Ação da WEG salta 8% entre balanço e dividendos; Bradesco e Itaú sobem forte, Santander avança 1% e Vale tem alta de 2,7%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (28)

Lara Rizério

Fábrica da Weg (Divulgação)
Fábrica da Weg (Divulgação)

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SÃO PAULO – A sessão foi de fortes ganhos para a maior parte das ações que compõem o Ibovespa, com destaque para companhias que divulgaram o resultado do segundo trimestre.

No índice, atenção para as ações da WEG (WEGE3, R$ 37,20, +8,17%), que avançaram mais de 8% repercutindo um balanço considerado positivo e mais do que dobrando o lucro, além de também ter anunciado distribuição de dividendos (confira a análise clicando aqui).

O Santander Brasil (SANB11, R$ 41,63, +1,04%), por sua vez, teve uma sessão de volatilidade, chegando a subir quase 2% e a cair 2,3%. O banco registrou lucro gerencial no segundo trimestre de R$ 4,171 bilhões, o maior nível da história da instituição, e com alta de 5,4% na variação trimestral e de 98,4% na comparação anual, ficando também 5,7% acima do esperado pelo consenso Bloomberg.

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Porém, além de haver questionamentos sobre a capacidade da companhia de manter os lucros, a notícia de que o CEO Sérgio Rial deixará a presidência do banco e irá para o Conselho de Administração ajudou a amenizar o ânimo com o balanço. Confira a análise clicando aqui.  

As units SANB11 registraram ganhos na reta final do pregão, mas a alta foi bem menos expressiva do que a de bancos como Itaú (ITUB4, R$ 30,79, +3,25%) e Bradesco (BBDC3, R$ 21,29, +1,91%; BBDC4, R$ 24,91, +2,34%). No radar do setor, o Banco Central apresentou a nota de crédito de junho. Com alta de 16,3% ante mesmo mês de 2020, o estoque de operações de crédito atingiu R$ 4,214 trilhões em junho, valor também 0,9% maior que o registrado em maio deste ano.

Por outro lado, Assaí (ASAI3, R$ 88,08, -1,03%) registrou queda de cerca de 1% e Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 19,54, -1,31%) teve baixa de mais de 1% após os resultados, mesmo com o Assaí tendo números considerados fortes no segundo trimestre. Vale ressaltar, contudo, que os papéis ASAI3 tiveram forte alta desde a cisão com o Pão de Açúcar (PCAR3).

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Já as ações da Vale (VALE3, R$ 117,30, +2,73%) avançaram quase 3% antes do balanço, que será divulgado nesta quarta após o fechamento. Analistas esperam resultados recordes da Vale no 2º trimestre na esteira da valorização do minério.

Na ponta negativa, ficaram as ações da Natura (NTCO3, R$ 55,00, -6,38%), com queda de cerca de 6%, ainda que as perspectivas de resultados, a serem divulgados no próximo dia 12, sejam positivas.

Em prévia sobre o balanço, o BBI apontou que espera ver uma receita forte (alta de 29% em base anual) sobre uma base de comparação fácil, mas alguma pressão sobre as margens conforme o investimento aumenta contra uma base que foi inflada por subsídios salariais, cancelamentos de aluguel e congelamento de custos.

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Na Avon Brasil, espera alguma pressão sobre a receita à medida que o novo modelo comercial ainda acelera, compensado em certa medida pelo forte crescimento na América Latina. “Esperamos também um forte crescimento da Natura na América Latina e a manutenção de sólidas tendências de crescimento no Brasil”, apontam os analistas, que reforçaram recomendação de compra e destacaram continuarem otimistas, embora pensem que os próximos resultados provavelmente não atuarão como um direcionador para a ação.

Enquanto isso, fora do índice as ações da OceanPact (OPCT3, R$ 4,90, +5,38%) subiram mais de 5% após derrocada de 35,4% nas duas últimas sessões. Veja mais aqui.

Confira os destaques:

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TC (TRAD3, R$ 12,60, +32,63%) e Armac (ARML3, R$ 22,18, +33,37%)

As ações de TC tiveram seu primeiro pregão nesta quarta após a ação ser precificada a R$ 9,50 em oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). O ticker de negociação da empresa de serviços para traders é TRAD3.

Outra ação que estreou nesta quarta é a Armac, com precificação a R$ 16,63 e captando R$ 1,5 bilhão na operação. A empresa de locação de equipamentos mecânicos negocia na B3 com o ticker ARML3.

Oi (OIBR3, R$ 1,22, +0,83%; OIBR4, R$ 1,91, +1,06%)

A Oi, em recuperação judicial, precificou oferta no mercado internacional de títulos de dívida (sênior notes) emitidas pela Oi Móvel no valor total de US$ 880 milhões (por volta de R$ 4,549 bilhões na cotação atual).

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Eles terão vencimento em julho de 2026 e juros remuneratórios semestrais de 8,75% ao ano.

De acordo com a companhia, os recursos líquidos obtidos com a emissão serão utilizados para o pagamento das debêntures da primeira emissão da Oi Móvel, com vencimento em janeiro de 2022 e valor principal de R$ 2,5 bilhões e o restante para fins corporativos gerais.

Santander Brasil (SANB11, R$ 41,63, +1,04%)

Na temporada de resultados, o Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 98,4% frente igual período do ano anterior e avanço de 5,4% ante o trimestre imediatamente antecedente.

O banco ainda anunciou na véspera que Mario Roberto Opice Leão será o presidente-executivo do banco a partir de janeiro de 2022, em uma ampla reformulação do comando da franquia do grupo espanhol que também levará o atual CEO, Sergio Rial, para a presidência do conselho de administração. Leão, que completou 46 anos na semana passada, passou por várias instituições financeiras, incluindo Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley, antes de chegar ao Santander, onde está desde outubro de 2015, sendo mais recentemente vice-presidente responsável pela unidade de atacado.

Para o Bradesco BBI, o Santander Brasil apresentou um bom conjunto de resultados no trimestre, mostrando tendências positivas no crescimento do crédito, com melhor mix e evolução positiva da receita líquida de juros com clientes, e nas receitas de tarifas, refletindo a melhor atividade econômica. “Entretanto, notamos que as provisões aumentaram no trimestre, enquanto o índice de cobertura diminuiu para 263%, embora a taxa de inadimplência se mantenha relativamente sob controle”, apontam os analistas.

O Morgan Stanley avaliou os resultados do Santander como fortes, ressaltando a alta do lucro, 10% acima de sua estimativa de R$ 3,798 bilhões. O banco diz que os resultados são sólidos e refletem uma boa execução da gestão. Por outro lado, avalia que a saída do atual CEO pode reduzir o entusiasmo com os papéis. O Morgan Stanley reiterou sua avaliação overweight (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para o Santander, com preço-alvo de US$ 10, frente à cotação de US$ 7,88 na Bolsa de Nova York.

O Bradesco BBI também comentou a notícia de que Sérgio Rial deve assumir como presidente do conselho diretor do Santander, e de que Álvaro de Souza deixará o cargo, mas permanecerá, assim como Rial, como conselheiro independente do Grupo Santander na Espanha.

O banco diz que a notícia já era esperada pelo mercado, mas diz que o timing pode ter sido uma surpresa. O Bradesco ressalta que Sérgio Rial teve um papel importante na retomada do desempenho do banco, e que sua presença na junta diretora pode ser um sinal de que a estratégia deve continuar. O BBI diz que, durante o mandato de Rial, o Santander Brasil se tornou o subsidiário mais importante do Grupo Santander. Considerando a relevância de Rial para o banco, avalia que Leão terá um grande desafio à frente para manter a cultura desenvolvida nos últimos seis anos, e para manter o atual patamar de retorno sobre o patrimônio líquido, elevado nos últimos anos para entre 20% e 21%, frente ao patamar de entre 12% e 13% de 2016. Também será necessário competir com outros grandes bancos e com fintechs.

O Bradesco BBI mantém avaliação neutra sobre o Santander, e preço-alvo de R$ 47 para os papéis SANB11, negociados na terça por R$ 41,2.

Assaí (ASAI3, R$ 88,08, -1,03%)

A rede de atacarejo Assaí teve alta de 62% no lucro líquido do segundo trimestre ante mesmo período de 2020, para R$ 305 milhões, informou a companhia na terça-feira.

O Ebitda ajustado foi de R$ 793 milhões, crescimento de 33% na comparação anual. A companhia, controlada pelo francês Casino, inaugurou no trimestre três lojas, ampliando a base total no país para 187 unidades.

A receita do Assaí, por sua vez, chegou a R$ 10,049 bilhões, o que representa 22,2% de crescimento na base anual de comparação.

O Itaú BBA afirma que os dados divulgados pelo Assaí superam suas estimativas, que já eram otimistas. O banco ressalta que as vendas em mesmas lojas subiram 9,2%, apesar de um patamar difícil de comparação, e a abertura de 19 novas lojas em 12 meses levaram a uma alta de 22% na receita líquida em um ano. A margem bruta chegou a 16,8%, alta de 0,6 ponto percentual na comparação anual, por conta de uma participação maior dos consumidores finais nas rendas totais, e por uma boa performance nas novas lojas. E a margem Ebitda ficou em 7,5%, alta de 0,3 ponto percentual em um ano, levando a uma receita líquida maior do que o esperado, de R$ 264 milhões.

Assim, o Itaú mantém avaliação outperform para o Assaí, e preço-alvo para 2021 em R$ 100, frente à cotação de R$ 89 de terça.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 19,54, -1,31%)

O grupo Carrefour Brasil teve queda de 16,8% no lucro líquido do segundo trimestre ante mesmo período de 2020, a R$ 592 milhões. A companhia, que também é dona da bandeira de atacarejo Atacadão, teve Ebitda ajustado de R$ 1,37 bilhão no período, recuo ano a ano de 3,6%.

As vendas mesmas lojas consolidadas do grupo subiram 3,4%, excluindo combustíveis e efeito calendários. O efeito foi produzido por crescimento de 10,2% nas vendas mesmas lojas do Atacadão e retração de 11,4% na bandeira Carrefour.

CSN (CSNA3, R$ 45,57, -2,79%)

A CSN teve um lucro líquido de R$ 5,5 bilhões no 2º trimestre de 2021, baixa de 3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, mas com avanço de 1.136,3% na comparação com igual período de 2020.

O lucro atribuído aos controladores foi de R$ 4,96 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que representa alta de 1.338,6% frente igual período de 2020.

O Ebitda ajustado, que soma ao resultado depreciação, amortização, tributos, participação em investimentos e efeitos extraordinários, além da participação proporcional das controladas MRS Logística e CBSI, teve alta de 324,6%, para R$ 8,174 bilhões.

CSN Mineração (CMIN3, R$ 9,11, -0,65%)

A CSN Mineração registrou resultados recordes no segundo trimestre de 2021, com Ebitda de R$ 4,96 bilhões, 2% acima da estimativa do BBI de R$ 4,87 bilhões, alta de 35% em relação ao trimestre anterior e alta de 256% em base anual.

Os principais destaques no trimestre foram: (i) As vendas de minério de ferro alcançaram 9,1 milhões de toneladas (em linha com o estimado pelo BBI), alta de 11% no trimestre e + 18% em base anual; (ii) a realização de preço veio 2% mais forte versus estimado pelo BBI e alta de 26% em relação ao trimestre anterior; (iii) desempenho de custos em linha, embora ainda em alta no trimestre, impactado por maiores taxas de frete, custos de aquisição de terceiros e despesas portuárias; (iv) despesas com vendas, gerais e administrativas/tonelada acima do esperado; (v) Geração de fluxo de caixa livre forte, em cerca de R$ 2,9 bilhões, com dívida líquida/Ebitda abaixo de 0,4 vez.

A CMIN anunciou dividendos de R$ 1,8 bilhão relativos ao primeiro semestre de 2021, implicando em um payout ratio de 38%, abaixo da expectativa de payout de 80% do banco.

Os analistas mantêm recomendação de compra para CSN Mineração (preço-alvo de R$ 14,00).

Unidas (LCAM3, R$ 28,88, -0,99%)

A Unidas registrou um lucro líquido recorrente de R$ 241,2 milhões no segundo trimestre de 2021, ante R$ 1,7 milhão no mesmo período do ano passado, informou a companhia em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na terça-feira, 27.

Já o Ebitda recorrente alcançou R$ 557,2 milhões de abril a junho, alta de 167,1% na comparação com igual período do ano anterior. A margem Ebitda foi de 75,4% no segundo trimestre, avanço de 32 pontos porcentuais ante o mesmo período de 2020.

A receita líquida consolidada da companhia atingiu R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, alta de 74,7% ante igual intervalo de 2020.

“A receita líquida consolidada da companhia apresentou crescimento robusto no segundo trimestre, sustentada pela forte expansão da receita de todos os segmentos de negócio. Vale destacar o desempenho de locação, que quebrou recorde neste trimestre”, disse a Unidas em relatório, acrescentando que o negócio de locação “foi impulsionado pela força e resiliência da operação de terceirização de frotas e pela rápida retomada em aluguel de carros.”

Telefônica Brasil (VIVT3, R$ 41,44, +1,59%)

A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, lucrou R$ 1,345 bilhão no segundo trimestre de 2021, crescimento de 20,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ebitda recorrente da empresa totalizou R$ 4,226 bilhões, valor 3% acima do registrado no segundo trimestre de 2020. A receita da Telefônica, por sua vez, chegou a R$ 10,649 bilhões, o que representa 3,2% de crescimento na base anual de comparação.

Segundo a administração, a base de clientes totalizou 97 milhões de acessos, cinco milhões a mais do que no segundo trimestre de 2020. No negócio de fibra óptica, a companhia chegou a 77 cidades, adicionando 4,3 milhões de casas passadas.

“Ao final do trimestre, somamos 17,3 milhões de casas passadas distribuídas em 293 cidades. Em julho de 2021, a FiBrasil, empresa de rede neutra de fibra por atacado criada em conjunto com a Tef Infra e CDPQ, iniciou sua operação com o objetivo de expandir a cobertura de fibra no Brasil. Essa capilaridade nos permite acelerar o volume de clientes conectados, aumentando a taxa de penetração da rede e, consequentemente, capturando o retorno dos investimentos”, comenta a gestão.

Em entrevista nesta quarta antes da call com analistas sobre os resultados do segundo trimestre de 2021, Christian Gebara, presidente da Telefônica Brasil, disse que espera que a aprovação da compra da Oi Móvel pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatal) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aconteça ainda no segundo semestre de 2021.

Gerbara disse que “a compra foi muito bem pensada” e que a “empresa considerou todas as limitações que poderiam existir em termos de atuação”. “Temos expectativa de que no segundo semestre deste ano a gente tenha a aprovação tanto da Anatel quanto do Cade. Estamos provendo todas as informações para que eles façam a avaliação”, disse. “É uma operação que envolve empresas grandes e, por isso, o Cade a classifica como complexa, mas sempre foi pensada com a maior distribuição competitiva possível”, completou.

O Bradesco BBI avaliou os resultados da Telefônica Brasil relativos ao segundo trimestre como em linha com o consenso do mercado. O banco acredita que o mercado vê os resultados como neutros ou levemente positivos. As receitas do segmento móvel vêm melhorando sequencialmente.

O banco mantém recomendação neutra (perspectiva de valorização dentro da média do mercado) para a Telefônica, e preço-alvo de R$ 61.

Vamos (VAMO3, R$ 71,86, +3,69%)

A Vamos, empresa de locação de caminhões e equipamentos do grupo Simpar (ex-JSL), registrou lucro recorde no segundo trimestre de 2021, de R$ 100 milhões. O valor representou uma alta de 154,8% ante igual período do ano passado.

A receita líquida também dobrou, a R$ 665,6 milhões, ante R$ 329,9 milhões registrados no segundo trimestre de 2020.

WEG (WEGE3, R$ 37,20, +8,17%)

A WEG registrou lucro líquido de R$ 1,134 bilhão no segundo trimestre de 2021, alta de 120,6% na base de comparação anual.

O resultado foi positivamente impactado pelo reconhecimento dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. O resultado financeiro de R$ 129,9 milhões e o aumento no imposto de renda auferido desses créditos, de R$ 147,5 milhões, também tiveram impacto sobre o lucro.

Sem esses efeitos, não recorrentes, o lucro líquido seria R$ 851,9 milhões, alta de 65,6% na comparação anual.

Já o Ebitda foi de R$ 1,392 bilhão, avanço de 90,2% na base anual, enquanto a receita operacional líquida teve crescimento de 41,4%, a R$ 5,748 bilhões.

A companhia também informou que pagará cerca de R$ 663 milhões em dividendos.

Camil (CAML3, R$ 9,20, +2,00%)

A Camil Alimentos informou na noite de terça-feira que a sua controlada Camilatam Ecuador fechou acordo avaliado em US$ 36,5 milhões para adquirir os ativos, direitos, marcas e contratos relacionados aos negócios de produção e processamento de arroz da Agroindustrias Dajahu.

O anúncio de aquisição de ativos incluiu a totalidade das ações de emissão da companhia Transportes Ronaljavhu no Equador.

As unidades envolvidas no acordo operam no Equador entre as líderes em marca de arroz, com “market share significativo e elevado potencial de crescimento”, destacou a Camil em fato relevante.

“A operação está alinhada com a estratégia da companhia e representa um importante passo para a expansão da Camil na América Latina em novas geografias”, acrescentou.

A empresa disse ainda que celebrou com a IFC uma carta-mandato para o financiamento de 100% da aquisição. A concessão do empréstimo está sujeita à realização de diligências e a negociação dos contratos definitivos.

Vale (VALE3, R$ 117,30, +2,73%)

O Tribunal de Recursos de Londres concordou na terça-feira em reabrir um processo de US$ 7 bilhões contra a mineradora anglo-australiana BHP pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil. O colapso da barragem de Fundão, pertencente à Samarco –joint venture entre BHP e a brasileira Vale–, matou 19 pessoas e fez com que uma enxurrada de mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos invadisse o rio Doce e atingisse o Oceano Atlântico, a mais de 650 quilômetros do local do desastre.

Um grupo formado por cerca de 200 mil reclamantes brasileiros vinha tentando ressuscitar o processo movido na Inglaterra contra a BHP desde que um tribunal inferior suspendeu a ação em novembro, alegando abuso processual, e um juiz do Tribunal de Recursos manteve a decisão.

Na terça, a Samarco informou que a Justiça de Minas Gerais a autorizou a obter um financiamento de US$ 228 milhões na modalidade DIP para suprir suas necessidades de caixa, no âmbito de sua recuperação judicial. Na decisão, o juiz condiciona a utilização do recurso para fins exclusivos da operação da Samarco e não define a origem do empréstimo, disse a empresa. A companhia havia pedido o aval da Justiça para receber o financiamento de suas donas, a brasileira Vale e a BHP, alegando que ambas as mineradoras teriam feito a melhor proposta.

Petrobras (PETR3, R$ 28,34, +1,83%; PETR4, R$ 27,71, +2,06%)

Na terça, a Petrobras informou que assinou contrato com a holandesa SBM Offshore para arrendamento e operação da plataforma do tipo FPSO Almirante Tamandaré, para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade será a sexta definitiva a entrar em operação em Búzios e a maior produtora de petróleo do litoral brasileiro, com capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.