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SÃO PAULO – Após a sessão “azeda” da véspera, com o Ibovespa fechando em queda de quase 2%, a quarta-feira foi de relativo alívio para o mercado em meio à fala dos EUA de que um acordo com a China está “90% fechado” e com as falas de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) de que já há votos para aprovar a Previdência.
Mas o grande destaque entre as ações ficou para o setor financeiro, com os papéis dos principais bancos como Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) fechando em alta após mudanças do Banco Central nos requerimentos de capital para risco de mercado. O Banco Central ajustou, por meio de circular, as regras prudenciais das instituições financeiras para o risco de variação das taxas de juros. As mudanças, informou o BC por meio de nota, estão em linha com as recomendações internacionais do Comitê de Basileia.
O impacto estimado pelo BC é de redução de R$ 2,4 bilhões no capital requerido das instituições, “o que corresponde a um aumento de 10 basis points do Índice de Basileia dos bancos do Sistema Financeiro Nacional”. Para o Safra, as medidas do BC são positivas para os bancos, especialmente o BB diante de exposição mais elevada do seu portfólio ao setor do agronegócio. “A medida faz com que juros fiquem mais baratos para quem toma o empréstimo e banco tem mais espaço para fazer financiamento”, destacou José Costa Gonçalves, administrador de carteiras da Codepe, para a Bloomberg.
Já a Petrobras (PETR3;PETR4) viu seus papéis fechando com sinais diferentes apesar do petróleo, que subiu cerca de 2% com o estoque da commodity nos EUA apresentando queda bem mais forte do que a esperada. A Braskem, que chegou a cair quase 3% na mínima do dia com bloqueio cautelar de R$ 3,7 bilhões pela Justiça, registrou leves ganhos.
As ações de Vale (VALE3) e siderúrgicas, com destaque para a CSN (CSNA3) também subiram à espera de um acordo entre China e EUA, mas a alta foi tímida, com o mercado à espera do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping no G20. Confira mais destaques:
Braskem (BRKM5)
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas deferiu pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública, determinando bloqueio cautelar de aproximadamente R$ 3,7 bilhões em contas bancárias da empresa, disse a Braskem em comunicado. A decisão tem objetivo de garantir eventuais indenizações à população afetada pelo fenômeno geológico ocorrido em bairros próximos à área de extração de salgema em Maceió. A Braskem diz que tomará as medidas pertinentes nos prazos legais aplicáveis.
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Petrobras (PETR3;PETR4) e BR Distribuidora (BRDT3)
A Petrobras vai realizar uma nova rodada de ofertas para definir a venda dos polos de Enchova e Pampo, localizados na Bacia de Campos. Segundo a estatal, o objetivo é esclarecer algumas regras do processo, “assegurando a isonomia, transparência e competitividade do processo de desinvestimento”.
No último dia 13, a Petrobras informou ao mercado que recebeu propostas finais para os polos. Os ativos já haviam sido postos à venda no ano passado, quando despertou o interesse da petroleira Ouro Preto, apoiada pela gigante de private equity EIG Global Energy Partners. O negócio não foi para frente depois que as empresas reduziram a oferta, diante da queda do preço do petróleo, em uma segunda etapa da venda.
As novas ofertas recebidas superam US$ 1 bilhão, segundo informou a estatal em um comunicado, montante próximo ao que foi oferecido pela Ouro Preto e EIG em 2018. Desta vez, a candidata principal seria a Trident Energy, com sede em Londres, segundo fontes do setor ouvidas pelo Broadcast.
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Em relação à oferta secundária de ações da Petrobras, pertencentes à Caixa, o preço dos papéis da petroleira ficaram cotados a R$ 30,25 – representando um desconto em relação à cotação de ontem (R$ 30,70), mas superior ao do dia do lançamento da oferta (R$ 29,85). No total, a Caixa vai arrecadar cerca de R$ 7,3 bilhões pela venda das 241,3 milhões de ações ordinárias da Petrobras.
Já sobre a venda de ações da BR Distribuidora, a expectativa é de que a oferta seja precificada até o dia 24 de julho, diz o Valor.
A Petrobras ainda informou o início da fase não vinculante referente à venda da totalidade de sua participação de 93,7% na empresa Breitener Energética S.A., localizada no estado do Amazonas. “Os potenciais investidores habilitados para essa fase receberão instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes”, destacou a empresa.
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Saraiva (SLED4)
O jornal Valor Econômico destaca que a rede Saraiva passou a negociar novos termos no seu processo de recuperação judicial, que já foi reprovado duas vezes por credores. Segundo a publicação, fornecedores estudam reduzir o pagamento das dívidas e alterar o modelo de quitação dos débitos.
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Eletrobras (ELET3;ELET6) e Copel (CPLE6)
A Eletrobras concluiu a transferência da totalidade das ações que detinha da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Uirapuru Transmissora de Energia para a Copel Geração e Transmissão, correspondente a 75% do capital social total. Pela venda, a Eletrobras recebeu o valor de aproximadamente R$ 100 milhões, já corrigido até 25 de junho de 2019.
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A venda foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), em 15 de abril de 2019, conforme decisão publicada no Diário Oficial da União em 17 de abril de 2019. A operação acima representa uma das iniciativas vinculadas ao Plano Diretor de Negócios e Gestão 2019/2023, divulgado ao mercado por meio de Fato Relevante em 27 de dezembro de 2018, destaca a Eletrobras.
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enviará projeto à Assembleia Legislativa para retirar a exigência de referendo popular para a privatização de estatais, o que pode afetar Cemig e Copasa.
Bradesco (BBDC3;BBDC4)
O Banco Bradesco deliberou renovar o programa de aquisição de ações de própria emissão para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social. Dessa forma, vai adquirir no período de 27 de junho de 2019 a 27 de dezembro de 2020 até 15.000.000 de ações, “sendo até 7.500.000 ordinárias e até 7.500.000 preferenciais”.
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Linx (LINX3)
A Linx comunicou em nota nesta quarta-feira (26) a precificação de suas ações da oferta global a ser realizada nos próximos meses. O preço da oferta foi de R$ 36,00 por ação ordinária e de US$ 9,40 por ADR, com uma oferta de 32.744.601 ativos da companhia.
A empresa também concedeu aos coordenadores da oferta a opção de adquirir até 4,4 milhões de ações adicionais em até 30 dias. As ações serão negociadas na B3 sob o código LINX3; ADSs serão negociadas a partir de 26 de julho na NYSE sob o código LINX. Goldman Sachs, Morgan Stanley, Jefferies, BofA Merrill Lynch e Itaú BBA são os coordenadores globais na oferta internacional.
Itaú (ITUB4)
O Itaú vendeu sua unidade de seguros de vida no Chile, segundo o Valor, citando reportagem do jornal Diário Financiero. Sem citar valores, a venda teria sido realizada a um diversificado grupo de empresários chilenos.
Aliansce (ALSC3) e Sonae Sierra (SSBR3)
As empresas administradoras de shoppings centers Aliansce e Sonae Sierra Brasil informaram ontem que foram aprovadas por seus acionistas a combinação dos negócios das companhias, por meio da incorporação da Aliansce pela Sonae Sierra, como combinado na negociação celebrada em 06 de junho.
A incorporação ainda está condicionada à obtenção da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), “bem como à satisfação (ou renúncia, conforme o caso) de outras determinadas condições suspensivas usuais para operações deste tipo”.
Ser (SEER3)
A Ser Educacional vendeu à Ocktus Participações – sociedade controlada pelo principal acionista da Ser – uma Aeronave Phenom 300, adquirida pela empresa de educação mediante a contratação de financiamento bancário junto a uma instituição financeira.
O valor da venda é de R$ 24,901 milhões e será pago a partir de um sinal de R$ 14,000 milhões, a ser pago até o dia 28 de junho de 2019; enquanto o saldo restante de R$ 10,901 milhões será pago, acrescidos de juros, multas e encargos financeiros, em 67 parcelas.
Telebras (TELB3), Oi (OIBR4), Vivo (VIVT4) e TIM (TIMP3)
A Telebras informou que a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao Recurso Especial nº 1052854/DF, interposto pela Oi S/A em que pretendia responsabilizar a Telebras pelo passivo decorrente dos contratos de participação acionária celebrados pelas empresas operadoras responsáveis pela prestação do serviço de telefonia fixo, arrematadas com a desestatização do Sistema Telebras mediante prévio procedimento de cisão parcial.
“O acórdão ainda será publicado. Dessa forma, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça definiu que não cabe à Telebras a responsabilidade pelo passivo proveniente de demandas que versavam sobre complementação de ações dos extintos contratos do Plano de Expansão – PEX, negando qualquer direito de regresso da atual Oi S/A (sucessora da Brasil Telecom Participações S/A e Brasil Telecom S/A) em face da Telebras”, destacou a Telebras em comunicado ao mercado.
Já em relatório a clientes, os analistas do Bradesco BBI destacaram que as adições líquidas de pós-pagos no Brasil caíram 11% em maio, mas com uma melhora frente a baixa apresentada no início do ano.
“A Claro aumentou sua liderança em adições líquidas de pós-pago (ex-M2M), com participação de 42% em maio, seguida por Vivo (29%), Oi (23%) e TIM (-3%)”, destacaram os analistas, acrescentando que a Vivo apresentou “alguma melhora”, a Oi “permanece sólida” e a TIM “continua atrasada”.
O Bradesco tem recomendação de “outperform” para a TIM, com preço-alvo de R$ 15,00, e Oi, com preço-alvo de R$ 2,10. Já a recomendação para Vivo é neutra, com preço-alvo de R$ 53,00.
BR Malls (BRML3)
A BR Malls informou que a Atmos Capital atingiu uma participação de 40.698.178 ações da companhia, passando a deter 4,66% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia.
WEG (WEGE3)
A WEG vai pagar juros sobre capital próprio no valor total de R$ 89,942 milhões, correspondente a R$ 0,04288 por ação, aos titulares de ações em 28 de junho. A partir de 1º de julho em diante, as ações serão negociadas “ex-JCP”, com pagamento a ser realizado em 14 de agosto, pelo valor líquido de R$ 0,03645 por ação.
IRB (IRBR3)
O Conselho de Administração da resseguradora IRB reelegeu José Carlos Cardoso ao cargo de Diretor-Presidente; e Fernando Passos, como diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores e “Deputy CEO” da companhia, além de diretor geral da subsidiária IRB Asset Management. Lucia Maria da Silva Valle foi eleita ao cargo de diretora vice-presidente de riscos e compliance. Os mandatos serão de um ano, a partir de 2 de julho de 2019.
(Agência Estado)