- Vale (VALE3, R$ 32,39, +4,21%; VALE5, R$ 30,53, +4,20%)
A mineradora reage forte na Bolsa à alta de 7% nos contratos futuros do minério negociados na bolsa chinesa de Dailian e ao avanço de 3,31% do preço spot (à vista), no porto chinês de Qingdao, com a tonelada cotada a US$ 86,62. - A alta é impulsionada pelos dados comerciais melhores do que o esperado para janeiro da China, uma vez que a demanda acelerou tanto no país quanto no exterior, um início encorajador de 2017 mesmo que os exportadores asiáticos estejam se preparando para um aumento do protecionismo por parte dos Estados Unidos.
As exportações em janeiro avançaram 7,9% sobre o ano anterior já que a demanda global aumentou, enquanto as importações cresceram 16,7 por cento devido ao melhor apetite por carvão, petróleo e minério de ferro. Isso deixou o país com um superávit comercial inicial de US$ 51,35 bilhões para o mês, disse a Administração Geral de Alfândega.- A holding da Vale, a Bradespar (BRAP4, R$ 21,57, +4,51%) salta mais de 4%, enquanto as siderúgicas também acompanham os ganhos, como a CSN (CSNA3, R$ 11,66, +2,82%), Gerdau (GGBR4, R$ 12,69, +1,52%) e Usiminas (USIM5, R$ 5,15, +1,38%).
- Lojas Renner (LREN3, R$ 24,57, +3,69%)
A varejista sobe forte após divulgar seus números. A companhia teve lucro líquido de R$ 299,8 milhões no 4º trimestre de 2016, alta de 19% em relação ao mesmo período de 2015. O número superou as estimativas do mercado, cuja mediana apontava para R$ 280 milhões, segundo compilação da Bloomberg. A receita operacional líquida ficou em linha com o esperado (R$ 2,11 bilhões) e as vendas mesmas lojas voltaram a cair (-0,8%), mas o Ebitda mostrou crescimento de 16%, chegando a R$ 567,7 milhões – bem acima dos R$ 521,4 milhões esperados. -
De acordo com o BTG Pactual, o balanço apresentou números mistos, com receita líquida fraca como o esperado em meio ao cenário macroeconômico complicado. Contudo, apesar dos desafios, a margem Ebitda apresentou ganhos. Os analistas seguem com recomendação de compra para os papéis de olho na perspectiva de longo prazo, apontando ainda para as iniciativas de corte de despesas e de preservação da lucratividade da companhia.
A companhia anunciou ainda a proposta de realização de AGE, ainda sem data marcada, para decidir sobre o aumento do capital social da empresa no valor total de cerca de 1,318 bilhão de reais, de acordo com fato relevante divulgado na noite de quinta-feira. A varejista pode levantar 237,8 milhões de reais através da incorporação de parte do saldo da conta de Reservas de Lucros e 1,08 bilhão de reais por meio da emissão de 64.355.058 novas ações ordinárias ao valor unitário de 16,78 reais.
- Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,83, +0,69%) e Kleper Weber (KEPL3, R$ 20,45, +16,86%)
O banco público e o Previ, fundo de pensão dos funcionários da instituição, acertaram a venda de toda a participação de 34,93% na Kepler Weber para a norte-americana AGCO do Brasil por R$ 22,00 cada ação. Com isso, as ações KEPL3 da small cap sobem forte e negociam por volta dos R$ 20,00.
- Segundo o Itaú BBA, a venda não terá um impacto relevante nos resultados do Banco do Brasil. O banco receberá R $ 100 milhões para a venda (o valor contábil do investimento no terceiro trimestre de 2016 foi de R $ 84 milhões). “Embora essa venda específica não tenha um impacto material na posição de capital do banco, a venda de ativos non-core pelo Banco do Brasil pode ser bem recebida pelos investidores”, afirmam os analistas.
- Petrobras (PETR3, R$ 16,21, +1,57%; PETR4, R$ 15,25, +1,33%)
Os papéis reagem à alta dos preços do petróleo nos mercados internacionais, em meio a informações de que membros da Opep (Organização dos Países Exportadoras de Petróleo) reduziram, de fato, a produção da commodity. - A estatal informou ainda que os detentores de US$ 5,58 bilhões em títulos aceitaram a oferta de recompra. Desse montante, US$ 5,56 bi em volume equivalente foram aceitos para recompra no dia 25 de janeiro de 2017, informou a companhia. Vale destacar ainda a notícia do jornal O Estado de S. Paulo de que o controle da Usina de Belo Monte foi colocado à venda por R$ 10 bilhões. O que está à venda é a participação de 50,02% na Norte Energia detida por Neoenergia, Cemig, Light, Vale, Sinobras, J. Malucelli, Petros e Funcef, diz o jornal. Por fim, Hermes Pardini e Unidas definem preço de ações para ofertas públicas nesta sexta; os papéis começam a ser negociados em 14 de fevereiro.
- CCR (CCRO3, R$ 17,30, +4,09%)
A oferta restrita da empresa aumentou o capital social em R$ 4,07 bilhões. Hoje, o Conselho aprovou a fixação do preço por ação de R$ 16,00 no âmbito da oferta pública de distribuição primária com esforços restritos de colocação de 254,4 milhões de novas ações ON, “já considerando as ações suplementares”, segundo comunicado. - Carteira Itaú BBA
O banco de investimento adicionou a Fleury (FLRY3, R$ 40,45, -0,15%) e Smiles (SMLE3, R$ 51,84, -0,78%) a portfólio, enquanto a Ambev (ABEV3, R$ 16,83, -0,36%) foi excluída. A Fleury e Smiles foram acrescentadas devido à expectativa de bons resultados do quarto trimestre. A Fleury tem mais espaço para expansão de margem, é a melhor escolha em saúde, enquanto a Smiles tem múltiplos descontados, rendimento de dividendo atrativo; a companhia terá melhor impulso em 2017, segundo o relatório. Já a Smiles está, de alguma maneira, protegida do cenário de corte da taxa de juros, pelo menos temporariamente, dado que o pré-pagamento por passagens feito pela Gol no início de 2016 tem taxa de juros fixa. Por outro lado, a Ambev foi removida com expectativa de que resultado “possa ser um vento contrário para ações”. O portfólio para o Brasil contém ainda Smiles, São Martinho, Petrobras, Bradesco, Itaú / Itaúsa, Fleury, Randon, Vale, Telefonica Brasil, Sabesp e Energias do Brasil.
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Biosev (BSEV, R$ 7,38, -3,66%)
A ação da Biosev registra queda em meio ao anúncio de que pretende fazer oferta pública de ações para investidores do Brasil, para investidores qualificados nos Estados Unidos e para investidores não-americanos. Ela pretende utilizar recursos para fortalecer sua estrutura de capital. Considerada “patinho feio” do setor de açúcar e álcool, a companhia nem de longe conseguiu performar como pares maiores Cosan (CSAN3) e São Martinho (SMTO3) nesta década na Bolsa. A companhia também divulgou seus números do terceiro trimestre da safra 2016/2017, encerrado em dezembro. A companhia teve lucro de R$ 42,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 96,2 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida caiu 11%, somando R$ 1,5 bilhão, afetada pela ausência de exportações de etanol e pela queda das vendas de subprodutos (levedura seca, melaço em pó, bagaço, entre outros. O Ebitda ajustado somou R$ 395,7 milhões, 9,6% menor ante os R$ 437,6 milhões do mesmo intervalo da safra anterior. A margem Ebitda caiu 0,3 ponto percentual, a 25,5%. Braskem (BRKM5, R$ 33,09, -2,45%)
A ação da companhia registra uma das maiores quedas da Bolsa. A Odebrecht informou que não tem, até o momento, um processo de negociação estabelecido com a Petrobras para rever o acordo de acionistas da companhia, conforme informou a petroquímica em resposta à questionamento da CVM, a respeito de reportagem sobre o tema. Na véspera, a Petrobras já havia informado que avalia “possíveis alterações” nos acordos de acionistas nas companhias em que tem participação, como na petroquímica. “No entanto, até o momento, não foi iniciado processo para alienação da participação acionária detida na Braskem”, Papel e celulose
As ações da Suzano (SUZB5, R$ 13,15, -1,20%) registram queda após subirem quase 4% na véspera, na sequência de fortes resultados do quarto trimestre. Contribui ainda para esse movimento a queda do dólar: o contrato futuro da divisa com vencimento em março registra baixa de 0,64%, a R$ 3,125, enquanto o comercial é negociado em baixa de 0,48%, a R$ 3,1146 na venda. As ações da Fibria (FIBR3, R$ 26,84, -0,59%) também registram baixa.