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SÃO PAULO – O mercado responde com elevado otimismo à pesquisa Ibope que surpreendeu e foi na contramão das sondagens anteriores e apontou alta nas intenções de voto para Jair Bolsonaro (PSL), enquanto Fernando Haddad (PT) aparece estagnado no primeiro turno, com uma diferença de 10 pontos percentuais entre eles. A rejeição do petista saltou de 27% para 38% e a de Bolsonaro permaneceu em 44%.
Às 14h34 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 3,49%, a 81.365 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha queda de 2,46%, cotado a R$ 3,928, e o dólar comercial recuava 2,44%, para R$ 3,922.
No exterior, as bolsas reagem negativamente à declaração de um parlamentar italiano de que o país estaria melhor fora do zona do euro e permanecem de olho na elevação da temperatura da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Pesquisa Ibope
Em pesquisa de intenção de votos divulgada na noite de segunda-feira (1), a menos de uma semana para o primeiro turno, o Ibope mostrou que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) avançou 4 pontos percentuais em relação à última pesquisa, de 26 de setembro, e o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) ficou estagnado. Com isso, Bolsonaro abriu 10 pontos percentuais de vantagem no primeiro turno. Bolsonaro aparece com 31% das intenções e Haddad manteve os 21% da preferência do eleitorado.
As simulações de segundo turno apontam que Bolsonaro está empatado numericamente com Fernando Haddad (PT), ambos com 42% das intenções de voto. Em eventual confronto com Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), Bolsonaro aparece empatado tecnicamente com os candidatos. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
“O resultado de segundo turno é particularmente positivo para Bolsonaro por minar o discurso de voto útil empregado pela campanha do PSDB. No entanto, uma vitória de Bolsonaro já no primeiro turno ainda exige que ele conquiste 70% dos votos depositados nos quatro candidatos “azuis” (Alckmin, Alvaro, Amoêdo e Meirelles) ou 55% dos votos deles somados aos de Marina Silva”, de acordo com a XP Política.
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Cenário externo
As bolsas chinesas encerraram sem direção definida conforme as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China pioram. Na segunda-feira, o conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que um acordo comercial entre o país e a China não é “iminente”. As tensões comerciais entre Washington e Pequim parecem ter transbordado para outros aspectos de seu relacionamento, evidenciado pelo cancelamento da visita do secretário de Defesa James Mattis à China em outubro.
As bolsas europeias e os índices futuros em Wall Street operam em queda influenciados pelo desabamento das ações de bancos italianos após um proeminente parlamentar italiano afirmar que o país teria condições econômicas mais favoráveis fora da zona do euro. “Estou realmente convencido de que a Itália resolveria a maioria de seus problemas se tivesse sua moeda própria”, disse Claudio Borghi, chefe econômico do partido governante de extrema-direita Liga, em entrevista à uma rádio.
Nos Estados Unidos são aguardados balanços trimestrais e declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que falará sobre perspectiva para emprego e inflação em um encontro em Boston, previsto para 13h45 (de Brasília). O dólar mostra valorização ante a maior parte das moedas.
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Os preços do petróleo recuam, mas o tipo WTI sustenta o patamar de US$ 75 e o tipo Brent segue acima de US$ 84 após a disparada na véspera diante das dúvidas sobre a capacidade da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de substituir a queda da produção do Irã com as sanções dos Estados Unidos ao país prevista para entrar em vigor em novembro.
Destaques da Bolsa
Estatais como Eletrobras (ELET3;ELET6), Petrobras (PETR3;PETR4) e bancos como Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC3;BBDC4), mais sensíveis ao cenário eleitoral, disparam.
As quedas se resumem aos papéis da Suzano (SUZB3), Ambev (ABEV3) e Fibria (FIBR3), que registram baixa em meio à queda do dólar de mais de 1%.
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As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
ELET3 | ELETROBRAS ON | 16,10 | +8,42 | -16,75 | 41,70M |
CPLE6 | COPEL PNB | 22,69 | +7,69 | -8,69 | 9,23M |
SANB11 | SANTANDER BRUNT | 37,48 | +6,90 | +20,58 | 23,31M |
ELET6 | ELETROBRAS PNB | 19,00 | +6,86 | -16,30 | 24,57M |
SBSP3 | SABESP ON | 24,92 | +6,82 | -25,25 | 17,04M |
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SUZB3 | SUZANO PAPELON | 46,46 | -3,21 | +149,78 | 80,05M |
FIBR3 | FIBRIA ON | 74,71 | -1,40 | +57,19 | 31,58M |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 18,35 | -0,43 | -12,75 | 121,32M |
* – Lote de mil ações 1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) |
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