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SÃO PAULO – Em uma sessão de maior otimismo no exterior à espera de um acordo pelo pacote de estímulos nos EUA e com os investidores repercutindo as expectativas para os resultados do terceiro trimestre, os bancos registraram ganhos expressivos.
Santander Brasil (SANB11, R$ 31,69, +2,42%), Bradesco (BBDC3, R$ 19,59, +3,71%; BBDC4, R$ 21,50, +4,32%), Itaú (ITUB4, R$ 24,29, +3,98%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,01, +4,61%) subiram mais forte. Entre o final de outubro e o começo de novembro, os grandes bancos divulgarão resultado, com expectativa de recuperação dos números.
“Esperamos um bom trimestre para os bancos. Nossa expectativa é de lucros ainda inferiores ao mesmo período do ano passado, mas apresentando aumento sequencial para todos os bancos sob nossa cobertura. (…) Acreditamos que Santander, Bradesco e Banrisul apresentem bons resultados, enquanto Banco do Brasil e Itaú ainda apresentem resultados mais tímidos”, avaliam os analistas da XP Investimentos.
A Vale (VALE3, R$ 61,84, -0,18%) fechou com leve queda, acompanhando o desempenho do minério de ferro. A companhia, divulgou salto na produção de minério de ferro no terceiro trimestre de 2020. Foram 88,7 milhões de toneladas, alta de 31,2% na comparação com o segundo trimestre, informou a empresa na segunda-feira (19). Houve queda nas vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas alta de mais de 20% em relação ao segundo trimestre de 2020.
Ainda no radar do setor, a CSN (CSNA3, R$ 20,68, +5,19%) informou que pediu o registro para a oferta inicial de ações da subsidiária CSN Mineração. As ações, após uma abertura tímida, passaram a subir forte.
A Petrobras (PETR3, R$ 20,18, +3,43%; PETR4, R$ 20,18, +3,38%) também viu as suas ações subirem seguindo o ânimo internacional. Os contratos futuros do brent e do WTI caíam mais cedo em meio à preocupação com a segunda onda de coronavírus na Europa e o impacto na demanda por combustíveis, mas viraram para ganhos de mais de 1% também em meio ao maior ânimo com a possibilidade de um pacote de estímulos.
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Nesta terça, após o fechamento do mercado, a Petrobras divulgará relatório de produção. A previsão da Bloomberg Intelligence vê que a estatal foi rápida em retomar a produção de petróleo em águas profundas no segundo trimestre, mas os ganhos de volume serão limitados entre julho e setembro, fazendo-a depender da venda de ativos para mitigar o aumento da dívida.
A estatal ainda informou nesta terça-feira que fez recompra de cerca de US$ 2 bilhões em títulos com vencimento em 2030 a 5,093%.
A ação da Braskem (BRKM5, R$ 23,25, +2,92%) subiu forte após o Santander elevar a recomendação para o ativo de manutenção para compra, com novo preço-alvo de R$ 28 para o fim de 2021 (potencial de alta de 23,9% frente o último fechamento).
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Fora do índice, mais uma vez, as ações das “empresas X” MMX (MMXM3, R$ 6,29, -48,02%) e OSX (OSXB3, R$ 8,39, -30,08%) caíram forte. Veja mais sobre as razões para a forte volatilidade dos papéis clicando aqui.
Confira os destaques:
Petrobras (PETR3, R$ 20,18, +3,43%; PETR4, R$ 20,18, +3,38%)
A Petrobras informou nesta terça-feira que fez recompra de cerca de US$ 2 bilhões em títulos com vencimento em 2030 a 5,093%.
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O limite da operação era de US$ 2 bilhões e a Petrobras afirmou que a demanda dos investidores superou este montante.
O pagamento aos investidores que tiveram seus títulos entregues e aceitos para recompra ocorrerá no em 22 de outubro de 2020, informou a companhia em comunicado ao mercado.
CSN (CSNA3, R$ 20,68, +5,19%)
A CSN informou na segunda-feira que pediu o registro para realizar a oferta inicial de ações da sua subsidiária CSN Mineração, a ser coordenada por 11 instituições financeiras, incluindo Morgan Stanley, XP, Bank of America, Bradesco BBI, BTG Pactual, UBS-BB, Caixa, Citi, Banco Fibra, Safra e Santander.
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A proposta foi aprovada em assembleia geral extraordinária de acionistas e na reunião do conselho de administração da CSN Mineração. A participação da própria CSN como vendedora na oferta está sendo avaliada.
Na semana passada, a CSN havia apresentado lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, e Ebitda recorde, de R$ 3,5 bilhões. No mesmo período de 2019, havia tido prejuízo de R$ 871 milhões.
CVC (CVCB3, R$ 15,52, -0,32%)
A CVC Corp, maior grupo do setor de viagens da América Latina, divulgou seu balanço do segundo trimestre na madrugada de segunda-feira, indicando queda nos resultados, impactados pela pandemia.
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A empresa afirmou que, de abril a junho, as reservas confirmadas caíram 94,7% em relação ao mesmo período de 2019, considerando as operações na Argentina. As vendas foram de R$ 252,2 milhões. Considerando apenas as operações brasileiras, a queda foram de 95,5%. Neste caso, as vendas foram de R$ 176,5 milhões.
Assim, a receita líquida foi de R$ 3 milhões no segundo trimestre, queda de 99,4% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa destacou, no entanto, sua “sólida posição de caixa”, de R$ 1,1 bilhão em 30 de junho, e de R$ 1,6 bilhão em 15 de outubro de 2020, em valores não auditados. A empresa afirmou que os resultados do terceiro trimestre dão sinais de melhora.
A companhia teve prejuízo líquido de R$ 252,1 milhões no segundo trimestre, comparado a lucro líquido de R$ 30,5 milhões no mesmo intervalo de 2019, com valores atribuíveis aos controladores.
“O tempo está fechado para viagens (e para CVC). O resultado da CVC, conforme já esperado, foi desastroso, mas algumas linhas chamaram a atenção. Primeiramente a operação na Argentina, que além de apresentar uma recuperação bem mais lenta, registrou receita líquida negativa neste trimestre. A queda nas comissões como um todo foi acima do esperado, com a CVC tendo dificuldade em reverter as suas poucas vendas em receita. Sobre os dados prévios do terceiro trimestre, avaliamos que a recuperação das vendas está abaixo do esperado e uma recuperação mais contundente deve ficar para o próximo ano”, avaliam os analistas da Levante Ideias de Investimentos.
Braskem (BRKM5, R$ 23,25, +2,92%)
O Santander elevou a recomendação para o ativo da Braskem de manutenção para compra, com novo preço-alvo de R$ 28 para o fim de 2021 (potencial de alta de 23,9% frente o último fechamento).
De acordo com os analistas, a ação ainda não precifica os seguintes ventos favoráveis de curto prazo, o que poderia levar a resultados acima do consenso, com spreads maiores, devido a custos mais baixos da nafta, preços sólidos e uma melhora de volume.
Vale (VALE3, R$ 61,84, -0,18%)
A produção de minério de ferro da Vale atingiu 88,7 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2020, alta de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta segunda-feira. A alta foi de 31,2% na comparação com o segundo trimestre, informou a empresa na segunda-feira (19).
Mas as vendas tiveram queda de 11,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2019, para 65,77 milhões de toneladas. Em comparação com segundo trimestre de 2020, houve alta de 20,4%.
Houve recorde trimestral de 56,9 milhões de toneladas no Sistema Norte, mesmo com o impacto da pandemia de covid. Nos primeiros nove meses de 2020, a Vale produziu 215,9 milhões de toneladas, queda de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Bradesco BBI disse avaliar que os resultados estão dentro do esperado, mesmo com a desaceleração nas vendas, e que os planos para 2021 parecem estar a caminho de se concretizar. Para o banco, a empresa pode produzir 310 milhões de toneladas de minério de ferro em 2020. O Bradesco manteve a nota de outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 18.
O Morgan Stanley disse que espera que a produção continue a aumentar no quarto trimestre, com a volta das operações de Serra Leste.
O Credit Suisse manteve a avaliação da Vale em outperform, e afirmou que as ações da Vale estão ficando “atraentes demais para os investidores ignorarem”, com perspectiva de reavaliação das estimativas para as ações.
O Itaú BBA avaliou os números como “levemente negativos” devido às vendas decepcionantes. Mas manteve a avaliação das ações em outperform.
Grupo Big
O varejista Grupo Big também informou na segunda-feira à noite que pediu registro para realizar sua oferta inicial de ações. O grupo é o terceiro maior varejista do país, e tem planos de captar recursos para expandir e reformar lojas e investir em tecnologia da informação. A empresa é dona de marcas como Sam’s Club, Superbompreço, Maxxi Atacado e Mercadorama.
A operação deve ser conduzida por Itaú BBA, Bank of America, BTG Pactual, Credit Suisse, Bradesco BBI e JPMorgan.
3R Petroleum
A 3R Petroleum pretende levantar R$ 800 milhões em oferta pública inicial de ações. O objetivo é se consolidar no segmento de exploração de campos maduros de petróleo e gás em terra e em águas rasas. Segundo o site da Exame, o objetivo é fixar o preço em entre R$ 24 e R$ 31,50 até 9 de novembro.
C&A (CEAB3, R$ 13,25, -3,50%)
Em meio a informações de que seus controladores pretendiam vender a operação no Brasil, o grupo C&A afirmou que não há nenhum processo neste sentido. E que a C&A continua apoiando suas operações brasileiras.
O jornal Valor havia publicado que a família Brennikmeijer, controladora da varejista, que tem sede na Holanda, considera vender sua posição na operação brasileira . O movimento faria parte de um plano de concentrar seus negócios na Europa. A família é dona de 65% da C&A no Brasil, que é listada na Bolsa desde 2019. Os Brennikmeijer se desfizeram neste ano de operações na China e no México.
Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 20,70, +1,52%)
O conselho do Carrefour Brasil elegeu Guillaume Marie Max Philippe de Braquilanges, que tem nacionalidade francsa, como novo CFO, informou a empresa na segunda-feira. O executivo trabalha há mais de 15 anos no Grupo Carrefour, tendo experiência de chefia na área de finanças em Turquia, Colômbia, Itália e Taiwan.
Banrisul (BRSR6, R$ 12,59, +4,05%)
O Banrisul (Banco Estado do Rio Grande do Sul) (BRSR6) anunciou na segunda-feira que 903 empregados aderiram ao seu PDV (plano de desligamento voluntário). Em setembro, a empresa informara que havia negociado com o sindicato um PDV com até 1.500 funcionários.
brMalls (BRML3, R$ 9,46, +1,50%) e Ancar Ivanhoe
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal Valor destacou que união parcial que vem sendo negociada entre BR Malls e Ancar Ivanhoe levaria à criação da maior operadora de shoppings do Brasil, com 55 empreendimentos.
Na véspera, a brMalls comunicou na segunda-feira que realizou com a plataforma de shopping centers Ancar estudos preliminares sobre a pertinência da combinação parcial de seus portfólios.
“Caso haja continuidade dos estudos preliminares e eventual celebração de obrigações vinculantes, a brMalls comunicará os investidores e ao mercado em geral”, afirmou em documento disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Embraer (EMBR3, R$ 6,59, +2,97%)
A Embraer informou na manhã de terça que entregou 28 jatos no terceiro trimestre de 2020. Destes, sete são comerciais e 21 executivos. Destes, 19 são leves e dois, grandes. Em 30 de setembro, a carteira de pedidos firmes a entregar era de US$ 15,1 bilhões.
Assim, a Embraer Aviação Executiva tem 250 jatos em operação na América Latina.
Ecorodovias (ECOR3, R$ 11,71, +0,95%)
A Ecorodovias Infraestrutura e Logística S.A. (ECOR3) informou na manhã de terça-feira queda no volume de tráfego consolidados para o período de 16 de março a 18 de outubro de 2020. Houve queda de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O único aumento foi na Ecovia Caminho do Mar, de 9,4% no período.
Distribuição de combustível
O Credit Suisse publicou na terça-feira de manhã avaliações sobre o setor de combustível no Brasil. O banco diz esperar bons resultados para o terceiro trimestre de 2020.
O banco espera uma margem Ebitda de R$ 96/m³ no terceiro trimestre para a BR Distribuidora, frente R$ 62/m³ no segundo trimestre de 2020. A empresa é top pick do Credit Suisse para o setor.
O Credit Suisse diz esperar um ebitda consolidado de R$ 1,6 bilhão para a Cosan no terceiro trimestre, alta de 1% frente ao mesmo período do ano anterior e de 208% frente o segundo trimestre.
E que o braço do grupo Cosan, Raizen Combustíveis, entregue uma margem de Ebitda de R$ 94/m³ no terceiro trimestre, frente R$ 13/m³
no segundo trimestre. Para 2021, espera margens de R$ 110/m³, abaixo das expectativas do mercado.
O Credit Suisse estimou Ebitda consolidado de R$ 891 milhões para a Ultrapar no terceiro trimestre, queda de 6% frente o mesmo período do ano anterior, e alta de 58% frente o segundo trimestre. A subsidiária Ipiranga deve ter margem Ebitda de R$ 94/m³, frente R$ 36/m³ no segundo trimestre. Outros negócios da Ultrapar devem entregar bons resultados, afirma o banco. Dentre eles, Ultragaz, Oxiteno e Ultracargo.
(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)
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