Petrobras reafirma estudo para vender fatia na BR; Eletrobras avança com privatização e mais notícias

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (22)

Equipe InfoMoney

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No Radar InfoMoney desta segunda-feira (22) destaque à Petrobras com as ameaças de alguns grupos de caminhoneiros de iniciar uma nova paralisação, para a Vale diante da possibilidade de aumento da alíquota do Cfem e para a CCR, que realiza AGO para deliberar sobre pagamento de programa de incentivo à colaboração e mais notícias corporativas.

Petrobras (PETR3;PETR4)

Após a decisão da Petrobras de manter o reajuste no preço do diesel, lideranças de grupos de caminhoneiros ameaçam desencadear uma nova greve para a próxima segunda-feira, dia 29. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que tem audiência hoje com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, diz que a alta do combustível elevou “ainda mais a tensão instalada na categoria, que carrega desde o ano passado a frustração de não ter a Lei do Piso Mínimo do Frete cumprida”. Lideranças dos caminhoneiros têm afirmado que ou o governo faz vale o piso mínimo ou reduza o preço do diesel de R$ 0,50 a R$ 0,60 até que o piso comece a valer.

Apesar da insatisfação dos grupos de caminhoneiros, o líder do Comando Nacional do Transporte (CNT), Ivar Schmidt, acredita que é cedo para uma paralisação. Segundo ele, existe “a percepção de que o governo atual é muito recente e ainda não teve tempo de trazer uma solução. Mas se tiver mais dois reajustes já seria motivo para uma nova greve”. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) diz que, apesar do “esforço” do governo federal, ainda não foram resolvidos os problemas do cumprimento e fiscalização da tabela mínima de frete e da oscilação constante dos preços do diesel. “Entretanto, ainda não é possível afirmar que a categoria está se organizando para uma nova paralisação”, disse a associação.

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Ainda sobre Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, no final da semana passada, ter uma “simpatia inicial” pela privatização da petroleira. A declaração ocorreu após o presidente ser questionado sobre declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que Bolsonaro havia “levantado a sobrancelha” quando foi aventada a ideia de privatizar a estatal.

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BR Distribuidora (BRDT3)

A Petrobras ainda divulgou um comunicado ao mercado, agora pela manhã, em que reafirma o início dos estudos para a venda adicional de uma fatia na BR Distribuidora. Segundo a empresa, estão em estudos diversas alternativas, como uma oferta pública secundária de ações (follow on), “o que abrange a avaliação da possibilidade da Petrobras deter participação inferior a 50% comparada com sua participação atual de 71%.”

Segundo a empresa, alguns bancos foram engajados para participar de parte dos estudos, mas nenhum foi contratado até o momento para conduzir a operação.

Vale (VALE3)

O relator da CPI de Brumadinho no Senado, Carlos Viana (PSD-MG), pretende propor em seu relatório final um aumento no imposto sobre o royalty pago pelas mineradoras, conhecido como Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), informa o Valor.

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Atualmente, as alíquota é de 3,5% sobre a receita bruta da venda do minério de ferro e o relator cogita que se eleve para 10%. No ano passado, esse tributo gerou uma arrecadação de R$ 3 bilhões à Agência Nacional de Mineração (ANM).

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

No setor de aviação segue o imbróglio sobre a venda dos ativos da Avianca. O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou no final da semana passada que não tem mais interesse em adquirir a companhia, diante do modelo proposto pelos credores. Enquanto isso, o Cade abriu um procedimento preparatório para acompanhar a venda dos ativos, já que haveria indícios de que a Gol e a Latam poderiam ter cometido condutas anticompetitivas na disputa. O Cade também enviou ofício à Anac alertando sobre os riscos à concorrência em um cenário em que Gol e Latam assumam os slots da Avianca.

CCR (CCRO3)

A CCR realiza hoje Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária em que vai deliberar sobre a proposta de pagamento de R$ 71 milhões a ex-executivos por conta do Programa de Incentivo à Colaboração (PIC). Duas das maiores empresas especializadas na orientação de voto aos acionistas emitiram relatórios recomendando a não aprovação do PIC.

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Credenciadoras

As credenciadoras e os bancos devem seguir no radar dos investidores. Na semana passada, a Rede, controlada pelo Itaú, anunciou a redução das taxas pela antecipação de recebíveis. O Valor destaca que os grandes bancos passaram a usar sua estrutura e balanço para derrubar as taxas destas operações. A antecipação de recebíveis é uma importante fonte de receita para algumas adquirentes. A primeira a reduzir foi a Getnet, do Santander. No último pregão, na quinta-feira, as ações da Cielo recuaram 7,3% na B3, assim como as concorrentes listadas nos EUA PagSeguro (-9,7%) e Stone (-23,6%)

Lojas Renner (LREN3)

O Conselho de Administração da Lojas Renner elegeu Fabio Adegas Faccio como diretor presidente da companhia, em substituição a José Galló, que deixa a diretoria. O processo de transição havia sido anunciado em novembro passado. Galló foi eleito como presidente do Conselho de Administração.

Adicionalmente, a companhia convocou AGE para o dia 30 de abril para discutir a proposta de bonificação de ações, a razão de 10%, sendo 1 nova ação ordinária para cada 10 possuídas, gratuitamente aos acionistas. O encontro discutirá a proposta de aumento do capital social, no valor total de R$ 1,112 bilhão, sendo R$ 72.049.759,43, através da incorporação de parte do saldo da conta de Reservas de Capital (Reserva de Plano de Opções de Compra de Ações e Ações Restritas) e R$ 1,040 bilhão, através da incorporação de parte do saldo da conta de Reservas de Lucros.

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Eletrobras (ELET3;ELET6)

Apesar da resistência de alguns integrantes do Planalto, o processo para privatização da Eletrobras está avançando, destaca o Estadão. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que os estudos sobre a venda da empresa continuam em andamento e estão sendo aprofundados. A maior dúvida é como será o processo, se por meio de uma capitalização ou privatização.

Light (LIGT3)

A recondução de Ana Marta Veloso à presidência da Light recebeu críticas do membro independente da companhia no conselho de administração Raphael Martins. Segundo o Valor, ele criticou a indicação da Cemig, controladora da companhia fluminense, de Ana Marta por entender que caberia ao board da companhia essa definição. Apesar de não confirmada oficialmente pela Light, tal decisão causaria desconforto por não ter sido tratada em esfera competente, sobretudo porque a Cemig perdeu o status de controladora da Light, pois conta com 49,99% das ações da elétrica.

Usiminas (USIM5)

A Usiminas enviará ao conselho um projeto para a ampliação de sua linha de aços galvanizados em Ipatinga (MG). O presidente da companhia, Sergio Leite, prevê que até o final do ano o projeto, R$ 1 bilhão, possa ser aprovado. A linha teria a capacidade de produzir entre 400 mil e 500 mil toneladas por ano.

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Randon (RAPT4)

A Randon divulgou que a receita líquida consolidada da companhia cresceu 9,4% em março na comparação anual, somando R$ 399,2 milhões. No acumulado do primeiro trimestre, a companhia atingiu uma receita de R$ 1,133 bilhão, representando uma expansão de 23% sobre igual intervalo do ano passado.

CPFL (CPFE3)

A CPFL Energia informou por meio de fato relevante a postergação do prazo para o cumprimento da obrigação de recomposição do free float da companhia até 31 de outubro de 2019. O pedido da companhia e do controlador de tratamento excepcional ocorre pela expectativa de uma oferta pública subsequente de distribuição de ações, que poderá resultar em um free float de no mínimo 15% de seu capital social.

(Agência Estado e Bloomberg)