Da derrocada de 70% do Bitcoin à disparada do dólar: o desempenho de 18 ativos em 2018

Em ano marcado pela queda de praticamente todos os maiores mercados do mundo, o Ibovespa se aproveitou do rali eleitoral e fechou com fortes ganhos

Rodrigo Tolotti

Painel de ações (Shutterstock)
Painel de ações (Shutterstock)

Publicidade

SÃO PAULO – Engatado por uma euforia durante as eleições com a vitória de Jair Bolsonaro, o Ibovespa conseguiu se descolar dos principais mercados globais e fechar 2018 com ganhos, apesar do clima neste fim de ano ser de tensão sobre o andamento das reformas no país – e também com pressão vinda das maiores economias do mundo.

Temores sobre o ritmo de crescimento da economia do mundo, combinado com o risco de recessão nos Estados Unidos e a guerra comercial travada entre o governo de Donald Trump e a China pesaram no humor dos mercados nos últimos meses deste ano, levando os índices a encerrarem no negativo.

Este mal humor puxou as bolsas europeias, que também tiveram que enfrentar problemas em diversas frentes, como o Brexit no Reino Unido, a crise econômica da Itália e, mais recentemente, os graves protestos na França.

Quanto você precisa para viver de Dividendos?

Participe do treinamento gratuito Manual dos Dividendos e descubra a estratégia simples e poderosa para viver de renda.

O ano também não foi nada fácil para os índices asiáticos, com o Nikkei do Japão registrando seu primeiro ano de queda desde 2011.

Entre as commodities, o petróleo sofreu no segundo semestre. Disputas entre os países produtores e temores com a produção levaram o preço do barril a desabar nos últimos meses. Nem mesmo o ouro, considerado um dos ativos mais seguros para se investir, conseguiu subir este ano.

No câmbio, o segundo semestre do dólar foi de alívio contra o real diante da euforia eleitoral. Apesar disso, a perda do patamar de R$ 4,00 não evitou que a moeda encerrasse o ano com forte alta.

Continua depois da publicidade

Já entre as criptomoedas, 2018 foi para se esquecer, com perdas que beiram os 80%. Apesar disso, especialistas apontam que foi um ano de amadurecimento do mercado e que agora, com os preços mais baixos, podemos estar vendo novas oportunidades surgirem.

A hora para investir na Bolsa é agora: abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações!

Confira o desempenho de 18 ativos ao longo de 2018:

Continua depois da publicidade

Ativo Valor em 31/12/2017 Valor em 28/12/2018 Variação
Ibovespa 76.402 pontos 87.887 pontos +15,03%
Dólar R$ 3,3144 R$ 3,8757 +16,94%
Dow Jones* 24.719 pontos 23.049 pontos -6,76%
S&P 500* 2.673 pontos 2.483 pontos -7,11%
Nasdaq* 6.903 pontos 6.577 pontos -4,72%
DAX (Alemanha) 12.917 pontos 10.559 pontos -18,26%
FTSE 100 (Inglaterra) 7.687 pontos 6.734 pontos -12,40%
CAC 40 (França) 5.312 pontos 4.678 pontos -11,94%
FTSE MIB (Itália) 21.853 pontos 18.324 pontos -16,15%
Ibex (Espanha) 10.043 pontos 8.493 pontos -15,43%
Nikkei 22.764 pontos 20.014 pontos -12,08%
Hang Seng 29.919 pontos 25.504 pontos -14,76%
Shanghai 3.307 pontos 2.493 pontos -24,61%
Petróleo WTI* US$ 60,42 US$ 45,23 -25,14%
Petróleo Brent* US$ 66,87 US$ 52,23 -21,89%
Ouro* US$ 1.323 US$ 1.282 -3,13%
Bitcoin** US$ 13.668 US$ 3.895 -71,50%
Ethereum** US$ 754 US$ 133 -82,36%
* Valores segundo cotação das 16h14 (horário de Brasília), quando o mercado ainda estava aberto
** Valores do dia 28 de dezembro (o mercado de criptomoedas não fecha e a cotação final de 2018 só será obtida na virada do ano)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.