Ações PN da Oi caem 13% em dia decisivo; Cogna recua 5%, Vale fecha em queda e BB sobe à espera de CEO

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (3)

Lara Rizério

Orelhões da Oi telecomunicações no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)
Orelhões da Oi telecomunicações no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)

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SÃO PAULO – As ações da Cogna (COGN3, R$ 7,85, -5,19%) registraram mais uma sessão de forte queda após a baixa de 12,47% na última sexta-feira (veja mais clicando aqui).

Fora do índice, quem ganhou destaque foi a Oi (OIBR3, R$ 1,62, -10,99%; OIBR4, R$ 2,58, -13,42%), que viu os ativos PN chegarem a ter forte queda de 13% e os ON em queda de 11% em uma dia decisivo sobre a venda da operação móvel para a companhia. Os papéis amenizaram a baixa na primeira hora do pregão mas, na reta final, intensificaram as perdas novamente.

Enquanto isso, a Vale (VALE3, R$ 60,26, -0,74%) chegou a subir 3%, após a alta de 4,4% do minério de ferro negociado em Qingdao, a US$ 116,35 a tonelada, em meio às expectativas de que a forte demanda na China e a menor oferta deixem o mercado em déficit este ano. Contudo, os papéis amenizaram fortemente durante o pregão e fecharam em queda.

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O noticiário corporativo também teve como grandes destaques nesta sessão a possível nomeação de André Brandão ao cargo de presidente do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 34,35, +2,29%) e sua repercussão no mercado. Os ativos chegaram a subir mais de 3%, mas amenizaram a alta.

Pela manhã, a BB Seguridade (BBSE3, R$ 28,27, +1,58%) divulgou seus resultados do segundo trimestre, mas é no decorrer da semana que ocorrem as divulgações mais esperadas, como Itaú (ITUB4, R$ 27,28, +1,51%) após o fechamento.

Já o IRB Brasil (IRBR3, R$ 7,70, -3,39%) voltou a cair após divulgar nesta manhã seus dados preliminares e não auditados, com um prejuízo líquido de impostos de R$ 392,5 milhões de abril a maio.

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Confira os destaques:

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 34,35, +2,29%)

André Brandão é o nome escolhido para assumir a presidência do Banco do Brasil em substituição à Rubem Novaes, que pediu demissão no último dia 24.

Brandão tem cerca de duas décadas de experiência no mercado financeiro e já passou por bancos como HSBC , Citi e outros.

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No domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “a princípio” o nome de Brandão estava confirmado, mas que iria falar com o ministro Paulo Guedes.

O Itaú BBA vê como positiva a indicação de Brandão para assumir o comando do Banco do Brasil, reforçando que ele possui experiência na área de atacado. Atualmente, o executivo é o chefe de mercados globais das Américas no HSBC.

Segundo relatório da instituição financeira, Brandão poderia adicionar ao BB sua experiência em negócios e contribuir para a “venda de ativos não essenciais e a preparação do banco para as próximas etapas”. Como desafio, o relatório lista a concorrência, inovação e a regulamentação do setor.

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Oi (OIBR3, R$ 1,62, -10,99%; OIBR4, R$ 2,58, -13,42%), TIM (TIMP3, R$ 15,28, -2,98%), Vivo (VIVT4, R$ 51,00, -3,13%) e Claro

A Oi tem um dia decisivo nesta segunda-feira. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o trio formado por TIM, Vivo e Claro deve assumir a liderança na corrida pela aquisição da rede móvel Oi, caso não seja renovado o direito de exclusividade nas negociações assinado dias atrás entre a Oi e a Highline do Brasil e que expira nesta segunda.

Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Highline desistiu de fazer nova oferta pelos ativos da operadora. Com isso, deve perder o direito de exclusividade, que passará para TIM, Vivo e Claro. O trio vai fatiar as redes e os clientes da Oi entre si.

A Highline, controlada pelo fundo americano Digital Colony, tem até esta segunda para fazer uma proposta que supere os R$ 16,5 bilhões ofertados pelo consórcio de operadoras rivais da Oi. Segundo informou jornais como O Globo e Estadão, a Highline não está disposta a continuar no páreo e não deve subir o lance. Enquanto isso, o site especializado Teletime aponta que a Highline segue no páreo.

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Eletrobras (ELET3, R$ 37,55, +1,65%; ELET6, R$ 38,50, +0,13%)

A Eletrobras projeta investir R$ 6 bilhões por ano até 2035 na expansão de seu parque de geração e transmissão de energia. O montante pode dobrar caso ocorra a capitalização e privatização da companhia, informou a empresa em fato relevante.

Esses níveis de investimento seriam possíveis sem que a empresa se afastasse da disciplina financeira, com um indicador de alavancagem medido pela relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) abaixo de 2,5 vezes, afirma a Eletrobras nos documentos do planejamento estratégico 2020-2035.

IRB (IRBR3, R$ 7,70, -3,39%)

O IRB Brasil RE divulgou nesta segunda-feira um prejuízo líquido de impostos de R$ 392,5 milhões de abril a maio, conforme dados preliminares e não auditados.

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No período, a resseguradora teve prêmio emitido de R$ 1,586 bilhão e prêmios de competência – chamados prêmios ganhos – de R$ 1,1 bilhão. Os sinistros retidos totalizaram R$ 1,35 bilhão, conduzindo a uma sinistralidade de 123% no bimestre.

Os números estão no relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados – Susep, por meio do FIP (Formulário de Informações Periódicas), que atende às exigências do plano de contas exigido pelo regulador.

A companhia acrescentou que, para junho, espera “efeitos semelhantes ao bimestre em resultados”.

No mês, o IRB disse que verificou-se acentuada tendência de deterioração da relação sinistros/prêmios por motivos significativamente fora do padrão verificados, com destaque para a aceleração por parte das cedentes do exterior na conclusão de seus relatórios atualizados de valores de perdas para sinistros já avisados, especificamente de seguros patrimoniais.

Também citou significativa deterioração no comportamento conjuntural das contas de seguros de vida relativos a pensões de aposentados em países latino-americanos.

“No Brasil, em junho, desenvolvimentos adversos em Agro reportados pelas cedentes foram adequados aos níveis necessários de provisões”, citou.

Na sexta-feira, o IRB comunicou que pagará R$ 27,276 milhões em juros sobre o capital próprio aos acionistas, além de dividendos no valor de R$ 91,331 milhões.

O valor a ser pago em dividendos, contudo, será destinado à reserva especial, sendo pago quando compatível com a situação econômico-financeira da companhia.

Terão direito ao pagamento os acionistas posicionados no papel no dia 14 de agosto, sendo as ações negociadas ex-proventos a partir de 17 de agosto. O pagamento dos juros sobre capital próprio será efetuado em 29 de dezembro de 2020.

BB Seguridade (BBSE3, R$ 28,27, +1,58%)

A BB Seguridade registrou um lucro líquido ajustado de R$ 981,8 milhões, uma queda de 9% no comparativo anual. A maior parte do resultado tem como origem os negócios de distribuição (BB Corretora). Esse segmento teve um lucro de R$ 430,69 milhões. A segunda maior contribuição veio da Brasilseg, com R$ 278,61 milhões.

O resultado financeiro teve queda de 29% no segundo trimestre, ante um ano antes, para R$ 119 milhões. De acordo com a BB Seguridade, o resultado financeiro foi impactado pela restituição de capital de R$ 2,7 bilhões e também pela taxa Selic menor, com um impacto de R$ 35,1 milhões no lucro líquido do segundo trimestre.

O Credit Suisse considerou como neutro os resultados da BB Seguridade no segundo trimestre do ano, lembrando que os resultados operacionais da empresa foram afetados de forma negativa pela pandemia. “Embora dados mensais publicados pela agência reguladora Susep sugiram melhora da tendência ao longo dos meses”, avaliou, em relatório, a instituição financeira.

Para o Morgan Stanley, a queda do lucro foi ocasionada por um recuo acima do esperado nas receitas com corretagem e o desempenho da Brasiprev abaixo do esperado. No entanto, destacaram o recuo das despesas operacionais e maior receita financeira na Brasilseg.

CVC (CVCB3, R$ 20,00, -3,85%)

A operadora de turismo CVC divulgou nesta segunda-feira seus resultados não auditados referentes ao ano de 2019.

Essa demonstração financeira contempla ajustes decorrentes das distorções identificadas ao longo do processo de revisão e reconciliação da escrituração contábil.

Nesse período, o lucro líquido foi de R$ 47,1 milhões, uma queda de 63,3%, com receitas líquidas de vendas de R$ 1,76 bilhão, alta de 14,6%.

A empresa informou que espera divulgar até o dia 31 de agosto as demonstrações de 2019 auditadas e os dados do primeiro trimestre de 2020.

Cogna (COGN3, R$ 7,85, -5,19%)

As ações da Cogna têm mais um dia de forte queda após a baixa da sexta-feira, quando ocorreu a estreia das ações da sua subsidiária Vasta nos EUA. Veja mais clicando aqui.  

Vale destacar que, nesta segunda-feira, o Stock Pickers entrevistou Breno Guerbatin, da Studio, que explicou por que possui posição vendida nas ações da Cogna. Confira a conversa clicando aqui. 

Petrobras (PETR3, R$ 22,34, -1,59%; PETR4, R$ 21,80, -1,80%)

A Petrobras publicou o edital para o arrendamento do terminal de regaseificação GNL (gás natural liquefeito) da Bahia e instalações a ele associadas.

A licitação para esse arrendamento faz parte do compromisso assumido pela Petrobas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em julho de 2019.

Segundo documento enviado à CVM, o terminal consiste em um píer tipo ilha e as facilidades necessárias para atracação e amarração de um navio tipo FSRU (Floating Storage and Regasification Unit) – mas a embarcação não faz parte do arrendamento.

O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão e 28 polegadas de diâmetro, interligando o terminal a dois pontos de entrega (Estação Redutora de Pressão de São Francisco do

Cielo (CIEL3, R$ 5,40, +0,56%)

O Banco Central disse que autorizações para testes da plataforma WhatsApp Pay no mercado de pagamentos, como a que foi concedida a Visa, não fazem parte do processo formal de análise
do pedido das empresas para operar a solução de pagamentos e, portanto, não implicam autorização do BC, nem tampouco sinalizam decisão final nesse sentido. Na sexta-feira, a notícia sobre a
possibilidade dos testes fez as ações da Cielo subirem quase 11%.

JSL (JSLG3, R$ 28,12, -2,40%)

A JSL divulgou fato relevante a intenção de realizar oferta pública de ações após concluir a reorganização societária que tornará a empresa uma subsidiária da holding Simpar.

Segundo a JSL, a oferta tem como objetivo levantar recursos para a empresa, que após a reorganização societária passará a se dedicar exclusivamente às atividades operacionais de serviços logísticos.

“Nesse sentido, estão sendo conduzidos trabalhos preparatórios para a oferta restrita (de ações) em conjunto com determinadas instituições financeiras e demais assessores legais”, informou a empresa.

Latam

A Latam divulgou a demissão de ao menos 2.700 funcionário no Brasil.

A decisão ocorre após o fracasso das negociações com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) sobre salários dos trabalhadores. A empresa tentava conseguir uma redução de salários permanentes, enquanto os trabalhadores queriam que ela fosse apenas temporária.

Cosan (CSAN3, R$ 88,01, -2,64%)

Na sexta-feira à noite, o grupo de energia e logística Cosan apresentou pedido de registro para realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua controlada Compass Gás e Energia.

A quantidade de ações da Compass a serem vendidas no âmbito da oferta ainda não foi divulgada, assim como o preço de venda.

A Cosan disse ainda que pediu também adesão da Compass ao segmento especial de listagem Novo Mercado da B3.

Azul (AZUL4, R$ 20,10, -1,03%)

A Azul divulgou que chegou ao final de junho com uma posição de liquidez de R$2,3 bilhões, pouco acima dos R$ 2,2 bilhões do final do primeiro trimestre. Segundo comunicado à CVM, a companhia aérea afirma que as projeções indicam posição de liquidez robusta suficiente até o final de 2021.

A empresa acrescentou ainda que essa projeção não considera um aumento de capital, mas afirma que uma vez que a visibilidade em relação à retomada da demanda ainda é incerta, “a companhia tem a intenção de captar recursos em um momento oportuno para aumentar seu colchão de liquidez”.

A companhia também informou que havia estimado uma queima de caixa diária entre R$3 milhões e R$4 milhões em maio e junho, mas acabou aumentando a sua posição de caixa no mesmo período.

Para o restante do ano, a Azul estima uma queima de caixa média de aproximadamente R$3 milhões por dia sem amortização de dívidas, resultante das negociações em andamento com seus parceiros financeiros.

Porto Seguro (PSSA3, R$ 54,14, +0,20%)

O lucro líquido da Porto Seguro foi de R$ 654,8 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 72,8% na comparação com igual período de 2019.

A receita registrada entre abril e junho foi de R$ 4,21 bilhões, um recuo de 3,7%.

Ao considerar apenas a receita com seguros, o número obtido foi de R$ 590,5 milhões, o que representa um crescimento de 144,8%. O resultado financeiro foi de R$ 497,6 milhões, o dobro do registrado em igual período de 2019.

EzTec (EZTC3, R$ 40,81, -0,87%) e PetroRio (PRIO3, R$ 39,51, -0,20%)

As ações da Eztec e da PetroRio entraram na primeira prévia  da nova carteira teórica do Ibovespa, divulgada hoje pela B3, sem nenhuma exclusão.

(com Agências)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.