de aluguel e provisões maiores por inadimplência, que tiveram um peso importante nos números. Os analistas ressaltaram que todos os indicadores operacionais da companhia pioraram, o que pressiona o papel hoje.
Helbor (HBOR3, R$ 2,40, -9,43%)
As ações da Helbor fecharam perto da mínima do dia, afetadas por um balanço fraco, mas em linha com o esperado, segundo o BTG Pactual. A construtura viu seu lucro líquido cair 11% na comparação anual, para R$ 4,6 milhões, enquanto a receita líquida teve baixa de 10,5%, para R$ 269,1 milhões. A dívida líquida somou R$ 1,86 bilhão ao fim no trimestre, alta de 30,5%.
Segundo o BTG, cancelamentos pesaram sobre o resultado da construtura, que teve destaque negativo para o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de somente 1% e queima de caixa ainda alta (em R$90 milhões neste trimestre). Essa situação levou a uma posição desconfortável de dívida liquida, que está em R$2 bilhões – uma das maiores do setor -, destacaram analistas do banco, que seguem com recomendação neutra para a ação, acreditando que os resultados vão demorar mais tempo para se recuperarem.
B2W (BTOW3, R$ 13,99, +1,52%)
As ações da B2W, empresa que controla as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, subiram após um resultado em linha com o esperado, sem grandes surpresas, comentou o BTG Pactual. Para analistas do banco, a boa notícia foi que o “marketplace” (local onde se faz comércio de bens e serviços) tem aumentando sua representatividade no resultado da companhia, com boa evolução de margem. Eles ressaltaram que a companhia tem feito melhoras expressivas e isso deve se traduzir em uma empresa melhor olhando pra frente. Para eles, a última linha do balanço ainda veio negativo em R$ 106 milhões, o que evidencia que ainda é “cedo para pular nesse barco”. No entanto, eles seguem acompanhando a evolução do case de perto para, em algum momento no futuro, revisitar os números da empresa e sua visão sobre o papel. Eles reiteraram recomendação neutra da ação, mas com viés positivo.
Após o balanço, o Santander elevou a recomendação para a B2W de manutenção para compra, o preço-alvo foi elevado de R$ 16,00 para R$ 18,50. Os analistas destacaram que a B2W postou números melhores com contribuição positiva do mercado. Além disso, o Ebitda registrou aumento e houve um controle rigoroso de despesas.
A B2W teve prejuízo líquido de R$ 106 milhões no segundo trimestre, aumento de 28,7% em um ano. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 5,9%, para R$ 1,77 bilhão. Segundo a empresa, a maior parte da redução da receita está relacionada às mudanças tributárias no país, válidas desde janeiro deste ano. O Ebitda ajustado ficou em R$ 158,9 milhões, uma alta de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas atingiram R$ 303,3 milhões e representaram 17% da receita líquida, queda de 0,6 ponto percentual em um ano.
MRV Engenharia (MRVE3, R$ 12,63, -0,94%)
A construtora MRV teve queda de 14% no lucro do segundo trimestre e divulgou expectativa de que pode elevar em até 56% a venda de unidades por mês no médio prazo, como resultado da política de aquisição de terrenos que vem desenvolvendo nos últimos dois anos.
A companhia teve lucro líquido de R$ 138 milhões no segundo trimestre, ante R$ 159 milhões um ano antes, quando tinha acelerado a produção de unidades. Na comparação com os três primeiros meses do ano, houve alta de 7,6% no lucro. O balanço mostrou geração de caixa recorde no primeiro semestre, em R$ 324 milhões, mostrando que pode alcançar patamar de vendas de 5 mil unidades residenciais por mês no médio prazo, ante ritmo atual de 3,2 mil unidades.
Gafisa (GFSA3, R$ 2,03, -5,14%)
As ações da Gafisa caíram após decepção na última linha do balanço, que foi impactado por uma perda de R$ 12 milhões no Alphaville, comentaram os analistas do BTG Pactual. A companhia reverteu o lucro líquido de R$ 28,49 milhões registrado no segundo trimestre do ano passado e teve prejuízo líquido de R$ 38,44 milhões abril a junho, com a divisão Gafisa registrando prejuízo de R$ 47,06 milhões, ante o lucro de R$ 8,45 milhões de um ano antes. Já a Tenda (divisão focada na baixa renda) teve lucro de R$ 8,62 milhões, 57% menor do que o de igual período de 2015.
Segundo o BTG, como já era esperado, a Tenda continua performando bem enquanto a Gafisa segue fraca. A melhora nos repasses tanto em Gafisa quanto na Tenda não foram suficiente para compensar a queima de caixa de R$ 40 milhões no trimestre. No geral, os analistas comentaram que o resultado foi fraco, mas acreditam que já está em boa parte no preço da ação. Eles reiteraram recomendação neutro para as ações, aguardando sinais de melhora do ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) e fluxo de caixa livre.
A receita líquida da companhia caiu 20%, para R$ 473,37 milhões, enquanto a margem bruta consolidada teve queda de 26,8%, para 19,8%. A companhia informou também margem bruta ajustada de 29,2%, abaixo dos 33,9% de um ano antes.
Gol (GOLL4, R$ 6,14, +6,23%)
As ações da Gol atingiram alta de 7,96% na máxima desta sessão, a R$ 6,24, apesar de ter registrado queda de 8,1% na demanda total em julho medida em passageiros-quilômetros transportados (RPK, na sigla em inglês), conforme dados operacionais divulgados nesta sexta-feira. Separando por rotas, nos voos domésticos, a queda da demanda da Gol em julho na base anual foi de 6,8%, enquanto no mercado internacional a retração ficou em 17,9%. A Gol divulga seu balanço do 2° trimestre na próxima segunda-feira (15), após o fechamento do pregão.
Estácio (ESTC3, R$ 17,56, -4,62%)
As ações da Estácio fecharam na mínima deste pregão, interrompendo uma sequência de cinco dias de alta, após a companhia ter identificado irregularidades contábeis em seus balanços, entre 2014 e 2016, que apontam efeito negativo de R$ 108,1 milhões no lucro líquido, disse a empresa, em comunicado divulgado ao mercado. Além disso, a companhia realizou lançamentos contábeis com efeito negativo de R$ 105,7 milhões sobre o Ebitda.
A companhia disse que identificou, no final de 2015, lançamentos financeiros decorrentes de transações entre partes privadas. A empresa comentou que determinou sigilo da informação, até que avaliações internas permitissem divulgação. A Estácio fará reunião do conselho de administração de emergência, nos próximos dias, para tratar do assunto. Os membros do conselho João Cox, Líbano Barroso e Maurício Luis Luchetti serão os responsáveis pelo acompanhamento dos fatos.
Nos lançamentos contábeis feitos no 2° trimestre, a companhia constatou a presença de aproximadamente 6 mil alunos ativos, os quais não possuem o desempenho acadêmico necessário para a participação no programa Fies (programa de financiamento estudantil) e até então eram informados como aptos. A companhia também realizou baixa de ativos e fez revisão da base das contingências. Uma assembleia convocada para 15 de agosto sobre união com Kroton está confirmada, disse a Estácio.
Hoje, o Credit Suisse elevou o preço-alvo das ações da companhia de R$ 15,00 para R$ 18,00, reiterando a recomendação em outperform (desempenho acima da média).
BM&FBovespa (BVMF3, R$ 19,35, +1,04%)
A BM&FBovespa teve alta após balanço acima do esperado, segundo analistas do Santander. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 114,4 milhões no 2° trimestre de 2016, ante lucro líquido de R$ 317,9 milhões no mesmo período de 2015. Dois fatores extraordinários levaram ao prejuízo, explicou Rogério Santana, diretor de relações com investidores da Bolsa.
São eles: a venda das ações da CME Group, que gerou um resultado negativo de R$ 572,8 milhões, sendo R$ 460,5 milhões, sem efeito caixa, relacionados à variação no preço dos papéis da companhia, da variação cambial e dos impostos incidentes da transação; e as despesas geradas pelo processo de fusão com a Cetip, que somaram R$ 47,8 milhões. A transação que unirá as companhias está sob análise agora do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Excluindo esses itens extraordinários, o lucro líquido seria de R$ 496,8 milhões, o que representaria alta de 56,2% em relação ao 2° trimestre do ano passado.
Já a receita líquida ficou em R$ 563,5 milhões, 3,4% acima dos R$ 544,7 milhões registrados um ano antes. Desse total, R$ 501,2 milhões representaram as receitas oriundas da negociação e pós-negociação dos segmentos BM&F e Bovespa, ou 78,6% da receita total do período. Segundo a Bolsa, o número de pregões (63 no 2° trimestre, contra 61 no mesmo período de 2015) também impactou positivamente essas receitas.
Segundo os analistas do Bradesco BBI, o resultado reforça o otimismo com a BM&FBovespa e a ação como sua top pick no setor financeiro, uma vez que eles veem a empresa como sendo a principal beneficiária de uma recuperação mais profunda e duradoura nos mercados financeiros do Brasil.
Eztec (EZTC3, R$ 17,27, +1,59%)
A EzTec registrou um lucro líquido de R$ 38,7 milhões no segundo trimestre de 2016, 62% menor em relação ao mesmo período de 2015. Já a receita líquida caiu 11% para R$ 155 milhões. O resultado refletiu, entre outros fatores, o menor volume de vendas brutas e de obras e o aumento de distratos. As despesas fiscais, como as relacionadas ao IPTU e condomínio de unidades concluídas, também pesaram sobre seus números do período, disse a companhia.
Segundo o BTG Pactual, o resultado veio fraco (mas conforme o esperado), com receita líquida pressionada por um aumento no cancelamento de vendas, enquanto a margem foi impactada por maiores descontos neste trimestre. Os analistas destacaram positivamente também o anúncio do aluguel de 53% do EZTower e 39% do EZMark, o que sem dúvida é notícia favorável para a empresa. Eles reiteraram recomendação de compra da ação.
Aliansce (ALSC3, R$ 15,20, -4,94%)
Segundo o Valor Econômico, a Aliansce estuda aumento de capital de R$ 500 milhões. Parte dos recursos deve ser usada para comprar participação no Shopping Leblon e reduzir alavancagem, diz Valor Econômico, citando uma fonte não identificada. O fundo canadense CPPIB, maior acionista da Aliansce com fatia de cerca de 40%, e fundo soberano de Singapura GIC, com fatia de 15%, devem acompanhar o aumento de capital para evitar diluição das participações.
Lupatech (LUPA3, R$ 8,40, -6,67%)
As ações da Lupatech perderam força e viraram para queda, depois de subirem 35,56% nesta sessão, indo a R$ 12,20, e acumulando ganhos de 183% em 2 pregões. O dia foi de forte volume financeiro também para a small cap, atingindo R$ 10,89 milhões, contra média diária de R$ 2,29 milhões nos últimos 21 pregões. Questionado pelo InfoMoney sobre a movimentação recente das ações, o departamento de relações com investidores da Lupatech não respondeu a tempo da divulgação desta reportagem.