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SÃO PAULO – A temporada de resultados segue mexendo com o mercado. Na sessão desta quinta-feira (4), o destaque ficou para o Bradesco (BBDC3, R$ 22,86, 3,07%; BBDC4, R$ 26,01, +3,01%), que chegou a ver as suas ações subirem até 5% no início da sessão com a divulgação de resultados fortes e guidance considerado positivo para 2021. Contudo, os papéis amenizaram a alta.
Quem registrou ganhos, ainda que mais modestos, foi a Copel (CPLE6, R$ 67,34, +1,98%), com alta de cerca de 1% após ter a recomendação elevada para neutra pelo Bradesco BBI.
Outra companhia que chegou a subir quase 3%, mas que acabou fechando em queda foi a Vale (VALE3, R$ 89,29, -1,26%). As ações tiveram a negociação interrompida desde 10h21, com os negócios sendo liberados posteriormente por volta das 10h55.
Isso porque, já nos primeiros minutos do pregão, foi anunciado um acordo com o governo de Minas por conta da tragédia de Brumadinho no valor de R$ 37,68 bilhões, em linha com o que já havia sido divulgado por agências e jornais nos últimos dias – veja mais sobre o acordo clicando aqui. Com isso, a B3 interrompeu a negociação dos ativos temporariamente, até a divulgação do comunicado pela mineradora.
Confira mais destaques:
Bradesco (BBDC3, R$ 22,86, 3,07%; BBDC4, R$ 26,01, +3,01%)
O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões no quarto trimestre de 2020, o maior resultado trimestral da história do banco, 2,3% superior ao que foi identificado um ano antes e com aumento de 35,2% em relação aos três meses anteriores. O banco, contudo, terminou 2020 com lucro acumulado de R$ 19,458 bilhões, retração de 24,8% em relação a 2019.
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No lucro contábil, o banco somou R$ 5,464 bilhões, alta de 30,3% em relação ao trimestre anterior e de 11,9% na comparação com igual período de 2019.
“Estamos bastante satisfeitos com o resultado do quarto trimestre do ano e, claro, de todo o exercício de 2020. São números que refletem o esforço e dedicação de todas as nossas equipes, num ano reconhecidamente difícil, desafiador em todos os aspectos, no qual a palavra de ordem foi superação e humildade”, afirma o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota à imprensa.
A carteira de crédito expandida do Bradesco totalizou R$ 664,414 bilhões no último trimestre do ano passado, saldo 10,3% maior que o visto nos três meses anteriores. Em um ano, o crescimento foi de 3,4%.
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Dessa vez, os empréstimos foram impulsionados pelo segmento pessoa física, ao contrário do que ocorreu no início da pandemia, quando o governo entrou com estímulos para socorrer empresas.
A carteira para pessoa física teve avanço de 6,9% no quarto trimestre em relação a igual período do ano anterior, para R$ 260,258 bilhões, enquanto para pessoa jurídica a expansão foi mais tímida, de 1,4%, para R$ 426,711 bilhões. O banco encerrou dezembro com R$ 1,644 trilhão em ativos totais, incremento de 16,7% em um ano. No comparativo trimestral, porém, foi identificada queda de 0,9%. Já o patrimônio líquido do Bradesco foi a R$ 143,713 bilhões no quarto trimestre, aumento de 4,5% em relação ao anterior. Ante o mesmo intervalo do ano passado, subiu 7,5%.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) subiu e passou de 15,2% no terceiro trimestre para 20% no quarto. Ainda está abaixo, porém, do nível de um antes, de 21,2%. Em 2020, ficou em 14,8%, contra 20,6% em 2019.
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Segundo Lazari, o desempenho em 2020 mostrou a capacidade do Bradesco de enfrentar cenários adversos. “Tivemos agilidade e adotamos ações objetivas de gestão para mobilizar a nossa rede de distribuição de produtos e serviços, além de contarmos com uma estrutura tecnológica robusta para o atendimento digital”, disse.
Para 2021, mostrou confiança e disse que o cenário não é mais de desolação, mas, sim, de reconstrução, com incertezas menores que no ano passado. “A pandemia está aí, um problema grave, mas já temos a vacinação em andamento em todo o mundo. Sem dúvida, a velocidade e o impacto dessa imunização são menores que o nosso desejo, mas é o caminho possível e o cenário é positivo para o médio prazo”.
O banco informou ainda que seu conselho de administração aprovou pagamento de juros sobre o capital próprio suplementares no valor total de R$ 184 milhões referentes ao exercício de 2020.
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O Bradesco divulgou a suas projeções para algumas linhas do balanço em 2021, o chamado guidance. Para a carteira de crédito, a projeção é de expansão entre 9% e 13% neste ano. A margem financeira com clientes (sem levar em consideração o resultado da Tesouraria) deve ter aumento de 2% a 6%. Já para as receitas com prestação de serviços, a projeção é de avanço entre 1% e 5% em 2021. A expectativa é de que as despesas com provisão fiquem entre R$ 14 e R$ 17 bilhões.
De acordo com Marcel Campos, analista da XP Investimentos, o Bradesco reportou resultados muito fortes no último trimestre de 2020, com o resultado impulsionado por: i) forte margem financeira que se expandiu significativamente no trimestre, uma vez que o banco foi capaz de melhorar o spread por meio de um portfólio mais rentável e voltado para o varejo; ii) receitas de serviços mais altas do que o esperado, uma vez que o banco se beneficiou da recuperação da atividade econômica; e também por iii) custos menores do que o previsto, uma vez que o Bradesco lidera a redução de custos dentro do setor bancário com o fechamento de 403 agências no trimestre e 1.083 em 2020.
“Tudo isso sem consumo de cobertura. O banco também divulgou um forte guidance para 2021, com uma projeção de crescimento moderado de receitas e forte corte de custos”, aponta o analista. Campos reitera a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27, pois acredita que o banco esteja comparativamente atraente, mais bem defendido e com boa dinâmica de lucros.
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O Credit Suisse também destaca o resultado muito mais forte do que o esperado para o quarto trimestre de 2020 mas, mais importante ainda, um guidance para 2021 bem à frente do consenso, com expectativa de crédito e crescimento de receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês), menor custo de risco e redução significativa de custos definindo o tom para um
forte ano. Os analistas do banco suíço têm recomendação outperform para os ativos, com preço-alvo de R$ 34.
O Morgan Stanley avalia resultado do Bradesco foi sólido, impulsionado pela normalização de crédito, inadimplência e provisões, em linha com os resultados de Itaú e Santander, reiterando sua recomendação overweight (expectativa de valorização acima da média do mercado) para os ADRs (American Depositary Receipts) do Bradesco BBD negociados na NYSE. O preço-alvo é de US$ 6,70, o que configura um potencial de valorização de 42,9% em relação ao fechamento da véspera, de US$ 4,69.
Vale (VALE3, R$ 89,29, -1,26%)
A Vale e o governo de Minas Gerais chegaram a um acordo no valor total de R$ 37,68 bilhões em reparações pelo rompimento de barragem da mineradora em Brumadinho, há cerca de dois anos.
A mineradora deverá reconhecer uma despesa adicional de R$ 19,8 bilhões no resultado de 2020 como consequência do acordo, levando em conta fluxos de desembolso preliminares. A Vale afirmou que R$ 5,4 bilhões do acordo “serão quitados mediante a liberação de depósitos judiciais”, enquanto R$ 14,4 bilhões “serão acrescidos no passivo associado à reparação socioeconômica e socioambiental de Brumadinho”.
O acordo contempla projetos de reparação socioeconômica e socioambiental. A companhia informou, em comunicado, que no aspecto socioeconômico o acordo inclui projetos de demanda das comunidades atingidas, programa de transferência de renda à população atingida – em substituição ao atual pagamento de auxílio emergencial – e projetos para Brumadinho e demais municípios da Bacia do Paraopeba, além de recursos para execução, pelo governo do Estado de Minas Gerais, do Programa de Mobilidade Urbana e do Programa de Fortalecimento do Serviço Público.
Em reparação socioambiental, o acordo estabelece as diretrizes e governança para execução, pela Vale, do Plano de Reparação, bem como projetos a serem implementados para a compensação dos danos ambientais já conhecidos e projetos destinados à segurança hídrica da região impactada.
“A Vale está determinada a reparar integralmente e compensar os danos causados pela tragédia de Brumadinho e a contribuir, cada vez mais, para melhoria e desenvolvimento das comunidades em que atuamos. Confiamos que este acordo global é um passo importante nessa direção. Sabemos que temos um caminho a percorrer e seguimos firmes em nosso propósito, alinhado com nosso Novo Pacto com a Sociedade”, afirmou no comunicado o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.
O acordo prevê ainda o encerramento das discussões judiciais referentes aos danos socioambientais causados pelo rompimento, bem como relativos à reparação socioeconômica referente aos danos coletivos lato sensu e individuais homogêneos não divisíveis. Não fazem parte deste acordo as indenizações por danos individuais divisíveis. Quanto a estas, a Vale afirmou reforçar o seu compromisso na reparação justa, célere e equânime por meio da celebração de acordos individuais com base no Termo de Compromisso celebrado com a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais em abril de 2019.
“O processo de mediação conduzido pelo Tribunal de Justiça de MG permitiu a construção de um acordo que encerra, de forma definitiva, os litígios com o Estado de MG, Ministério Público Federal e Estadual, e Defensoria Pública de MG. As instituições que participaram da construção do acordo asseguraram soluções céleres, justas e eficazes num processo conduzido com transparência, legitimidade e segurança jurídica”, afirmou Alexandre D’Ambrosio, diretor jurídico da Vale.
Ainda no radar, a produção de minério de ferro da Vale no quarto trimestre de 2020 alcançou 84,508 milhões de toneladas, alta de 7,9% em relação ao reportado um ano antes. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve um recuo de 4,7%. Com isso, no acumulado do ano, a mineradora produziu um total de 300,385 milhões de toneladas, queda de 0,5% ante 2019.
Para 2021, a Vale continua acreditando que seu guidance de 315-335 milhões de toneladas e alcançável, o que também é destacado como factível pelos analistas do Credit Suisse, que projetam volumes de 325 milhões de toneladas para o ano.
“O cumprimento dessa orientação vai depender de como a estação das chuvas e do La Niña evoluirão nos próximos meses e de quanto tempo a Vale poderá consertar o carregador de navios danificado em Ponta da Madeira”, apontam os analistas, que destacam o relatório como neutro.
O Itaú BBA avaliou os resultados da Vale como positivos. O banco vê possibilidade de reavaliação de sua estimativa para o Ebitda da empresa, de US$ 9 bilhões no quarto trimestre. As vendas de minério de ferro subiram 23%, 7% acima da estimativa do Itaú para o trimestre. O banco mantém avaliação em outperform para a Vale, com preço-alvo de US$ 18 para o ADR, frente os US$ 16,89 negociados na NYSE na véspera.
Apesar do relatório ser considerado neutro, os futuros do minério de ferro subiram nesta quinta-feira na China, após a companhia brasileira ter divulgado seus dados. O minério de ferro na bolsa de commodities chinesa de Dalian DCIOcv1 encerrou o pregão diurno com alta de 5,3%, a 991 iuanes (US$ 153,41) por tonelada, após dois dias de perdas.
“A mineradora brasileira tem sofrido para aumentar a produção após restrições relacionadas ao vírus no ano passado”, disse o analista de commodities da ANZ, Daniel Hynes. “Eles também estão atrasados na obtenção de aprovações de segurança para barragens depois do desastre (de Brumadinho, em 2019)”. Os desafios da Vale contrastaram com um otimismo sobre as perspectivas de embarques de minério de ferro do Brasil neste ano, impulsionadas por dados mostrando maiores exportações em janeiro.
Eletrobras (ELET3, R$ 29,85, -1,44%; ELET6, R$ 30,90, -1,28%)
A Eletrobras informa que o juiz Jesse M. Furman, do Distrito Sul de Nova York (EUA), rejeitou na quarta todas as reivindicações feitas contra a empresa e seus diretores na ação judicial intitulada “Eagle Equity Funds”.
“A decisão conclui que os autores da ação não apresentaram certos requisitos para suas reivindicações sob o Securities Exchange Act, incluindo danos conhecidos aos instrumentos financeiros relevantes, e não demonstrou confiança razoável nas supostas declarações falsas ou omissões dos Requeridos”, informa a empresa em comunicado ao mercado.
A decisão, acrescenta a empresa, extingue o processo e impede que os autores entrem com ação semelhante em tribunais federais norte americanos. Os autores podem optar por recorrer da decisão e/ou buscar uma medida pós-julgamento junto ao Tribunal Distrital. Em qualquer dos casos, a elétrica diz que pretende continuar a se defender até que decisão transite em julgado e, portanto, não possam ser utilizados novos recursos.
Ainda no radar da companhia, na lista das propostas prioritárias elaborada pela Secretaria de Governo e entregue ontem aos novos chefes do Poder Legislativo está a privatização da Eletrobras, que sofre resistência política no Congresso. Ela consta como objeto de uma possível medida provisória, que ocuparia o lugar do atual projeto que tramita desde novembro de 2019.
Intelbras (INTB3, R$ 19,74, +25,33%)
A ação da Intelbras estreia na B3. A companhia concluiu sua oferta inicial de ações no final da terça-feira, movimentando R$ 1,3 bilhão. A companhia precificou os papéis a R$ 15,75 cada – perto do piso da faixa indicativa entre R$ 15,25 a R$ 19,25 por ação – e levantou R$ 724,5 milhões. Os recursos restantes – R$ 579,6 milhões – ficarão com os acionistas vendedores.
A companhia foi fundada em 1976, em Santa Catarina, quando iniciou as atividades com a fabricação de centrais e aparelhos eletrônicos.
De acordo com a companhia, que cita monitoramento Intelbras de dados de importação (Midi), atualmente, é a maior fabricante nacional de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação. A companhia aponta estar presente em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil e exportar para diversos países. A rede de distribuição tem 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.
Saiba mais sobre o IPO no vídeo abaixo:
CVC (CVCB3, R$ 20,11, +3,02%)
Em entrevista ao jornal Valor, o presidente da CVC, Leonel Andrade, afirmou que somente com a vacinação global o setor de turismo se recuperará. Ele afirmou acreditar que, caso a vacinação seja bem-sucedida, haverá um dezembro forte pela demanda reprimida.
Hidrovias do Brasil (HBSA3, R$ 6,66, -0,89%)
A Hidrovias do Brasil precificou nesta quarta-feira uma captação de US$ 500 milhões em bônus de 10 anos.
Os papéis, sem garantia, poderão ser resgatados a partir de cinco anos após a emissão e embutem rentabilidade ao investidor de 4,95% ao ano. De acordo com a publicação, a captação está sendo feita por meio da Hidrovias International Finance, sendo coordenada por Itaú BBA, JPMorgan, Bank of America, Morgan Stanley.
Lopes Brasil (LPSB3, R$ 4,60, -3,16%)
A Lopes Brasil anunciou na quarta seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020. O valor geral de vendas intermediado total foi de R$ 2,445 bilhões, alta de 18%. O valor geral de vendas de franquias ficou em R$ 1,152 bilhão, alta de 44% frente o mesmo período de 2019. O lucro Ebitda ficou em R$ 26,1 milhões, alta de 84%. A Margem Ebitda ficou em 52%.
Itiquira
A brasileira Itiquira, uma Spac, companhia criada com o propósito específico de fazer uma aquisição, levantou US$ 200 milhões em sua oferta de ações (IPO) na Nasdaq, a US$ 10 por ativo.
Os ativos vão ser listadas para negociação no Nasdaq Capital Market com o símbolo “ITQRU” a partir desta quinta.
Criada para aquisição no Brasil, a Itiquira teve oferta ancorada por fundos da gestora SPX. A Spac não tem um mandato setorial definido, mas vai buscar um ativo de “growth” – em setores como tecnologia, saúde, educação e serviços, que não estejam ligados diretamente a ciclos econômicos e tenham um time com histórico de gestão. A oferta da Itiquira foi coordenada por Citi e UBS.
Copel (CPLE6, R$ 67,34, +1,98%)
O Bradesco BBI elevou a recomendação da Copel de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para neutra destacando que, após terem cortado a recomendação no dia 10, os papéis já caíram 10%, ante queda de 4,3% do Ibovespa.
Os analistas destacaram a nova política de dividendos da companhia e também a melhora da governança corporativa. O preço-alvo teve leve alta de R$ 75 para R$ 76, implicando em uma alta de 15% para a ação em relação ao último fechamento.
Hypera (HYPE3, R$ 33,21, +0,58%)
O analista do Credit Suisse Mauricio Cepeda assumiu a cobertura de Hypera Pharma sem mudanças na recomendação outperform e com preço-alvo de R$ 40 por ativo, assumindo vendas líquidas crescendo organicamente em cerca de 7% por ano em termos nominais (4% reais) na projeção.
“Acreditamos que as premissas são conservadoras dada a constante expansão de demanda entre 5%-7% do volume nos últimos 5 anos. Com a empresa diversificando seu portfolio (áreas terapêuticas e outros modelos de negócios), acreditamos que a Hypera deve manter seu crescimento próximo ao mercado. O risco para a nossa recomendação é relacionado às investigações do passado pelos executivos da cia e antigos membros do Conselho. O teor dessas investigações tem sido mantido em segredo”, apontam.
BrasilAgro (AGRO3, R$ 24,00, -3,81%)
A BrasilAgro levantou R$ 440 milhões em uma oferta restrita de ações, após o conselho da companhia ter fixado o preço por papel na operação em R$ 22, informou a empresa em comunicado na madrugada desta quinta-feira.
A oferta envolveu emissão de 20 milhões de novas ações. A quantidade inicial ofertada foi acrescida em 13,68% desse total (2,73 milhões de ações), envolvendo papéis de emissão da companhia e de titularidade da acionista Autonomy Luxembourg One, em oferta secundária, nas mesmas condições e preço. Com a oferta, a BrasilAgro passa a ter capital social total de R$ 1,139 bilhão, dividido em 82 milhões de ações ordinárias, acrescentou a empresa no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os recursos líquidos obtidos com a transação serão destinados à aquisição de ativos na Bolívia, compra de terras para exploração e desenvolvimento de propriedades agrícolas e negócios para otimizar e alavancar as atividades operacionais, disse a companhia.
BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,77, -0,96%)
A BR Distribuidora informou que seu conselho de administração elegeu Wilson Ferreira Jr. para o cargo de presidente da companhia, com posse até 19 de março, de acordo com comunicado nesta quinta-feira. O executivo, que atualmente é CEO da estatal de energia elétrica Eletrobras terá prazo de gestão de dois anos na empresa.
Direcional (DIRR3, R$ 14,53, -1,56%)
A Direcional realizou na quarta o seu dia do investidor, em que executivos compartilharam uma visão positiva para o setor. O Credit participou do encontro, e afirmou que a gestão acredita que o cenário de baixas taxas de juros deve dar apoio à demanda em todas as cidades na qual a Direcional e a Riva operam.
A empresa também se mantém otimista quanto aos custos, apesar da aceleração recente na alta dos preços dos materiais. A companhia diz esperar manter margens saudáveis, devido ao método industrializado de construção e um modelo de negócios eficiente.
Os lançamentos por meio da Incorporadora Riva, braço da Direcional, devem atingir até R$ 1,1 bilhão em 2021, frente a R$ 276 milhões em 2020. A gestão acredita que há potencial de aumento no segmento de renda média, pouco acima da faixa atingida pelo programa Casa Verde e Amarela, de renda mensal de entre R$ 5.000 e R$ 12 mil.
Os lançamentos no ano devem ser igualmente distribuídos entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amazonas. O banco diz avaliar que não deve haver impedimentos para que a empresa aumente suas operações nos próximos anos, com seu banco de terrenos de R$ 25 bilhões.
O Credit Suisse diz esperar que a empresa mantenha sua política de forte distribuição de dividendos. Os executivos da empresa afirmaram que a diversificação geográfica de Direcional e Riva, que operam em 9 estados ao todo, é chave para seus negócios. A empresa afirma que pretende se estabelecer em uma nova cidade apenas nos casos em que os lançamentos planejados para a região atingirem R$ 200 milhões.
O Credit mantém recomendação outperform para a Direcional, com preço-alvo de R$ 20, potencial de alta de 37% frente os R$ 14,58 de fechamento da véspera.
Simpar (SIMH3, R$ 40,22, +1,57%) e Movida (MOVI3, R$ 19,73, -0,65%)
A Simpar comunicou que avalia a possibilidade de integrar as operações das suas controladas Movida e CS Frotas. A união consolidaria na Movida toda a atividade de terceirização de frota de veículos leves da CS Frotas.
(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)
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