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SÃO PAULO – Até o fechamento do mercado nesta quarta-feira (25), os investidores estavam bastante otimistas com o Facebook, que viu suas ações atingirem sua máxima histórica. Porém, bastou a bolsa fechar e a empresa apresentar seu resultado, que levou os papéis a afundarem 24% em apenas duas horas, o que representa uma perda de US$ 151 bilhões de valor de mercado.
A queda teve início com os números apresentados no balanço, mostrando que a rede social não bateu as projeções dos analistas em relação ao crescimento e receita com usuários. Porém, as perdas aceleraram com a teleconferência, onde o diretor financeiro David Wehner revelou que a gigante espera que a desaceleração da receita continue.
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“Nossas taxas totais de crescimento de receita continuarão desacelerando no segundo semestre de 2018, e esperamos que nosso crescimento de receita diminua em percentuais de um dígito ante os trimestres anteriores, tanto no terceiro quanto no quarto trimestre”, afirmou. Wehner também disse que o Facebook espera que as despesas cresçam entre 50% e 60% em relação ao ano passado.
A companhia começou a mostrar os primeiros sinais de impacto dos recentes escândalos de vazamento de dados, com a receita e o número de pessoas acessando o site diariamente ficando abaixo das expectativas. O Facebook teve 1,47 bilhão de usuários diários em junho, ante uma projeção de 1,48 bilhão dos analistas consultados pela Bloomberg.
O ritmo de crescimento dos usuários teve queda, ficando 11% acima do ano passado, em comparação com 13% no trimestre anterior. Já o lucro líquido da companhia ficou em US$ 5,1 bilhões, ou US$ 1,74 por ação, resultado levemente acima da estimativa média dos analistas, que era de US$ 1,72, mas uma alta 32% em relação ao mesmo período de 2017.
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A receita, impulsionada pelas vendas de publicidade móvel, cresceu 42%, para US$ 13,2 bilhões, ficando abaixo de projeção de US$ 13,3 bilhões. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, tentou mostrar otimismo em nota divulgada após o balanço, dizendo que a comunidade e os negócios estão crescendo “rapidamente”. “Estamos comprometidos em investir para manter as pessoas seguras e continuar construindo novas maneiras significativas de ajudar as pessoas a se conectarem”, disse ele. Com a derrocada, o executivo “perdeu” US$ 16,8 bilhões com suas ações da companhia.
A reação das ações não tem relação com a polêmica gerada nesta quarta no Brasil, com a remoção de 196 páginas e 87 perfis da rede social. Segundo a empresa, estas páginas faziam parte de uma “rede coordenada de contas falsas” que visavam “espalhar desinformação”. No fim da tarde, o MPF (Ministério Público Federal) deu um prazo de 48 horas para o Facebook explicar o caso.