Ações do Bancorp disparam 31% e lideram alta de bancos regionais nos EUA, First Republic fecha com derrocada de 47%

Alta do NYCB ocorre após anúncio de que os depósitos do Signature Bank e alguns de seus empréstimos foram assumidos por unidade do Bancorp

Equipe InfoMoney

(Getty Images)
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As ações do New York Community Bancorp (ou NYCB) lideraram os ganhos entre os bancos regionais dos EUA na sessão desta segunda-feira (20), enquanto o First Republic Bank estendeu sua queda para uma mínima histórica intradiária.

Os papéis do NYCB fecharam em disparada de 31,57%, a US$ 8,60, após chegarem a subir 42% com o anúncio de que os depósitos do Signature Bank e alguns de seus empréstimos foram assumidos por uma unidade do New York Community Bancorp, medida que pode ajudar a acalmar parte da turbulência que tomou conta dos bancos regionais dos EUA. A oferta excluiu cerca de US$ 4 bilhões em depósitos relacionados aos negócios bancários digitais da Signature.

“O negócio quase parece bom demais para ser verdade”, disse o analista da KBW, Chris McGratty, após elevar a recomendação para as ações a outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra). McGratty diz que o acordo “oficialmente aponta o NYCB como um vencedor com os reguladores”.

A recuperação de bancos regionais na segunda-feira ajudou a conter o que havia sido um período brutal de duas semanas para o setor após o colapso do SVB Financial Group e do Signature Bank. A aquisição do Credit Suisse Group por US$ 3,2 bilhões pelo UBS Group no domingo ajudou também a acalmar os nervos dos investidores.

Ainda assim, apesar de uma recuperação para a esmagadora maioria do setor bancário, as ações do First Republic enfrentaram pressão de venda renovada, com baixa de 47,29%, a US$ 12,14. O credor com sede em San Francisco teve forte baixa depois que sua classificação de crédito foi rebaixada pela S&P pela segunda vez em uma semana, atingindo seu nível mais baixo já registrado.

A agência de classificação disse que a entrada de capital de US$ 30 bilhões do First Republic de alguns dos maiores credores de Wall Street pode não resolver os desafios “substanciais” que o banco provavelmente está enfrentando, mesmo que alivie a pressão de curto prazo sobre a liquidez.

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Mais tarde, o The Wall Street Journal informou que o JPMorgan estaria discutindo com outros grandes bancos novos esforços para mais uma injeção de capital na instituição.

Embora os analistas continuem preocupados com o fato de que uma fuga contínua de depósitos dos bancos regionais prejudicará a liquidez e potencialmente desencadeará uma crise de crédito, alguns veem a recente liquidação como uma oportunidade para os investidores comprarem a queda.

“Acreditamos que este é um dos melhores trade-offs de risco/recompensa neste grupo que vimos em nossa carreira de 23 anos”, disse David George, analista da Baird, observando a queda de 15% do KBW Bank Index na semana passada. “As ações estão mais baratas hoje do que durante a pandemia e, se você não comprar bancos aqui, não temos certeza de quando o fará.”

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As empresas maiores de Wall Street fecharam em alta em sua maioria, com JPMorgan Chase & Co., Goldman Sachs Group Inc. subindo mais de 1%, enquanto o Citigroup caiu 0,4%. Na Europa, as ações do UBS Group AG fecharam em alta de 1,26% e apagaram perdas de até 16% após adquirir o Credit Suisse no domingo.

(com Bloomberg)