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SÃO PAULO – Após encostar na marca de 100 mil pontos, o Ibovespa passou por uma semana tensa, com uma forte queda da bolsa diante do aumento das preocupações com a reforma da Previdência. Para os próximos dias, apesar de uma agenda de indicadores mais tranquila, o cenário político deve continuar tenso.
Os analistas da GO Associados destacam que o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro, que permanece internado no hospital Albert Einstein, deixa em suspense uma série de decisões relacionadas à agenda política e econômica do governo. Após um susto com o quadro de pneumonia, o presidente tem evoluído e na próxima semana, o horizonte para o seu restabelecimento deve ficar mais claro.
Enquanto isso, no Congresso, atenção para as negociações em torno do comando das principais comissões permanentes. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) é uma das mais estratégicas para a tramitação da proposta de reforma da Previdência e tem como principal candidata a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Na Câmara, o PSL, almeja o comando desta comissão.
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Entre os indicadores, esta semana é mais tranquila, com destaque para os índices de atividade de dezembro. Após a produção industrial crescer 0,2% no último mês de 2018, entre quarta-feira (13) e sexta-feira (15) serão
divulgados os números do comércio varejista, dos serviços e o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto).
A GO Associados espera que o IBC-Br de dezembro tenha alta de 0,73% na margem, ficando em 1,26% no ano. Atenção ainda para a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) na terça-feira (12), que ganha destaque após o BC manter os juros em 6,5% ao ano e sinalizar que não deve cortar os juros este ano.
Na temporada de resultados, pelo menos 18 empresas irão apresentar seus balanços do quarto trimestre. O destaque fica para o Banco do Brasil (BBAS3), que completa a temporada dos grandes bancos na quinta-feira (14) antes da abertura da bolsa. Entre outras companhias que fazem parte do Ibovespa e que divulgam seus resultados estão: BB Seguridade (BBSE3) nesta segunda; Smiles (SMLS3) e Cosan (CSAN3) na quinta-feira; e Usiminas (USIM5) na sexta, dia 15.
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Agenda externa
Uma missão de alto nível dos Estados Unidos se reunirá na semana que vem com uma da China em Pequim para continuar a negociar o fim da guerra tarifária entre as duas potências, informou a Casa Branca na sexta-feira. O andamento destas conversas deve ter grande impacto na bolsa norte-americana, o que acaba refletindo no resto do mundo.
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Entre os indicadores, na terça-feira (12), sai o relatório JOLTs de abertura de novos empregos durante o mês de novembro. Já na quarta-feira (13), os destaques ficarão por conta das publicações da taxa de inflação o do núcleo de inflação de janeiro.
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No mesmo dia será publicado balanço fiscal federal do mês de dezembro e os estoques semanais de petróleo. Os dados dos pedidos de bens duráveis relativos ao mês de dezembro e os pedidos por seguro-desemprego serão publicados na quinta-feira (14). Já na sexta-feira (15), saem os dados das vendas do comércio e da produção industrial de janeiro.
Na China, após o longo feriado de ano novo, os destaques serão a divulgação na terça do investimento direito no país e de vendas de veículos. Na quinta os investidores estarão atentos aos dados do comércio externo, que podem confirmar impacto negativo da guerra comercial com os EUA sobre as exportações e importações na China. No mesmo dia, saem os índices de preços ao consumidor e ao produtor de janeiro.
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