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Destoando do ânimo das ações dos “bancões” após o resultado do terceiro trimestre de 2023 (3T23) do Itaú (ITUB4), as ações do Banco do Brasil (BBAS3) operam em leve baixa desde o fim da manhã desta terça-feira (7).
Às 13h40 (horário de Brasília), os papéis BBAS3 caíam 0,22%, a R$ 50,34, após chegarem a subir 1,37%, a R$ 51,14, na máxima do dia. Enquanto isso, no mesmo horário, ITUB4 e Bradesco (BBDC4) avançavam cerca de 3%.
O movimento coincide com falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do Brazil Investment Forum (BIF), em Brasília, que reacendeu os temores de uso do banco estatal para subsidiar crédito, o que pode afetar os resultados da instituição financeira.
Ele disse que seu governo vai garantir que o Brasil tenha estabilidade política, social, jurídica e fiscal para que o país atraia investimentos internacionais e tenha crescimento econômico, enquanto ressaltou que bancos públicos devem ser usados para oferecer crédito ao setor privado com taxas de juros baixas.
“É importante a gente saber que o Estado, se ele não se metesse a empresário, mas se ele se colocasse como indutor da economia de um país, a gente pode ter o Estado fazendo investimentos sadios para que a gente possa crescer”, pontuou. “Vocês se lembram que na crise de 2008 este país não quebrou por causa dos bancos públicos. No nosso governo nós vamos usar os bancos públicos, não para prejudicar os bancos privados, mas para oferecer alternativas e oportunidades de crédito barato, a juros de longo prazo, para que a indústria brasileira se transforme definitivamente numa indústria competitiva.”
“BNDES vai voltar a ser o banco de investimento, de desenvolvimento, que foi. Para isso que ele foi criado, para que a gente possa restabelecer a nossa habilidade de emprestar dinheiro a juro baixo e de longo prazo, para que a indústria brasileira se transforme em uma indústria competitiva”, defendeu o presidente.
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No evento, voltado especialmente para empresários, Lula rechaçou a ideia de diminuição do Estado e defendeu que o governo precisa ser um indutor de investimentos.
“Eu quero que vocês aprendam que a gente não precisa diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada. É importante a gente saber que o Estado, se ele não se meter a ser empresário, mas se ele se colocar como indutor do desenvolvimento de um país, a gente pode ter um Estado fazendo investimento sadio para que a gente possa crescer”, afirmou.
(com Reuters)