Ações de Hering, Natura, Suzano e JBS disparam entre 5% e 10%, B2W e Oi caem 7%: resultados movimentam pregão

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (14)

Lara Rizério

(divulgação)
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SÃO PAULO – A reta final da temporada de resultados foi o destaque do Ibovespa na sessão desta sexta-feira (14), guiando as maiores altas e quedas do índice.

Cia. Hering (HGTX3, R$ 16,43, +10,27%), Natura (NTCO3, R$ 51,43, +8,18%), Suzano (SUZB3, R$ 50,49, +5,92%), JBS (JBSS3, R$ 23,30, +5,19%) e brMalls (BRML3, R$ 10,25, +4,91%) foram as maiores altas do Ibovespa. Contudo, Apesar da forte alta, os números da Hering não agradaram alguns analistas, como foi o caso do Credit Suisse – vale destacar que a ação acumula perdas de 51,13% no ano, sendo a quinta maior queda do Ibovespa.

Por outro lado, os ativos da B2W (BTOW3, R$ 113,60, -6,89%) e da Lojas Americanas (LAME4, R$ 34,24, -3%), apesar dos números serem avaliados como positivo para as companhias. Vale destacar, contudo, que os ativos BTOW3 são a segunda maior alta do índice no ano, com alta acumulada de 81,33%.

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Fora da temporada de balanços, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Totvs (TOTS3, R$ 27,77, -0,43%) fez proposta pela Linx (LINX3, R$ 36,01, +12,60%) – veja mais clicando aqui. Fora do índice, Oi (OIBR3, R$ 1,62, -7,43%; OIBR4, R$ 2,41, -5,49%) caiu forte entre os números do segundo trimestre e mudança do plano de recuperação. Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
HGTX3 10.26846 16.43
NTCO3 8.18258 51.43
SUZB3 6.12545 50.59
JBSS3 5.19187 23.3
BRML3 4.913 10.25

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
BTOW3 -6.88525 113.6
BPAC11 -3.34659 82.6
LAME4 -3.00283 34.24
BRFS3 -1.0989 20.7
CCRO3 -1.0989 13.5

Lojas Americanas (LAME4, R$ 34,24, -3%)

A Lojas Americanas reverteu o lucro de R$ 112,7 milhões no segundo trimestre de 2019 para um prejuízo líquido de R$ 7,08 milhões.

A receita líquida, por sua vez, subiu 5,9%, para R$ 4,67 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 11% na base anual, para R$ 741,9 milhões.

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A margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) ajustada foi de 15,9%, queda de 3 pontos percentuais na base de comparação anual.

O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) total teve alta de 24,8%, a R$ 9,041 bilhões, sendo o digital teve alta de 72,2%.

As vendas no conceito mesmas lojas de unidades de rua subiram 5,8%, porém as de shopping tiveram queda de 68,4%. De acordo com a companhia, durante o trimestre, houve uma evolução de “forma consistente” das vendas, com tendência positiva contínua desde o fraco desempenho de abril. No total, as vendas mesmas lojas caíram 26,5%.

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O Credit Suisse destacou a importância da diversificação para as empresas, ressaltando a participação que a Lojas Americanas tem na B2W. Vê ainda que os recursos levantamos no follow-on, que somaram mais de R$ 7 bilhões, irá permitir a empresa investir mais nessa diversificação de negócios.

“Com a situação mais propensa a retornar gradualmente à normalidade e com um poder de fogo super forte para investir após os R$ 7,9 bilhões do follow-on, a Lojas Americanas parece estar bem posicionada para crescer organicamente ou por meio de fusões e aquisições”, avaliaram os analistas.

B2W (BTOW3, R$ 113,60, -6,89%)

A B2W teve prejuízo líquido de R$ 74,6 milhões no período, ante resultado também negativo de R$ 127,6 milhões um ano antes, queda de 42%. A receita líquida teve alta de 65% na base de comparação anual, totalizando R$ 2,43 bilhões.

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O Ebitda ajustado foi de R$ 184,7 milhões de abril ao fim de junho, crescimento de quase 68% sobre o resultado de um ano antes, enquanto a margem teve ligeira evolução de 7,5% no segundo trimestre de 2019 para 7,6%.

As vendas do marketplace da empresa dona de sites como Americanas.com e Submarino totalizaram R$ 6,7 bilhões de abril a julho, alta anual de 72,2%, impulsionada pela migração do varejo físico para o online por conta das medidas de isolamento social contra a pandemia de coronavírus.

O volume bruto de mercadorias subiu 72% na base de comparação anual, a R$ 6,71 bilhões.

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O Credit Suisse destacou o aumento no número de usuários ativos na B2W e também no sortimento de produtos, em especial aqueles de alta recorrência. “Há crescente importância das categorias de alta frequência, principalmente supermercados. As indicações de crescimento do volume bruto de mercadorias (GMV na sigla em inglês) para julho e agosto apontam para um desempenho ainda robusto”, avaliaram os analistas.

Já para o Bradesco BBI, o trimestre recorde da B2W mostra que a empresa conseguiu dimensionar suas operações para enfrentar o aumento da demanda causada pela Covid-19, mas mantiveram a classificação “neutra” para a empresa.

“Acreditamos que a maior integração com a Lojas Americanas tenha ficado clara no trimestre e isso será um trunfo, visto que a empresa busca manter fortes taxas de crescimento do GMV nos próximos trimestres.

Oi (OIBR3, R$ 1,62, -7,43%; OIBR4, R$ 2,41, -5,49%)

A Oi, em recuperação judicial, registrou no segundo trimestre deste ano prejuízo líquido consolidado de R$ 3,409 bilhões no critério atribuído aos controladores. O dado é 118,7% pior do que no mesmo intervalo do ano passado.

Em informe de resultados na madrugada, a operadora explica que compõem o número o resultado operacional antes do resultado financeiro e dos tributos (Ebit) negativo em R$ 366 milhões (maior que o negativo de R$ 298 milhões no mesmo período do ano passado), o resultado financeiro líquido também negativo, de R$ 3,127 bilhões (127% pior), além de uma despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social de R$ 1 milhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de rotina da companhia caiu 15%, para R$ 1,359 bilhão, e a margem ficou em 29,9% ante 31,4% há um ano.

A receita líquida consolidada foi de R$ 4,544 bilhões, 10,8% menor do que no mesmo período do ano passado.

Na operação Brasil somou R$ 4,490 bilhões, queda de 11,0%, ao passo que as operações internacionais (África e Timor Leste) cresceram 19,7% para R$ 54 milhões.

A Oi ainda atualizou a proposta de aditamento do plano de recuperação. A companhia destacou que, tendo em vista a ampla demanda pela UPI InfraCo na fase preliminar do processo de venda, o valor de firma (EV) mínimo da SPE InfraCo será de R$ 20 bilhões. O valor anterior era entre R$ 13 bilhões e R$ 26 bilhões.

Os interessados também devem assumir compromisso de pagamento da parcela secundária mínima de R$ 6,5 bilhões e de uma parcela primária de até R$ 5 bilhões, para garantir o pagamento de R$ 2,426 bilhões em dívida da SPE InfraCo com as recuperandas e execução do plano de investimentos planejado.

O aditamento também prevê que interessados em participar do procedimento competitivo de alienação da UPI Ativos Móveis terão a possibilidade de celebrar com as recuperandas ou suas coligadas um contrato de prestação de serviços de transmissão de dados na modalidade “take-or-pay” pelo prazo de 3, 5 ou 10 anos.

O valor presente dos pagamentos resultantes do respectivo contrato comporá o valor total do preço de aquisição da UPI Ativos Móveis, em adição ao valor mínimo de R$ 15 bi a ser pago em dinheiro por 100% das ações de emissão da SPE Móvel.

Quanto à UPI Torres, Highline foi qualificada como “stalking horse” no processo de alienação; preço mínimo alterado de R$ 1 bilhão para R$ 1,066 bilhão. O aditamento prevê ainda a possibilidade de formação da UPI TVCo para alienação do negócio de TV por assinatura. Além disso, fica estabelecido que recuperação judicial será encerrada em 30 de maio de 2022.

A Oi também trouxe condições melhores para os bancos credores: os bancos que não quiserem ter um desconto de 60% de seus empréstimos (com pagamento em até três parcelas, no período de 2022-2024), poderão ter o desconto reduzido para 55% se oferecerem fiança bancária, no valor máximo de seus créditos reestruturados. A tele ainda propõe uma opção diferenciada para credores que fornecerem nova linha de crédito, mas sem detalhar qual seria essa diferenciação.

Conforme destacam os analistas do Bradesco BBI, olhando apenas para os números apresentados hoje em relação à reunião de credores e considerando o possível menor corte da dívida, já era esperado um impacto negativo no valuation da Oi junto com o valor mínimo atualizado de R $ 20 bilhões para a InfraCo. No entanto, tais mudanças eram amplamente esperadas e provavelmente necessárias para vencer a batalha principal que é garantir a aprovação do plano da Oi na assembleia geral de credores. “Tendo em vista que as negociações vêm ocorrendo desde a aprovação do plano, vemos uma probabilidade ainda maior de o plano ser aprovado, o que deve desbloquear um valor significativo mesmo nas novas condições”, apontam os analistas.

Por fim, no referente ao valor para a InfraCo, eles destacam entender que a oferta final deverá ocorrer a um preço significativamente superior ao novo preço mínimo estabelecido. “Em suma, reconhecemos que haverá obstáculos a este processo e o impacto potencialmente negativo de um corte menor na dívida, mas vemos a Oi claramente se movendo na direção certa, especialmente considerando os sólidos resultados operacionais de seus negócios de FTTH junto com controle de despesas operacionais”, apontam, mantendo visão otimista com o papel e possuindo uma recomendação outperform para os ativos, com preço-alvo de R$ 2,10 para os papéis OIBR3.

Natura (NTCO3, R$ 51,43, +8,18%)

A Natura teve prejuízo de R$ 392,1 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro líquido de R$ 54,3 milhões em igual período de 2019.

O resultado foi impactado principalmente pelo Ebitda mais fraco e maior depreciação de R$ 156 milhões, sendo parcialmente compensadas pela despesa menor com imposto de renda de R$ 57 milhões.

A receita líquida atingiu R$ 6,987 bilhões no período, queda de 12,7% na comparação anual.

O Ebitda somou R$ 651,9 milhões, queda de 25,4%, enquanto o Ebtida ajustado atingiu R$ 615,2 milhões, baixa de 42,2% na comparação anual. Já a margem Ebitda ajustado foi de 8,8%, baixa de 4,5 pontos percentuais.

O Bradesco BBI avaliou como forte os resultados da marca Natura e da The Body Shop (TBS), mas viu como fraca a performance da Avon. Acrescentaram ainda que as receitas totais, de R$ 7 bilhões, ficaram em linha com a estimativa.

“Natura, TBS e Aesop tiveram um bom desempenho, tanto em receita quanto em lucros, e achamos que isso é uma prova da força das marcas e de todo o trabalho que vem sendo feito para modernizar as operações, além da forte gestão de custos no trimestre”, avaliaram, em relatório, os analistas do banco.

Os analistas destacaram ainda o desempenho de Natura, TBS e Aesop nas vendas digitais e que isso é um bom sinal para a Avon. “O desafio será a execução e o rejuvenescimento da marca, e esperamos ver mais novidades nessa frente no terceiro trimestre.”

JBS (JBSS3, R$ 23,30, +5,19%)

A JBS teve um lucro líquido de R$ 3,38 bilhões no segundo trimestre de 2020, alta de 54,8% na comparação com os R$ 2,18 bilhões registrados em igual período de 2019. A receita líquida, por sua vez, subiu 32,9% na mesma base de comparação, passando de R$ 50,84 bilhões para R$ 67,58 bilhões.

O Ebitda ajustado mais do que dobrou, passando de R$ 5,1 bilhões para R$ 10,49 bilhões, uma variação positiva de 105,9%, com destaque para JBS Brasil, JBS USA Beef e JBS USA Pork que registraram, respectivamente, crescimento de 222,8%, 208,7% e 153,7% no Ebitda em IFRS e reais.

A relação entre Ebitda e receita líquida (margem Ebitda) ajustada do trimestre foi de 15,5%, uma alta de 5,5 pontos percentuais na base de comparação anual.

“Em um cenário de inúmeros desafios, mantivemos nossas disponibilidades de caixa em níveis bastante confortáveis, a US$ 4,8 bilhões, e reduzimos nosso nível de alavancagem para 1,75 vez, a menor da história da JBS. Com a geração de caixa, anunciamos o pré pagamento de US$875 milhões em dívidas, o que reduzirá as despesas financeiras em US$ 53 milhões por ano”, destacou a companhia no release de resultados.

Os resultados da JBS ficaram acima do esperado, segundo avaliação do Credit Suisse. A instituição financeira reforça ainda que a companhia deve seguir no caminho de melhora dos resultados. “Acreditamos que o ímpeto (por resultados melhores) vai durar muito mais que um trimestre. Além disso, o patamar mais depreciado do real deve ajudar a compensar parcialmente a pressão de custos iminente na Seara e Friboi”, avaliaram os analistas do banco.

O Bradesco BBI espera um menor volume de paralisações das fábricas nos Estados Unidos nos próximos trimestres e uma geração de caixa ainda robusta. A classificação da empresa foi mantida em “overperform” com preço-alvo de R$ 33.

“A JBS tem um forte balanço para financiar o crescimento em alimentos processados”, disseram os analistas sobre um segmento de produto que apresenta melhores margens.

Sobre esse segmento, o Itaú BBA destacou o desempenho sólido da JBS em alimentos processados, que inclui, entre outros, os produtos da marca Seara.

B3 (B3SA3, R$ 60,57, -0,13%)

A operadora da bolsa brasileira B3 registrou lucro líquido de R$ 891,8 milhões no segundo trimestre, uma alta de 36,2% ante os R$ 654,6 milhões apresentados um ano antes.

Entre abril e junho, o Ebitda da companhia avançou 42%, passando de R$ 999,1 milhões para R$ 1,42 bilhão, com a margem Ebitda também avançando de 70,3% para 74,4%.

A receita líquida da B3 fechou o período em R$ 1,91 bilhão, uma alta de 34,3% ante os R$ 1,42 bilhão do segundo trimestre de 2019, ao passo que as despesas avançaram 7,9% no mesmo período, para R$ 733,4 milhões.

Além dos resultados, a operadora da bolsa também revisou sua projeção de investimentos de 2020 para um valor entre R$ 395 milhões e R$ 425 milhões, acima do cálculo anterior de R$ 300 milhões a R$ 330 milhões. A empresa citou como motivo para a mudança, entre outras coisas, o novo patamar de volumes do mercado, que levaram a aumento da capacidade dos sistemas e plataformas.

A companhia também afirmou que o aumento na projeção é consequência de projetos recentemente aprovados com o objetivo de adicionar produtos e serviços aos participantes do mercado.

Além disso, a B3 aumentou sua previsão para despesa atrelada ao faturamento, que subiu de algo entre R$ 145 milhões e R$ 165 milhões para a faixa entre R$ 170 milhões a R$ 200 milhões. A companhia citou que a mudança decorre de novos programas de incentivos nos mercados listado e de balcão, além da recuperação, mais rápida que inicialmente prevista, de financiamento de veículos.

Conforme destaca Marcel Campos, analista da XP, o lucro ficou 9% abaixo das expectativas do mercado, atingindo R$ 1 bilhão. Embora a receita tenha vindo alta como o esperado, o resultado foi afetado negativamente por maiores provisões operacionais.

“No entanto, ainda gostamos dos volumes da Bolsa e acreditamos que as perspectivas de longo prazo são melhores do que o previsto, dada a evolução do mercado financeiro no Brasil que melhora em ritmo acelerado, a taxa básica de juros que está ainda mais baixa e as ofertas do mercado de capitais que estão de volta”, aponta o analista.

Dito isso, ele reitera recomendação neutra e elevou o preço-alvo para R$ 65,00 (versus antigo de R$ 58,00) com base em: i) volumes vindo consistentemente acima do esperado mesmo no curto prazo com a crise; ii) o retorno das ofertas do mercado de capitais (ECM), que podem aumentar o ADTV no longo prazo; e iii) possível menor risco de concorrência, uma vez que a empresa lidou bem com a crise.

Suzano (SUZB3, R$ 50,49, +5,92%)

A Suzano registrou um prejuízo líquido de R$ 2,05 bilhões no segundo trimestre de 2020, revertendo um lucro de R$ 700 milhões em igual período de 2019, mas abaixo da mediana esperada pelo consenso Bloomberg (estimativa de resultado negativo de R$ 3,16 bilhões).

Na comparação com o primeiro trimestre o prejuízo caiu 84% (no primeiro trimestre de 2020, o prejuízo tinha sido de R$ 13,149 bilhões). ” A variação em relação ao segundo trimestre de 2019 é explicada pelo resultado financeiro negativo, por sua vez decorrente da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos, parcialmente compensado pelo aumento no resultado operacional.

Em relação ao primeiro trimestre, a redução de R$ 11 bilhões no prejuízo reflete principalmente a variação positiva no resultado financeiro (menor impacto de variação cambial sobre a dívida e derivativos), além da elevação do resultado operacional em 87%”, destaca a companhia.

A receita líquida, por sua vez, foi de cerca de R$ 8 bilhões, alta de 20% na base de comparação anual e acima da expectativa de R$ 7,26 bilhões do consenso Bloomberg. O Ebitda ajustado teve alta de 35%, indo de R$ 3,1 bilhões para R$ 4,18 bilhões, enquanto a margem Ebitda ajustada teve alta de 5 pontos percentuais, indo de 47% para 52%.

Segundo a companhia, as vendas de celulose se mostraram resilientes ao longo do segundo trimestre de 2020 diante dos desafios do cenário macroeconômico decorrentes da pandemia do Covid-19.

Leia mais: CEOs de Marfrig, Eletrobras, Suzano, Via Varejo e outras grandes empresas comentam os resultados do ano em lives no InfoMoney

“A demanda por celulose foi beneficiada, em um primeiro momento, pelo crescimento da demanda de papéis sanitários (Tissue) e, ao fim do trimestre, sofreu impacto da desaceleração de consumo de papéis de imprimir & escrever e especialidades. Neste contexto, as vendas da Suzano totalizaram 2.778 mil toneladas, ligeiramente inferior (-3%) ao alto volume realizado no primeiro trimestre de 2020 e 25% superior ao segundo trimestre de 2019”, destacou a companhia no release de resultados.

Já as vendas de papéis no mercado interno e externo totalizaram 235 mil toneladas, uma redução de 12% na comparação trimestral e de 22% na comparação anual.

Além do resultado, a companhia informou que liquidou antecipadamente US$ 500 milhões de crédito
rotativo.

Conforme destaca Yuri Pereira, analista da XP, a Suzano reportou resultados operacionais acima do esperado no segundo trimestre, com Ebitda 27% e 23% acima da estimativa da XP e do consenso, respectivamente.

Os principais destaques foram: (1) volumes mais altos de celulose seguindo o movimento de desestocagem da Suzano e demanda saudável de tissue (papeis sanitários em geral) e (2) preços realizados mais fortes (+22% na base trimestral) devido a um dólar mais alto.

“Mantemos nossa visão positiva para os preços da celulose no futuro (US$490 a tonelada em média para 2020), com continuidade na recuperação da demanda na China e a falta de novos projetos para frente. Além disso, os preços seguem abaixo do custo marginal (US$ 500 a tonelada, na nossa visão) por mais de 10 meses. Adicionalmente, a Suzano gerou um Fluxo de Caixa Livre de R$ 1,72 bilhão (alta de 147% no trimestre) com maior Ebitda e capital de giro”, aponta Pereira, reiterando a recomendação de compra.

Cyrela (CYRE3, R$ 24,36, +1,88%)

A Cyrela registrou lucro líquido de R$ 68 milhões no segundo trimestre de 2020, uma queda de 40,4% em relação aos R$ 114 milhões de ganhos no mesmo período de 2019, mas 142,8% a mais que os R$ 28 milhões de janeiro a março. No semestre, a construtora lucrou R$ 96 milhões, recuo de 41%.

A Cyrela não divulga Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A margem líquida ficou em 8,1% entre abril e junho, ante 12,2% um ano antes e de 3,7% no primeiro trimestre.

A receita líquida da Cyrela no segundo trimestre foi de R$ 839 milhões, queda de 10,4% na comparação anual. Em três meses, as receitas cresceram 9,7%.

O resultado financeiro da companhia ficou positivo em R$ 7 milhões entre abril e junho, uma piora de 63,6% na comparação anual. A dívida líquida da Cyrela fechou junho em R$ 905 milhões, avanço de 7,9% em três meses. O nível de alavancagem, medido pela relação dívida líquida/patrimônio líquido, passou de 16,1% para 17,1%, na mesma base de comparação. O indicador excluindo financiamento passou de 8,2% para 6,6%, em três meses.

Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, o resultado da Cyrela foi bom e veio acima das expectativas em termos de receita líquida e lucro líquido, mas teve a surpresa negativa de um consumo de caixa de R$ 67 milhões no trimestre.

Os principais destaques positivos foram: i) aumento da margem bruta ajustada de 34,8%, crescimento de 1,6 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre; ii) e resultado da controlada Cury no valor de R$ 16 milhões na linha de equivalência patrimonial.

Os analistas apontam que, apesar do consumo de caixa no trimestre, a companhia tem uma sólida posição de caixa de R$ 2 bilhões da Cyrela em junho de 2020 e o baixo nível de endividamento medido pela relação dívida líquida/PL de apenas 17,1%.

Os analistas apontam que o principal catalisador para as ações da Cyrela é a retomada do volume de lançamentos no segundo semestre com a reabertura da economia.

“A Cyrela anunciou o pedido de abertura de capital (IPO) das seguintes empresas: (i) Lavvi Empreendimentos Imobiliários S.A., (ii) Plano & Plano Desenvolvimento Imobiliário S.A., e (iii) Cury Construtora e Incorporadora S.A. Dependendo da demanda pelas ofertas, poderá ocorrer oferta secundária no lote adicional/suplementar, o que pode trazer impacto positivo/ganho para os acionistas da Cyrela”, avaliam.

CCR (CCRO3, R$ 13,50, -1,10%)

A empresa de concessões CCR reverteu de lucro para prejuízo no segundo trimestre deste ano, refletindo a queda de tráfego de rodovias e aeroportos por contado isolamento social. Com isso, a empresa registrou prejuízo comparável de R$ 164,7 milhões entre abril a junho, contra lucro de R$ 329,5 milhões um ano antes.

O tráfego consolidado no trimestre das rodovias sob concessão da CCR, incluindo o Sistema Anhanguera/Bandeirantes e a Via Dutra, caiu 22,1% na comparação anual, enquanto na mobilidade urbana o declínio foi de 73,6%, atingindo 95% em aeroportos.

Já o Ebitda ajustado pela mesma base encerrou o período em R$ 819,4 milhões, queda de 39,7% ano a ano.

O Credit Suisse classificou os resultados da concessionária como fracos, mas já esperados e que os dados mais recentes mostram uma recuperação da mobilidade social. “Todos os olhares estarão voltados para o processo de reequilíbrio econômico dos contratos de concessão”, avaliou o banco, em relatório a clientes.

Cia. Hering (HGTX3, R$ 16,43, +10,27%)

A empresa de varejo de moda Cia. Hering teve uma forte alta de 212% em seu lucro líquido no segundo trimestre, que chegou a R$ 126,85 milhões, contra um ganho de R$ 40,68 milhões um ano antes.

Esta melhora expressiva se deu por conta do desempenho positivo de R$ 113,1 milhões no resultado financeiro, dez vezes maior que o apresentado no segundo trimestre do ano passado.

Já a receita da companhia, caiu 67%, para R$ 118,8 milhões, com um recuo de 69,4% nas vendas mesmas lojas. Enquanto isso, o Ebitda fechou o período em R$ 73,36 milhões, crescimento de 59% em um ano. Em termos ajustados, o Ebitda foi negativo em R$ 41,4 milhões.

Assim como outras varejistas, o destaque ficou para o desempenho das vendas online, que tiveram salto de 165% no período, para R$ 40 milhões.

Apesar da forte alta dos ativos, o Credit Suisse apontou o resultado como negativo, principalmente devido à baixa exposição da companhia ao e-commerce (ou seja, maior queda de receita versus os pares e margens mais pressionadas do que o estimado pelos analistas do banco e do que pelo consenso de mercado.

Sabesp (SBSP3, R$ 56,42, +0,57%)

O lucro líquido da Sabesp teve queda de 17% no segundo trimestre de 2020, totalizando R$ 378,2 milhões, enquanto o Ebitda ajustado subiu 28%, para R$ 1,58 bilhão. A margem Ebitda ajustada, por sua vez.

A receita líquida operacional, por sua vez, subiu 11% na base de comparação anual, para R$ 4,43 bilhões.

O Credit Suisse destacou o controle de custos implementado pela Sabesp, além da contribuição gerada pelo acordo de fornecimento de serviços de água e saneamento para o município de Mauá (SP).

“Os resultados operacionais ajustados da Sabesp foram mais fracos do que os estimados, mas fomos surpreendidos positivamente pelo bom controle de custos. Os resultados reportados foram beneficiados pelos impactos positivos do acordo de Mauá”, destacou o banco em relatório a clientes.

O banco ainda lembra que, além do contrato com Mauá, a receita líquida da Sabesp foi beneficiada pelo reajuste tarifário de 2019, e ao maior volume às operações de Guarulhos e santos André.

Rumo (RAIL3, R$ 22,81, +3,59%)

A Rumo reportou um lucro líquido de R$ 405 milhões no segundo trimestre de 2020, aumento de 118% na comparação com igual trimestre de 2019. A sustentação para os números veio do aumento de 13,9% no volume transportado no trimestre na comparação anual, para 16,4 bilhões de TKU (tonelada quilômetro útil). O avanço refletiu a alta demanda por transporte e a safra recorde de soja.

O Ebitda ajustado foi de R$ 982 milhões, 6,3% superior ao registrado um ano antes. No critério contábil, o indicador cresceu 31,5%, para R$ 1,216 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 53,7%, alta de 0,2 ponto porcentual. A empresa explicou que, para critério de comparação com o trimestre anterior, o ajuste excluiu os custos e despesas da Malha Central, assim como os efeitos do processo de renovação da Malha Paulista e a provisão para impairment da Malha Oeste, de efeito não caixa.

A receita líquida totalizou R$ 1,828 bilhão, crescimento de 5,7% ante o reportado um ano antes, refletindo o aumento do volume, mas contrabalançado pela queda da tarifa em 8,5%. “O maior impacto na tarifa neste trimestre foi decorrente da queda de 25,3% no preço do combustível com relação ao segundo trimestre de 2020, que representou uma queda de 6,3% na tarifa, já que os contratos comerciais preveem um repasse de 25% da variação do combustível para o preço do frete”, explicou a empresa. Sem considerar o efeito do combustível, a tarifa apresentou retração de 2,2% no ano.

No trimestre, o capex da Rumo atingiu R$ 722 milhões, 64,6% superior ao reportado no segundo trimestre de 2019. “O valor inclui R$ 163 milhões na Malha Central, que deve apresentar aumento nos próximos trimestres”, acrescentou a empresa.

O endividamento abrangente bruto ao final do trimestre foi de R$ 18,3 bilhões, crescimento de 20,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A alavancagem atingiu 2 vezes (dívida líquida abrangente/EBITDA), contra 2,1 vezes no primeiro trimestre de 2020.

A Rumo ainda anunciou que fará uma oferta pública de ações que, pelo fechamento da véspera, poderia chegar a R$ 5,17 bilhões. Se forem consideradas as ações de um lote adicional, o valor vai R$ 6,98 bilhões.

brMalls (BRML3, R$ 10,25, +4,91%)

A operadora de shopping centers BRMalls anunciou um prejuízo líquido contábil de R$ 619,694 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 425,352 milhões do mesmo período de 2019. No critério ajustado, a companhia teve lucro de R$ 10,246 entre abril e junho, recuo de 93,1% na comparação anual.

O Ebitda da BRMalls no trimestre ficou negativo em R$ 854,695 milhões, ante resultado positivo de R$ 728,520 milhões no ano passado. Já o Ebitda ajustado foi positivo em R$ 48,582 milhões no segundo trimestre, um recuo de 80% na comparação anual.

O resultado operacional da companhia (FFO) apurou prejuízo contábil de R$ 611,683 milhões entre abril e junho, ante resultado positivo de 430,588 milhões no mesmo período do ano passado. Já no critério ajustado, o FFO foi positivo em R$ 18,257 milhões, queda de 88,2% na mesma base de comparação.

A receita líquida caiu 43,7% em um ano, para R$ 185,536 milhões. Nos indicadores operacionais, chama atenção o aumento da inadimplência, que passou de 0,9% no segundo trimestre do ano passado para 3,6% neste ano. As vendas totais do portfólio core caíram 82,8% na comparação anual.

O Credit Suisse lembrou que o segundo trimestre foi difícil para o segmento de aluguéis, que gerou menor receita devido a descontos e gastos com provisões para inadimplência. “Do lado positivo, as vendas parecem estar se recuperando em um ritmo acelerado com vendas a 65% pré-COVID em julho e consumo de caixa baixo”, segundo relatório divulgado pela instituição financeira.

Arezzo (ARZZ3, R$ 55,50, 0%)

A Arezzo teve prejuízo líquido de R$ 82,3 milhões, ante lucro de R$ 40,6 milhões. A receita líquida teve baixa de 61%, indo a R$ 154,4 milhões.

O Ebitda ficou negativo foi a R$ 72,1 milhões, enquanto a margem Ebitda foi negativa em 46,7%.

O resultado foi avaliado de forma positiva pelo Credit Suisse devido aos indícios encorajadores de
julho nas frentes de vendas e rentabilidade (incluindo breakeven nas operações nos Estados Unidos).

Hermes Pardini (PARD3, R$ 28,88, +3,51%)

A Hermes Pardini teve lucro líquido de R$ 7 milhões, queda de 83% na base de comparação anual. O Ebitda foi de R$ 34,9 milhões no segundo trimestre de 2020, com margem Ebitda de 13,6% . O fluxo de caixa operacional foi de R$ 47,8 milhões.

Apesar da queda do resultado, fruto do menor volume de exames de rotina, o Bradesco BBI ressalta que os exames para detecção da Covid-19 ajudaram o resultado do Hermes Pardini.

Esses testes registraram receita de R$ 76 milhões no trimestre, respondendo por 27% do faturamento total

“Vemos o Hermes Pardini claramente se movendo na direção certa, uma vez que consideramos que a empresa já atingiu uma capacidade de processamento de 20 mil testes por dia de RT-PCR, o que deve ser importante para maiores ganhos nos trimestres à frente”, disseram, em relatório, os analistas do Bradesco BBI.

SLC Agrícola (SLCE3, R$ 23,90, -6,20%)

A SLC teve queda de 7,5% do lucro líquido, totalizando R$ 196,1 milhões. A receita líquida teve alta de 36% na base de comparação anual, somando R$ 562,6 milhões.

O Ebitda teve queda de 4,4% na mesma base de comparação, a R$ 354,3 milhões, enquanto o Ebitda ajustado subiu 31%, a R$ 144,9 milhões. A margem Ebitda teve leve alta de 0,6 ponto percentual, para 25,7%.

Light (LIGT3, R$ 15,88, 0%)

A Light reverteu o lucro de R$ 11 milhões do segundo trimestre do ano passado para prejuízo de R$ 45 milhões no segundo trimestre deste ano.

Já a receita líquida teve queda de 10%, a R$ 2,36 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado cai 62%, totalizando R$ 145 milhões. A margem Ebitda foi a 6,1%, enquanto a dívida líquida teve baixa de 16%, a R$ 6,7 bilhões.

A Light ainda aprovou a emissão R$ 600 milhões em debêntures.

Copel (CPLE6, R$ 60,81, +2,10%)

A Copel registrou lucro de R$ 1,6 bilhão, alta de 360% na comparação anual. Já a receita cresceu 27,3% no período, totalizando R$ 4,67 bilhões, beneficiada principalmente pelo reconhecimento de R$ 809,1 milhões em decorrência do trânsito em julgado da ação que reconheceu o direito da controlada Copel Distribuição de excluir da base de cálculo do PIS e Cofins o valor integral do ICMS.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 904 milhões, ante dado negativo em R$ 127,4 milhões no mesmo período do ano passado. A mudança ocorre com o reconhecimento de crédito tributário decorrente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins no montante de R$ 936,5 milhões em junho.

O Ebitda do segundo trimestre, por sua vez, foi de R$ 1,79 bilhão, enquanto a margem Ebitda foi de 38,4%.

Banco Inter (BIDI11, R$ 59,61, -4,78%)

O Banco Inter teve queda de 92% na comparação anual, a R$ 2,7 milhões. Contudo, conseguiu reverter o prejuízo de R$ 8,4 milhões do primeiro trimestre. Os ativos totais do banco subiram 83% na comparação anual, a R$ 12,39 bilhões.

As provisões para devedores duvidosos foram de R$ 31 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 46 milhões no mesmo período de 2020. No primeiro trimestre de 2020, no entanto, havia sido de R$ 50 milhões. A carteira de crédito ampliada somou R$ 6,1 bilhões, alta de 54,3% em um ano. Novas operações somaram R$ 1,5 bilhão de abril a junho, alta de 71% em um ano.

As despesas totais – administrativas, com pessoal e outras – foram de R$ 133 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 204 milhões em igual período de 2020, decorrente do crescimento da instituição financeira. O custo com a aquisição de clientes, por sua vez, teve baixa de 4,6% em relação ao primeiro trimestre, para R$ 23,16. Já o custo de captação foi reduzido em 17,7 pontos percentuais, a 54,5% do CDI.

Grendene (GRND3, R$ 7,71, -0,90%)

A fabricante de calçados Grendene passou de lucro líquido de R$ 41,5 milhões para prejuízo líquido de R$ 44,4 milhões.

Já a receita líquida somou R$ 56 milhões, redução de 85%.

O Ebitda teve um número negativo de R$ 63 milhões, ante valor positivo de R$ 26,7 milhões no mesmo período de 2019.

EzTec (EZTC3, R$ 38,54, +6,35%)

A EZTec teve lucro líquido de R$ 68 milhões no segundo trimestre, alta de 293% sobre o lucro líquido do mesmo período de 2020. A receita líquida foi de R$ 153,2 milhões, queda de 5,3%.

O Ebitda caiu 23%, a R$ 54,6 milhões, enquanto a margem Ebitda foi a 35,6%.

Equatorial (EQTL3, R$ 24,01, +1,91%)

A Equatorial registrou lucro líquido ajustado de R$ 387 milhões, alta de 22% na base de comparação anual. Já a receita operacional foi de R$ 3,48 bilhões, queda de 20%.

O Ebitda ajustado teve queda de 9,1%, a R$ 857 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada é de 24,6%.

CPFL Energia (CPFE3, R$ 30,03, +0,77%)

A CPFL Energia viu seu lucro líquido cair 22%, a R$ 451,1 milhoes no segundo trimestre, enquanto a receita líquida teve queda de 6,7%, para R$ 6,56 bilhões.

O Ebitda foi a R$ 1,21 bilhão, recuo de 19,7%.

Ferbasa (FESA4, R$ 17,30, -2,15%)

A Ferbasa teve lucro líquido de R$ 21,5 milhões no segundo trimestre, queda de 32% na base de comparação anual. A receita da companhia teve alta  30,6% no período, a R$ 426,7 milhões, beneficiada pela desvalorização do real frente ao dólar, que elevou o faturamento com exportações, e pela alta de 14,9% na produção de ligas de cromo, para 54,6 mil toneladas.

Anima (ANIM3, R$ 28,20, +2,73%)

A Anima registrou lucro líquido ajustado de R$ 13 milhões no segundo trimestre do ano, revertendo prejuízo de R$ 10,6 milhões no mesmo período de 2019. A receita líquida subiu 25% na comparação anual, a R$ 356,1 milhões.

O Ebitda ajustado foi a R$ 91,7 milhões, alta de 61,5% na base anual, enquanto a margem teve alta de 5,8 p.p., a 25,7%.

Houve queda na taxa de evasão, passando de 6,7% para 6,5%. A Ânima encerrou o trimestre com 119 mil alunos, alta de 12%, principalmente, devido às aquisições.

Trisul (TRIS3, R$ 12,51, +0,24%)

A Trisul teve alta de 31%, no segundo trimestre de 2020, na base de comparação anual, para R$ 35,58 milhões. A receita líquida da companhia teve alta de 9%, para R$ 200,2 milhões. As despesas operacionais caíram 6%, para R$ 31 milhões.

Hapvida (HAPV3, R$ 64,12, +2,41%)

A Hapvida teve um lucro líquido de R$ 278,6 milhões no segundo trimestre de 2020, alta de 25% na base de comparação anual, impulsionada por aquisições e controle de despesas. Já a receita foi a R$ 2,08 bilhões, alta de 63%.

O Ebitda foi de R$ 607,8 milhões no período, mais que o dobro do obtido um ano antes. A margem Ebitda subiu a 29,3%, ante dado anterior de 23%.

A Hapvida apontou que, desde o início de junho, começou a “endereçar” a carteira de cirurgias eletivas que tinham sido adiadas em função da epidemia de coronavírus e que mais de 90% delas, excluindo as regiões onde autoridades ainda não recomendam, já foram realizadas “sem impactos em nossas operações.

Segundo a empresa, os atendimentos eletivos apresentam recuperação desde maio e “já estão próximos de 90% dos níveis históricos”. O grupo afirmou ainda que o mercado de saúde suplementar no país segue com tendência de consolidação e que está preparado para aproveitar oportunidades de negócios no setor.

Helbor (HBOR3, R$ 13,71, +10,03%)

A Helbor teve prejuízo líquido de R$ 20,3 milhões no segundo trimestre, alta de 19% na comparação anual, enquanto a receita líquida caiu 46%, a R$ 1804, milhões. O Ebitda ficou negativo a R4 11,5 milhões, enquanto a margem Ebitda teve resultado negativo de 11,3%. A dívida líquida, por sua vez, caiu 36%, a R$ 926,5 milhões.

Positivo (POSI3, R$ 5,08, -4,69%)

A Positivo teve prejuízo de R$ 8,6 milhões no segundo trimestre desse ano, revertendo o lucro de R$ 11,1 milhões do mesmo período em 2019.

Já a receita líquida caiu 20% na comparação anual e somou R$ 440,5 milhões.

O Ebitda ajustado ficou positivo em R$ 7,9 milhões, 84,7% menor ante o primeiro trimestre de 2019. Segundo apontou o documento, “a redução se deu majoritariamente em função dos impactos nas margens no período”.

A dívida líquida foi de R$ 150,7 milhões, contra R$ 258,4 milhões anotados no segundo trimestre de 2019. “O múltiplo Dívida Líquida/EBITDA foi de 1,7x, a desalavancagem e o aumento da posição de liquidez são resultado da captação líquida de R$ 334 milhões com operação de Follow On realizada em janeiro/20, e de uma normalização de parte das readequações de fluxo de pagamentos realizados por parte dos clientes em março com o início das medidas restritivas de distanciamento social”, apontou.

JSL (JSLG3, R$ 30,38, -0,88%)

A JSL teve lucro líquido de R$ 156,6 milhões no segundo trimestre, ante dado positivo de R$ 71,2 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida caiu 8%, para R$ 2,2 bilhões.

O Ebitda, por sua vez, teve queda de 9,2%, a R$ 470,4 milhões, enquanto a margem Ebitda ficou em 35,3%.

Unidas (LCAM3, R$ 20,35, -1,69%)

A Unidas teve prejuízo recorrente de R$ 31,3 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 40,4 milhões do mesmo período de 2019.

A receita recuou 22%, para R$ 920,8 milhões, e o Ebitda caiu 34,1%, para R$ 208,6 milhões.

Veja mais sobre o resultado da Unidas clicando abaixo:

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 12,58, -3,23%)

A Iochpe-Maxion teve prejuízo líquido de R$ 352,4 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 110,4 milhões. A receita líquida operacional teve queda de 56%, a R$ 1,17 bilhão.

O Ebitda ficou negativo em R$ 199,5 milhões, ante dado positivo de R$ 304,2 milhões. A dívida líquida, por sua vez, subiu 38%, a R$ 3,64 bilhões.

JHSF (JHSF3, R$ 8,46, +1,93%)

A JHSF teve lucro líquido de R$ 259,6 milhões no segundo trimestre, 1.375% maior frente o lucro de R$ 17,6 milhões obtido em igual período de 2019.

A receita teve alta de 80% de abril a junho, para R$ 253,2 milhões, na comparação anual, beneficiada principalmente pelo crescimento de 531,8% nas vendas do empreendimento Fazenda Boa Vista, que compensou a queda na receita de shoppings, restaurantes e hotéis em meio à pandemia.

Randon (RAPT4, R$ 11,13, +0,82%)

A Randon teve lucro líquido de R$ 55,2 milhões entre abril e junho deste ano, 34,6% menor frente os R$ 84,5 milhões apurados no mesmo intervalo de 2019, com o desempenho prejudicado pela pandemia de covid-19.

A receita líquida teve queda de 28%, para R$ 933 milhões, enquanto o Ebitda ajustado teve baixa anual de 60%, para R$ 84,7 milhões. A margem Ebitda ajustada caiu 7 pontos percentuais, passando de 16,1% para 9,1%.

Energisa (ENGI11, R$ 45,23, +0,82%)

A Energisa teve prejuízo líquido de R$ 88 milhões no segundo trimestre, alta de quase dez vezes.

Enquanto isso, a receita operacional líquida (excluindo construção) foi de R$ 3,8 bilhões, queda de 3,6%, e o Ebitda atingiu R$ 727,4 milhões, baixa de 11,2%.

Vale (VALE3, R$ 61,35, +1,66%)

O Conselho da Vale aprovou na quinta-feira a implantação do Projeto Serra Sul 120 localizado no município de Canaã dos Carajás (PA), segundo comunicado, com investimentos plurianuais de US$ 1,5 bilhão.

Com a antecipação do Projeto Serra Sul 120 e o atraso da execução de projetos em 2020 em razão da pandemia do Covid-19, a Vale informa que irá atualizar, oportunamente, seu guidance de investimentos em 2021, atualmente em US$ 5 bilhões.

O projeto consiste no aumento de capacidades da mina e da usina de S11D em 20 milhões de toneladas por ano, o que totalizará 120 milhões toneladas por ano no site. O start-up é esperado para o 1º semestre de 2024, disse a Vale.

Stone, Linx (LINX3, R$ 36,01, +12,60%) e Totvs (TOTS3, R$ 27,72, -0,61%)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu dois processos administrativos envolvendo a provedora de software para varejo Linx, dois dias após o anúncio de fusão da companhia com a empresa de pagamentos StoneCo.

Um dos processos diz respeito a “notícias, fatos relevantes e comunicados”. O outro é sobre o assunto incorporação. A abertura do processo se dá após agentes do mercado levantarem a suspeita de vazamento de informação.

A StoneCo anunciou na terça-feira acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx, numa transação avaliada em cerca de R$ 6 bilhões.

Vale destacar que a Totvs informou que enviou ao conselho de administração da Linx proposta de combinação de negócios, nos termos aprovados pelo seu Conselho de Administração. A proposta, sujeita à aprovação dos acionistas de Linx, tem por objetivo agregar os negócios das duas companhias  com a consolidação das bases acionárias na Tovs, que continuará a ser uma companhia aberta com ações negociadas no Novo Mercado da B3.

“A transação possui um forte racional estratégico em razão da alta complementariedade de mercados, soluções e serviços, resultando em uma substancial criação de valor para as companhias, seus respectivos acionistas, clientes e colaboradores. A transação, se aprovada, resultará, ao final, considerando as bases acionárias de ambas as companhias totalmente diluídas, no recebimento, pelos acionistas da Linx, de uma ação da Totvs e R$ 6,20 para cada ação da Linx de sua titularidade, passando os acionistas da Linx a ser titulares de ações representativas de, aproximadamente, 24% (vinte e quatro por cento) do capital total e votante da Totvs. Além da aprovação pelos acionistas da companhia e da Linx reunidos em assembleia geral, a Transação está sujeita à aprovação prévia do Conselho  Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, afirmou a companhia.

Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 50,11, +2,27%)

Em reunião realizada nesta quinta-feira, o conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou a conversão de todas as ações preferenciais da companhia em ordinárias. São 1,119 bilhão de papéis, e a conversão será na razão de 1 para 1.

Os detentores de ações PN que não aceitarem a conversão vão receber um reembolso de R$ 40,38 por ação. A companhia vai realizar duas assembleias, uma com todos os acionistas, e outra com os preferencialistas, para deliberar sobre o tema.

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.