Cenário com Bolsonaro eleito está praticamente precificado pelo mercado, aponta sondagem da XP

Caso o eleito seja Bolsonaro, câmbio iria para R$ 3,84, patamar similar ao atual, e a bolsa iria para 88 mil pontos, mostra levantamento; Alckmin seria o o mais pró-mercado, enquanto Ciro levaria bolsa para baixo e dólar para cima

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Sondagem realizada pela XP Investimentos entre os dias 1 e 2 de outubro com 187 investidores institucionais (gestores, economistas e consultores), trouxe os cenários mais prováveis para a bolsa, juros e câmbio em caso de vitória dos quatro candidatos mais bem posicionados na corrida para a presidência da República. São eles: Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O levantamento não reflete a opinião da XP. 

Na percepção sobre o desempenho dos preços de ativos esperado, Alckmin é quem levaria o dólar a cair mais, para R$ 3,69 (um potencial de queda de 4,65%), e levaria à maior alta do Ibovespa (para cerca de 95 mil pontos, ou um upside de 13,14%). Na outra ponta, a eleição de Ciro Gomes levaria o câmbio para R$ 4,52 (uma alta de 17%) e a bolsa para 59 mil pontos (uma baixa de 30%), de acordo com a maior parte dos investidores.

Olhando para os nomes mais bem posicionados para o segundo turno, a expectativa para a eleição de Fernando Haddad é de que o câmbio vá a R$ 4,45 (uma alta de 15% em relação aos patamares atuais) e o Ibovespa cairia até os 62 mil pontos, uma baixa de 26%, caso o candidato petista seja eleito. 

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Caso o eleito seja Jair Bolsonaro, o câmbio iria para R$ 3,84, patamar similar ao atual, e a bolsa iria para 88 mil pontos, um potencial de valorização de apenas 5% em relação aos níveis atuais. Vale destacar que a bolsa experimenta um forte movimento de alta desde a véspera com as últimas pesquisas mostrando um fortalecimento da candidatura do nome do PSL. 

Confira a estimativa para dólar, Ibovespa e Selic em casa de vitória de cada um dos candidatos:

Os investidores também responderam a questões para medir a percepção em relação ao programa e à política econômica de cada candidato. Ciro é percebido como o mais intervencionista e Bolsonaro é que tem o programa mais liberal. No entanto, os agentes de mercado enxergam Alckmin como aquele que entregaria a política econômica mais liberal em meio à maior capacidade de articulação com 

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No quadro abaixo, é possível ver os resultados. Quanto mais perto de zero, mais liberal é o programa econômico e, quanto mais perto de dez, mais intervencionista será o governo. sondagem_xp_eleições_ii_(1)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.