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SÃO PAULO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicará até outubro um calendário com as datas para venda das fatias que possui em empresas listadas na Bolsa. A ideia é liquidar a carteira atual em dois anos.
Segundo notícias do Valor Econômico e Brazil Journal, ainda este ano serão iniciadas as vendas de participações do banco em Petrobras (PETR3; PETR4) e JBS (JBSS3). Com isso, somente no segundo semestre seriam colocados R$ 35 bilhões no mercado. No total, o BNDES possui R$ 111 bilhões investidos em ações.
Em relatório do início de julho assinado pelos analistas Marcos Assumpção, Jorge Gabrich e André Dibe, o Itaú BBA ressalta que, levando em consideração a quantidade de papéis detidos pelo BNDES de cada empresa e o volume médio diário de negociação das ações dessas companhias, algumas fatias serão mais fáceis de vender que outras.
No caso dos papéis de Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Br Malls (BRML3), por exemplo, o desinvestimento total poderia ocorrer menos de um dia.
Apesar disso, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse ao Brazil Journal que o banco de fomento focará em vender primeiro os papéis mais líquidos da carteira da BNDESPar: Petrobras, Vale (VALE3), JBS e Suzano (SUZB3).
Para desinvestir totalmente Petrobras, o BNDES colocaria em mercado o equivalente a 35 pregões de negociação das ações da estatal. Para JBS seriam 70, Vale, 15, e Suzano, 18.
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Montezano disse que o trabalho a ser feito no BNDES é de aumentar a transparência para recuperar a marca e a reputação do banco. Não haveria, portanto, interesse em acabar com a área de renda variável, apenas colocá-la de volta na realidade de instituições financeiras similares no mundo todo.
Confira a carteira do BNDES segundo a posição em 31 de março de 2019 (última atualização no site do banco de fomento):
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