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SÃO PAULO – A sessão foi de ganhos para Vale (VALE3, R$ 116,60, +2,17%) e siderúrgicas nesta segunda-feira (26) em meio a um cenário mais positivo para o minério de ferro.
Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Cingapura avançaram nesta data, interrompendo uma sequência de cinco dias de quedas, devido a uma recuperação nas margens do aço na China, maior compradora global da matéria-prima siderúrgica. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, fechou em alta de 0,9%, a 1.136,50 iuanes (US$ 175,22) por tonelada.
O minério de ferro em Dalian havia registrado na sexta-feira sua maior perda semanal em 17 meses, em função de temores relacionados às restrições aplicadas pela China à produção de aço. Na bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo do minério de ferro SZZFQ1 avançava 0,7%, a 198,75 dólares por tonelada.
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Atenção ainda para a Petrobras (PETR3, R$ 27,95, +2,01%; PETR4, R$ 27,47, +2,73%), com os ativos avançando apesar do dia sem um movimento tão definido para o petróleo, com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central americano, na quarta-feira. Os investidores acompanham a paralisação dos caminhoneiros nesta segunda-feira com certo alívio, uma vez que não houve sinais de tanta adesão.
O barril do petróleo tipo Brent fechou com leve alta de 0,54%, cotado a US$ 74,50, enquanto o tipo WTI encerrou o dia com queda de 0,22%, para US$ 71,91 o barril.
Já no radar da companhia, a Petrobras convocou assembleia geral extraordinária para o dia 27 de agosto de 2021, às 15h, em formato exclusivamente digital, para deliberar sobre diversos temas, entre eles a eleição de oito membros e do presidente para o conselho de administração da companhia.
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Fora do Ibovespa, destaque para a alta de mais de 6% da Positivo (POSI3, R$ 13,70, +13,41%). A ação teve a cobertura retomada pela XP com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16.
Destaque também para a OceanPact (OPCT3, R$ 5,24, -27,22%), que cai forte após informar ao mercado que ela e suas controladas celebraram acordo coletivo de trabalho (ACT) com o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) abrangendo os oficiais e eletricistas que trabalham em suas embarcações.
A empresa estima que o impacto deste ACT, em conjunto com outros acordos coletivos ainda em negociação, seja da ordem de R$ 2,7 milhões no custo mensal de pessoal (veja mais aqui).
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As ações da Americanas ([ativo=AMER], R$ 53,08, -5,18%) e da holding Lojas Americanas ([ativo-LAME3], R$ 7,17, -4,02%; LAME4, R$ 7,62, -2,56%) seguem em queda após uma primeira semana bastante conturbada para os papéis da companhia, após a fusão entre os ativos físicos e digitais da Americanas e da B2W.
Veja mais destaques a seguir:
Positivo (POSI3, R$ 13,70, +13,41%)
A XP retomou a cobertura para a ação da Positivo – POSI3 – com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16 por ação (de R$ 6,0) para o final de 2021, implicando 32% de valorização em relação ao último preço de fechamento. As ações de POSI3 subiram mais de 140% no acumulado do ano, refletindo os sólidos resultados do primeiro trimestre, seguido pela expansão de novas áreas de crescimento e parcerias recentes.
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Porém, os analistas continuam otimistas em relação às perspectivas da empresa, pois acreditam que (i) as ações oferecem uma assimetria atraente de risco-retorno, uma vez que a empresa está sendo negociada a 7,6 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2022 e crescimento anual médio de 5,7% entre 2021 e 2024 e (ii) ainda há espaço para expansão nas novas linhas de negócios da empresa.
“A posição ampla da marca é o nome do jogo. A Positivo é a maior fabricante de eletroeletrônicos do Brasil, com grande foco no consumidor de baixa renda. A empresa oferece uma vasta gama de produtos de hardware em PCs (notebooks / desktops) e telefones celulares e, mais recentemente, alavancou novas avenidas de crescimento, como IoT (casa inteligente), HaaS (aluguel de equipamento) e servidores. Com o recente anúncio do licenciamento da marca Compaq, a empresa passou a atuar em todos os segmentos de consumo (i) Positivo – segmento de mais baixa renda, (ii) Compaq – segmento intermediário e (iii) Vaio – alta renda (desde 2015). Além disso, embora não incorporado em nosso modelo, vemos as iniciativas de Venture Capital da empresa, como o investimento na Hilab, como um gatilho de geração de valor”, apontam.
Petrobras (PETR3, R$ 27,95, +2,01%; PETR4, R$ 27,47, +2,73%)
A Petrobras informou nesta segunda-feira (26) que convocou Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para eleição de membros do Conselho de Administração da companhia.
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A AGE, que será realizada em 27 de agosto de 2021, sob a forma exclusivamente digital, também deliberará sobre outras matérias, conforme previstas no Edital, informou a companhia.
Na reunião, serão eleitos os oito membros e o presidente do conselho de administração da estatal. Também serão escolhidos o membro titular do conselho fiscal e o seu suplente, que serão indicados pelo Tesouro Nacional.
Estreia de AgroGalaxy (AGXY3, R$ 10,65, -22,55%) e Livetech (LVTC3, R$ 22,09, -4,78%)
Atenção para a estreia das ações da Livetech, que opera com tecnologia wireless e segurança predial eletrônica, com o preço a R$ 23,20. A Agrogalaxy também estreará na B3, com o IPO precificado a R$ 13,75.
Hypera (HYPE3, R$ 36,25, -0,06%)
A temporada de resultados também ganha força. Na noite de sexta-feira, a Hypera divulgou seus números para o segundo trimestre: a empresa registrou lucro líquido de R$ 470,6 milhões no período, uma alta de 18,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a XP, a companhia apresentou mais um sólido trimestre especialmente em relação ao crescimento orgânico e melhora de margens.
A receita líquida atingiu R$ 1,5 bilhão, ficando 3% abaixo das estimativas da XP, mas com um crescimento de sell-out (comercialização direta ao cliente) orgânico de 23% ao ano, como resultado dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e capacidade de produção.
Já o Ebitda ajustado foi 50% superior na base anual e 5% acima das estimativas dos analistas com uma melhora de margem de 1,4 ponto percentual versus o segundo trimestre de 2020, como resultado da diluição de despesas comerciais, gerais e administrativas devido à integração do portfólio da Takeda.
“Reiteramos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$ 48 por ação, conforme a companhia apresentou sólidos resultados e tem uma perspectiva positiva de margens ainda melhores com a integração da Takeda e com aquisição recentemente anunciada do portfólio da Sanofi”, apontam os analistas.
O Credit Suisse comentou os dados da Hypera Pharma relativos ao segundo trimestre. O banco avalia que a empresa teve alta de 23% nas vendas ao cliente final, um ponto percentual da média do mercado de farmácias varejistas. As vendas a revendedores cresceram 10%. Além disso, os recebíveis ficaram 12 dias abaixo daqueles do mesmo período de 2020, o que indica uma eficiência comercial apurada, segundo o banco. Por outro lado, despesas com marketing ficaram em R$ 298 milhões, um patamar elevado, mesmo em comparação com o período anterior à pandemia, em que os gastos ficam normalmente em entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões.
A margem Ebitda recuou 3,5 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. O indicador foi prejudicado pela alta das despesas financeiras, de R$ 16 milhões para R$ 72 milhões, por conta do risco aumentado do endividamento, derivado da aquisição de portfólio.
O banco avalia que a empresa tem um forte fluxo de caixa, reforçado pelo crescimento acima do mercado e aparente controle dos estoques na cadeia produtiva. Na avaliação do banco, os resultados trimestrais devem contribuir com gatilhos para a valorização dos papéis. Mas o banco se disse surpreso com a alta dos gastos com marketing. O banco diz que vai se manter atento para otimizações de promoções médicas. O Credit Suisse mantém avaliação outperform e preço-alvo de R$ 40, frente à cotação de sexta de R$ 36,27.
O Itaú BBA avaliou os resultados da Hypera como positivos. Segundo o banco, eles combinam crescimento do faturamento líquido melhor do que o esperado e lucratividade, o que levou o Ebitda acima de 13% quando excluídas outras linhas de receita. O banco elogiou o aumento acima da média das vendas aos clientes e sinais de sinergias a partir de fusões e aquisições recentes. O Itaú BBA mantém avaliação outperform e preço-alvo para 2021 em R$ 41, frente à cotação de R$ 36,27 de sexta.
Braskem (BRKM5, R$ 60,25, +2,24%)
Atenção ainda para a Braskem: segundo a coluna do Broad, do Estadão, o processo para a venda da petroquímica pela Novonor (ex-Odebrecht) entrou na fase de seleção das ofertas, já que teria sido decidido o modelo de “fatiamento” do grupo. A unidade da petroquímica na Alemanha pode entrar no pacote americano, que tem o grupo petroquímico holandês Lyondellbasell como interessado.
Segundo a coluna, há dúvidas se a unidade mexicana, a Braskem Idesa, será vendida com a operação da empresa no Brasil, nos Estados Unidos ou mesmo separadamente, com a Pemex, a petrolífera estatal daquele país, comprando e integrando o petróleo com a petroquímica. A Novonor detém 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da Braskem. A operação está sendo conduzida pelo Morgan Stanley.
Fleury (FLRY3, R$ 24,13, -1,47%)
O Fleury informou que recebeu o pedido de renúncia do diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores, Fernando Augusto Rodrigues Leão Filho. Ele permanecerá no cargo até o dia 31 de julho e será substituído por José Antonio de Almeida Filippo a partir de 1º de agosto.
Filippo era CFO na Natura &Co desde 2018 e antes ocupou posições como principal executivo de finanças na Embraer, GPA e CPFL.
Segundo a companhia, Fernando Leão teve atuação determinante no fortalecimento recente da área de finanças e em projetos que alavancaram o crescimento da companhia, sobretudo nas frentes de expansão orgânica e por meio de aquisições.
Ele estruturou relevantes captações de recursos que viabilizaram esses movimentos estratégicos de expansão. Adicionalmente, foi um dos principais responsáveis pelos resultados financeiros da companhia.
O Fleury informou que os dois executivos trabalharão juntos em um processo de transição estruturado que se terminará em dia 31 de agosto.
Vale (VALE3, R$ 116,60, +2,17%)
Na sexta, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou uma revisão de empréstimos realizados pelas mineradoras Vale e BHP à sua controlada Samarco, pois acredita que as duas gigantes também podem ser responsáveis pelo pagamento de reparações pelo rompimento de barragem em Mariana (MG) em 2015. O MP também se posicionou pela rejeição de novo crédito na modalidade DIP de R$ 1,2 bilhão proposto pelas gigantes da mineração, no âmbito do processo de recuperação judicial.
O posicionamento do órgão ocorreu a pedido da Justiça, após um grupo de credores da Samarco questionar dívidas contraídas pela empresa junto às suas donas para fazer frente aos pagamentos de reparações pelos danos causados pelo rompimento mortal da barragem.
Além disso, a Vale informou na sexta que recebeu da Agência Nacional de Mineração (ANM) um termo de desinterdição que libera as operações definitivas das plantas de beneficiamento, pelotização e lavra na Área 15 da mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG). Segundo a companhia, a retomada do processamento a úmido em Fábrica permite a manutenção da produção próxima à capacidade nominal da planta de beneficiamento, de 6 milhões de toneladas por ano.
A instalação operava desde abril em regime de testes, via processamento a úmido, para avaliação de impactos geotécnicos nas estruturas próximas.
Lopes Brasil (LPSB3, R$ 4,61, -0,65%)
O Itaú BBA realizou um encontro com o diretor executivo da Lopes Brasil, Matheus Fabricio; o diretor institucional, Cyro Naufel; o diretor digital, Joaquim Torres; e o gerente de relações com investidores, Gabriel Garcia.
O banco ressalta que os executivos afirmaram que a demanda aquecida e a pressão de custos levaram a uma revisão para cima dos preços unitários, em especial aqueles nos segmentos de renda média e alta. Além disso, a empresa diz que as incorporadoras adotaram um ritmo de lançamentos mais moderado no segundo trimestre, o que abre espaço para volumes mais fortes no segundo semestre. Também ressalta que iniciativas on-line vêm gerando resultados, com o canal digital ultrapassando o não digital.
O Itaú mantém recomendação outperform e preço-alvo de R$ 4,4 para 2021.
GPS (GGPS3, R$ 19,78, +0,41%)
O Itaú BBA comentou o anúncio do GPS de compra da Comau e da Allis, que informaram receitas brutas de R$ 339 milhões e R$ 240 milhões, respectivamente, nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2021. Essas são, portanto, a quarta e a quinta aquisições do GPS desde sua oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês), em abril de 2021.
A receita bruta combinada das cinco empresas compradas pelo GPS desde o IPO é de R$ 1,3 bilhão, o equivalente a 87% da meta de faturamento bruto por novas fusões e aquisições em 2021.
O banco estima que o valor total de compra das empresas seja de entre R$ 116 milhões e R$ 166 milhões. O banco também afirma que pretende monitorar a evolução das diretrizes sobre fusões e aquisições, e diz acreditar que notícias positivas nesse quesito podem impulsionar mudanças no crescimento orgânico. O Itaú BBA mantém avaliação outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para o GPS, e preço-alvo de R$ 23 para 2021, frente à cotação de R$ 19,7 de sexta.
CCR (CCRO3, R$ 13,65, -0,07%)
O Bradesco BBI comentou os dados operacionais divulgados pela CCR para a semana de 16 de julho. O banco ressalta que o portfólio de estradas com pedágio teve desempenho de 2% em comparação com o mesmo período de 2019, ano anterior aos efeitos da pandemia, e queda de 1,6% em comparação com a semana imediatamente anterior.
O tráfego de passageiros em concessões urbanas caiu 40% na comparação com 2019, e 0,7% em relação à semana anterior. Em concessões de aeroportos, caiu 38% na comparação com 2019, e 1,4% em comparação com a semana imediatamente anterior. O Bradesco BBI mantém preço-alvo de R$ 22.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)