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As ações das mineradoras de criptomoedas com capital aberto subiram quase 10%, em média, entre a quarta e a quinta-feira desta semana. A alta ocorreu em meio à recuperação do Bitcoin (BTC), que ultrapassou a marca de US$ 21.000.
Os investidores estavam incertos sobre como as mineradoras listadas reagiriam ao mercado de baixa. No entanto, agora eles estão mais confiantes ao ver o preço da maior criptomoeda do mundo por valor de mercado se estabilizar, disse Jaran Mellerud, pesquisador da casa de análise Arcane Research, baseada em Oslo, na Noruega.
As mineradoras Digihost (DGHI), TeraWulf (WULF) e Marathon Digital (MARA) registraram as maiores altas, com 26,6%, 18,94% e 17,62%, respectivamente.
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A valorização das ações da TeraWulf ocorreu quando a empresa anunciou em 5 de julho que havia adicionado US$ 50 milhões a um empréstimo de US$ 123,5 milhões assinado com a fornecedora de serviços corporativos e institucionais Wilmington Trust.
“É possível que algumas pessoas estejam apostando” que, se o BTC não estiver caindo para US$ 18.000, “esse pode ser um momento atraente para começar a acumular algumas das [ações] das mineradoras” que ainda são lucrativas, disse Joseph Vafi, diretor administrativo de equity research do banco de investimentos Canaccord Genuity, que acompanha a Argo Blockchain (ARBK), a Iris Energy (IREN) e a Hut 8 Mining (HUT).
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Ao mesmo tempo, muitas mineradoras “ainda estão aumentando muito seu exahash [medida de poder de computação na rede Bitcoin] neste ano”, disse Vafi.
O banco de investimentos DA Davidson reduziu na semana passada sua expectativa de crescimento do poder de computação (hashrate) para o resto do ano para incluir apenas “pedidos atuais e financiados”, conforme nota do analista sênior de pesquisa Christopher Brendler.
No entanto, isso ainda representa um aumento de hashrate de 37% nos últimos três trimestres de 2022 para as cinco mineradoras que Brendler analisou: Argo Blockchain, Hut 8 Mining, Core Scientific (CORZ) e Riot Blockchain (RIOT).
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Ao mesmo tempo, a dificuldade de mineração de Bitcoin diminuiu quase 7% desde 22 de maio, conforme as mineradoras desconectaram máquinas não lucrativas, de acordo com dados da plataforma de informações Blockchain.com. Isso torna mais fácil para os mineradores remanescentes minerar BTC e gerar receita.
“Muitas dessas ações estão muito desvalorizadas em comparação com seus ativos e fluxos de caixa”, falou Mellerud. A DA Davidson disse na nota da semana passada que a relação “risco-recompensa” das ações das mineradoras é melhor do que os mercados precificaram.
As 15 mineradoras de capital aberto analisadas pelo CoinDesk perderam em média 61,37% do valor de seus papéis nos últimos dois meses. “Elas estão apenas se movendo um pouco com o Bitcoin saindo do fundo, honestamente”, disse Vafi, da Canaccord Genuity, acrescentando que o mercado de ações também se firmou nos últimos dias.
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Muitas estão enfrentando chamadas de margem, pois o preço de suas garantias – principalmente Bitcoins e rigs (sistemas) de mineração – diminuiu, então elas estão vendendo suas participações na criptomoeda para continuar pagando suas contas.
Vafi disse que “não está particularmente preocupado que a alavancagem se torne um grande problema” porque as mineradoras ainda são lucrativas e ainda podem pagar suas parcelas de empréstimos. Elas também podem continuar vendendo BTC, falou ele. Um possível aspecto negativo é que seu crescimento será limitado se as empresas tiverem problemas para levantar mais capital, completou.
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