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SÃO PAULO – Em uma sessão de alta principalmente nos mercados europeus após os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se comprometerem a segurar outras tarifas enquanto negociam acordos, o mercado brasileiro deve repercutir a intensa temporada de resultados, com os números de blue chips como Bradesco, Vale e Ambev. Leilão da Cepisa e formalização de apoio do centrão a Geraldo Alckmin estão na pauta do dia. Confira os destaques desta quinta-feira (26):
1. Bolsas mundiais
Boas notícias para a Europa nesta quinta-feira (26), após um último pregão conturbado na expectativa da reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para discutir relações comerciais e as ameaças do republicano de impor 20% em tarifas sobre as importações de carros vindo do bloco europeu. Em um desfecho inesperado, a decisão tirada do encontro foi decididamente conciliatória.
Embora os termos do acordo continuem vagos, Trump anunciou que os EUA e a UE iniciaram uma “nova fase” em sua relação, e que devem trabalhar juntos no sentido de alcançar “zero tarifas, zero barreiras não-tarifárias e zero subsídios em produções industriais não-automobilísticas”. Também causou alívio a promessa de que os dois lados não vão implementar novas tarifas entre si enquanto tentam resolver essas questões.
Com isso, as bolsas europeias começam o dia com bons ganhos. Ainda no radar do continente, está marcada para hoje uma reunião do Banco Central europeu para discutir política monetária, e a decisão será divulgada às 9h45 (horário de Brasília).
Apesar dos desenvolvimentos positivos nas relações comerciais, os futuros americanos apontam para baixo hoje, com destaque ao índice tecnológico Nasdaq, que cai 0,85%. O movimento se dá, em grande parte, pela queda brutal das ações do Facebook no after-market de ontem, após a empresa apresentar seu balanço do trimestre. O ativo chegou a perder US$ 151 bilhões em valor de mercado, com papéis afundando 24% em duas horas.
A Ásia também não foi contemplada pelo bom sentimento vindo da reunião entre Trump e Juncker, que deixou a impressão de que as disputas comerciais entre EUA e China seguem sem resolução. O fechamento foi no geral negativo às bolsas asiáticas, com a China ampliando as perdas do último pregão.
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Já o petróleo brent ruma para terceira alta com ataques a tanques da principal exportadora da Arábia Saudita e queda de estoques nos EUA.
Às 8h02 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:
*S&P 500 Futuro (EUA) -0,21%
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*Dow Jones Futuro (EUA) +0,09%
*Nasdaq Futuro (EUA) -0,89%
*DAX (Alemanha) +1,23%
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*FTSE (Reino Unido) -0,02%
*CAC-40 (França) +0,43%
*FTSE MIB (Itália) +0,84%
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*Hang Seng (Hong Kong) -0,48% (fechado)
*Xangai (China) -0,74% (fechado)
*Nikkei (Japão) -0,12% (fechado)
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*Petróleo WTI -0,03%, a US$ 69,28 o barril
*Petróleo brent +0,57%, a US$ 74,33 o barril
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,21%, a 476 iuanes (nas últimas 24 horas)
*Bitcoin US$ 8282,04 +1,06%
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2. Agenda de indicadores
Entre os indicadores, a agenda doméstica conta com a Nota do Setor Externo do mês de junho a serem revelados às 10h30 pelo Banco Central. A GO Associados projeta saldo negativo de US$ 250 milhões na balança de transações correntes no mês, o equivalente a um déficit de US$ 12,5 bilhões (-0,6% do PIB) nos últimos 12 meses.
Na Europa ocorre a reunião do BCE (Banco Central Europeu) às 8h45. O mercado não espera grandes novidades e o presidente da autoridade, Mario Draghi, deve confirmar seu discurso de junho, quando anunciou a possibilidade de um aumento na taxa de juros apenas no verão europeu de 2019.
Nos EUA, serão divulgados os dados de estoque do atacado de junho e pedidos de bens duráveis às 9h30, mesmo horário da divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego.
3. Apoio do Centrão a Alckmin
Os partidos do chamado “Centrão” convocaram a imprensa para anunciar nesta quinta a aliança para as Eleições de 2018. O anúncio ocorrerá às 10h em Brasília e os presidentes do PP, PR, PRB, DEM e SD participarão do evento. Os presidentes dos partidos do grupo estiveram reunidos ontem à noite para decidir os termos da aliança com lideranças do PSDB.
4. Notícias do dia
Ainda sobre o noticiário eleitoral, o Valor Econômico informa que a pré-candidata à presidência pela Rede, Marina Silva, negocia com PV, Pros e PHS antes de definir vice da chapa. Já a Folha afirma que a ex-senadora mantém conversas com o candidato do PDT, Ciro Gomes, mas é pouco provável a formação de uma aliança.
Em entrevista também à Folha na véspera do Centrão oficializar o apoio a Alckmin, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o PSDB não será hegemônico e que os tucanos terão de ceder mais espaço na aliança. “Não é uma eleição do Geraldo, do PSDB. É uma eleição do Geraldo em cima de um programa claro”, afirmou à Folha. “O PSDB vai precisar entender que outras forças hoje têm poder maior do que tinham quando o PSDB foi governo e oposição”, completa. Ele negou que o bloco tenha discutido distribuição de cargos em um eventual governo do PSDB, mas avisa que o tucano precisará “saber dividir os espaços de poder”.
Enquanto isso, sem conseguir costurar alianças, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai apostar numa espécie de “horário eleitoral do B” para tentar driblar o pouco tempo de que irá dispor de propaganda gratuita neste ano, destaca a Folha. O plano de seus estrategistas é o de colocá-lo para falar em redes sociais no mesmo horário dos dois blocos de 25 minutos diários de propaganda gratuita. Ele poderá fazer entradas ao vivo ou gravadas.
5. Noticiário corporativo
A questão sobre a privatização da Eletrobras tem um importante avanço nesta quinta-feira, com o leilão de sua distribuidora no Piauí, a Cepisa, confirmado pelo BNDES e marcado para as 10h de hoje, na Bolsa de Valores B3.
Já em notícias da temporada de resultados, muitas empresas divulgaram na noite de ontem seus balanços trimestrais, incluindo blue chips Vale, Bradesco, Ambev, e também Odontoprev, Energias do Brasil e Carrefour. A mineradora Vale anunciou ainda o pagamento de remuneração aos acionistas no valor total de R$ 7,694 bilhões (R$ 1,480361544 por ação), e a aprovação de um programa de recompra de ações no valor de US$ 1 bilhão.
(Com Agência Estado e Bloomberg)