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SÃO PAULO – Em mais um exemplo de rali de fim de ano, o Ibovespa subiu nesta quarta-feira (23) em meio às notícias de vacinas e estímulos nos EUA, que ofuscaram as preocupações com as negociações entre União Europeia e Reino Unido para um acordo comercial pós-Brexit e as críticas do presidente Donald Trump ao pacote de estímulos nos Estados Unidos.
Entre as maiores altas do dia, destaque para a PetroRio (PRIO3), a que mais subiu dentre todas do Ibovespa, fechando com valorização de 10,8%, o que garantiu um avanço de 16,53% a R$ 66,13 na semana. Na véspera, os papéis já subiram 5% após a empresa informar que assinou acordo com a Prisma Capital para converter financiamento de US$ 100 milhões em linha de longo prazo.
Também entre os ganhos mais expressivos de hoje, chamaram atenção as companhias aéreas Azul (AZUL4; +6,89% a R$ 37,70) e Gol (GOLL4; +5,32% a R$ 24,54), além da CVC (CVCB3; +2,21% a R$ 18,94). As três caíram forte nos últimos dias diante dos temores renovados de isolamento após o surgimento de uma nova variante do coronavírus no Reino Unido.
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Já o IRB Brasil (IRBR3; +0,7% a R$ 7,24) amenizou os ganhos depois de chegar a saltar 5,5%. A companhia levantou R$ 229 milhões em sua 2º emissão de debêntures, aprovada no dia 03 de novembro. No total, foram emitidas 229.193 debêntures, com prazo de seis anos contados da data de emissão, vencendo-se, portanto, em 15 de dezembro de 2026.
Segundo a empresa, o valor será utilizado para contribuir com o reenquadramento da companhia aos critérios definidos pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Virando para leve alta depois de cair durante a manhã, a Vale (VALE3; +0,48% a R$ 87,36) passou a sessão pressionada pelo exterior após os futuros do minério de ferro desabarem na China, após mudança em regras de negociações e pelas preocupações sobre uma nova variação da Covid-19, que levaram à realização de lucros após os preços do material usado na fabricação do aço terem subido para máximas em anos nesta semana.
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O minério de ferro na bolsa de Dalian encerrou o pregão do dia com queda de 5,8%, a 1.026,50 iuanes por tonelada (US$ 156,95), após chegar a recuar até 9,1%.
Entre as altas, a Braskem (BRKM5; +0,74% a R$ 23,24) amenizou os ganhos também após chegar a subir 3,5%. A companhia celebrou novos contratos de longo prazo com a Petrobras para o fornecimento de nafta petroquímica para unidade industrial em São Paulo e de etano e propano para fábrica no Rio de Janeiro.
A Eletrobras (ELET3, +1,81% a R$ 36,04; ELET6, +1,46% a R$ 36,13) também apareceu entre os ganhos após o conselho de administração da companhia Furnas, subsidiária da estatal, aprovar um acordo judicial para reaver à elétrica Light (LIGT3; +5,23% a R$ 24,12) R$ 496 milhões referentes a pagamentos indevidos recebidos em 1986.
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Fora do índice a construtora Rossi (RSID3; +7,37% a R$ 6,99) amenizou a alta após chegar a disparar mais de 11%, mas ainda subiu mais de 7% após aprovar uma reestruturação da dívida que possui junto ao Banco do Brasil, no valor de cerca de R$ 312 milhões.
Veja os destaques:
Braskem (BRKM5, +0,74% a R$ 23,24), Petrobras (PETR3, +2,16% a R$ 28,44; PETR4, +2,46% a R$ 27,95) e Copel (CPLE6, +2,61% a R$ 70,71)
A Petrobras celebrou novos contratos de longo prazo com a Braskem para o fornecimento de nafta petroquímica para unidade industrial em São Paulo e de etano e propano para fábrica no Rio de Janeiro, informou a petroleira na terça.
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Segundo a estatal, o contrato de nafta tem valor estimado de R$ 19 bilhões e entrará em vigor na quarta, com validade até o final de 2025. Ele prevê o fornecimento de até 2 milhões de toneladas da matéria-prima por ano. Já o acordo de etano e propano, estimado em R$ 7,6 bilhões, passará a valer em 1º de janeiro de 2021 e também possui vencimento no final de 2025.
Além disso, a Uega (Usina Elétrica a Gás de Araucária) firmou um acordo com a Petrobras para suprimento de gás natural de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021, informou em comunicado a Copel, detentora da unidade paranaense.
O contrato prevê o fornecimento de 2,15 milhões de metros cúbicos de combustível por dia, sem obrigatoriedade de retirada. Com isso, a Uega permanecerá disponível ao (SIN) Sistema Interligado Nacional e poderá ser despachada a critério do ONS (Operador Nacional do Sistema), afirmou a Copel.
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No noticiário da Petrobras, a empresa ainda informou nesta quarta que iniciou a divulgação de oportunidade referente à venda da totalidade de suas participações de 51% na TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil), e de 25% na TSB (Transportadora Sulbrasileira de Gás).
A TBG atua no setor de transporte de gás natural, e está presente nas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Ela é a proprietária e operadora do gasoduto Bolívia-Brasil em território brasileiro. Seu gasoduto tem extensão de 2.593 km, capacidade de transporte de até 30 milhões de metros cúbicos por dia, e um adicional de 5,2 milhões de metros cúbicos no trecho em São Paulo.
A TSB fica no Rio Grande do Sul, tem 50 km de dutos já instalados e um projeto de 565 km adicionais. Uma vez concluído, ele permitirá a conexão dos campos de produção na Argentina à região metropolitana de Porto Alegre e ao gasoduto da TBG.
A Petrobras está disponibilizando as informações sobre o negócio em um “teaser” em seu site.
Eletrobras (ELET3, +1,81% a R$ 36,04; ELET6, +1,46% a R$ 36,13) e Light (LIGT3; +5,23% a R$ 24,12)
O conselho de administração da companhia Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras, aprovou um acordo judicial para reaver à elétrica Light R$ 496 milhões referentes a pagamentos indevidos recebidos em 1986, informou a estatal na terça.
O acordo prevê que o pagamento será realizado em três parcelas, sendo uma de R$ 336 milhões até 28 de dezembro deste ano, uma de R$ 40 milhões até 5 de dezembro de 2021 e outra de R$ 120 milhões até 18 de março de 2022.
“Essa última parcela poderá ser quitada em ativos elétricos, por meio de transferência bancária, ou a combinação de ambos, a depender da avaliação financeira dos ativos elétricos a serem transferidos para a Light”, acrescentou a Light em comunicado à parte, divulgado também nesta terça.
Segundo a Eletrobras, o processo ainda não havia sido provisionado ao final do terceiro trimestre, pois Furnas chegou a obter sentença e recursos favoráveis na Justiça do Rio de Janeiro.
IRB Brasil (IRBR3, +0,7% a R$ 7,24)
O IRB levantou R$ 229 milhões em sua 2º emissão de debêntures, aprovada no dia 03 de novembro. No total, foram emitidas 229.193 debêntures, com prazo de seis anos contados da data de emissão, vencendo-se, portanto, em 15 de dezembro de 2026.
Ainda segundo a empresa, o valor será utilizado para contribuir com o reenquadramento da companhia aos critérios definidos pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Cielo (CIEL3, +1,15% R$ 3,53)
A Cielo aprovou o pagamento de R$ 151 milhões em juros sobre o capital próprio, com um valor bruto por ação de R$ 0,05595195275.
O montante será pago no dia 17 de fevereiro de 2021 com base na posição acionária de 29 de dezembro. Ou seja, os papéis passarão a negociar na forma “ex-JCPs” a partir de 30 de dezembro de 2020.
B3 (B3SA3, -0,48% a R$ 59,99)
A B3 anunciou na noite de ontem que descontinuou seu Programa Destaque em Governança de Estatais (PDGE), apenas cinco anos após ter sido criado.
A operadora de infraestrutura de mercado atribuiu a decisão à evolução do cenário legal e regulatório brasileiro e as contribuições do programa para a legislação.
O programa foi criado em 2015, na esteira de críticas ao governo federal da então presidente Dilma Rousseff por indicações para ocuparem cargos-chave em estatais pessoas consideradas sem as devidas qualificações, além de decisões dessas empresas que não respeitavam boas práticas de governança.
Só dois anos depois houve as primeiras adesões, de Petrobras e de Banco do Brasil. Os idealizadores do programa chegaram a mencionar planos de listar dezenas de estatais. Em cinco anos, seis das principais estatais brasileiras aderiram ao PDGE.
Em janeiro passado, a Petrobras anunciou que deixaria o programa, alegando que as principais regras brasileiras de governança estão endereçadas na chamada Lei das Estatais, aos quais a companhia já se submetia.
Rossi (RSID3, +7,37% a R$ 6,99)
A Rossi aprovou a reestruturação da dívida que possui junto ao Banco do Brasil (BBAS3), no valor de cerca de R$ 312 milhões, segundo fato relevante divulgado na terça.
O valor renegociado, de cerca de R$ 24 milhões, diz respeito ao contrato de financiamento de uma obra entregue, localizada na cidade do Rio de Janeiro. No caso dos contratos de dívida corporativa, que somam R$ 288 milhões, os aditamentos preveem quitação integral nos próximos 180 dias.
“Este prazo, concedido pelo banco, servirá para que a companhia realize a venda dos ativos garantidores destas dívidas e, através dos recebíveis originados nestas operações, efetue os pagamentos previstos nos aditamentos negociados entre as partes”, diz a empresa no documento.
Simpar (SIMH3, +7,97% a R$ 31,69) e Movida (MOVI3, +3,20% a R$ 19,97)
O Bradesco BBI comentou por meio de nota informações sobre uma possível fusão entre a locadora de veículos Movida, que faz parte da holding Simpar, e a concessionária de veículos novos e usados Original.
A Original controla 14 concessionárias autorizadas e unidades para locação de carros no Brasil, é 100% de propriedade da Simpar e tem vendido 10 mil veículos por ano. Na avaliação do banco, o ativo é pequeno demais para justificar uma oferta pública inicial de ações, mas poderia ser monetizado.
O Bradesco diz avaliar que uma fusão entre as duas empresas poderia ajudar a Simpar a gerar valor de R$ 2 por ação a partir das concessionárias, ou R$ 131 milhões para a Movida. E a Movida poderia gerar R$ 0,40 por ação a partir de contratos de lease vendidos por meio da Original, além de adicionar as 14 unidades da empresa.
O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a Simpar, ampliando o preço-alvo da empresa em 2021 para R$ 57, frente os R$ 35 de 2020 e os R$ 29,35 negociados na terça (21).
Papel e celulose
O Morgan Stanley comentou dados sobre o estoque total de celulose, que atingiu o suficiente para 37 dias em novembro. É um recuo de 2 dias frente outubro, e de 8 dias frente novembro de 2019. Os estoques globais continuam 3 dias superiores à média histórica.
Além disso, os estoques de madeira dura são o suficiente para 39 dias, patamar 3 dias menor do que o de outubro, e 15 dias menor do que o de novembro de 2019. Os estoques de madeira macia chegaram a 35 dias, queda de um dia frente a novembro, e alta de um dia frente outubro de 2019.
O Morgan Stanley vê uma perspectiva boa para os preços de celulose, e diz prever uma tendência sustentada de altas iniciada no quarto trimestre de 2020, impulsionada pela recuperação da economia, menos suprimentos e aumento do consumo global no segundo semestre de 2020 e no primeiro de 2021, com a retomada do trabalho nos escritórios.
Carrefour (CRFB3, +0,16% a R$ 19,22)
O Carrefour anunciou a conclusão da compra de mais duas lojas e um posto de combustível do Makro no país, por R$ 96,5 milhões, segundo fato relevante enviado ao mercado. As lojas são uma própria e uma alugada e estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Até agora, do plano anunciado em fevereiro, o Carrefour Brasil concluiu a compra de 25 lojas (sendo 18 próprias e 7 alugadas) e 10 postos de combustível da rede Makro, por R$ 1,72 bilhão.
“Resta apenas a transferência de 4 lojas próprias, 1 alugada e 4 postos de combustível para a conclusão integral da transação, o que ocorrerá tão logo sejam concluídos os processos de regularização de titularidade e de cessão do contrato de locação remanescentes”, afirmou o Carrefour Brasil.
BrasilAgro (AGRO3, -2,68% a R$ 25,00)
A BrasilAgro anunciou nesta quarta-feira que estuda a possibilidade de realização de oferta pública de ações, e divulgou também a compra de ativos na Bolívia.
A companhia disse que a oferta envolveria distribuição primária de ações e poderia contar ainda com uma parcela secundária, na qual acionistas da companhia venderiam papéis.
Em comunicado divulgado à Comissão de Valores Mobiliários, a empresa do agronegócio disse que os trabalhos preparatórios para a potencial oferta têm sido conduzidos com apoio do banco BTG Pactual e da XP Investimentos, além de assessores legais.
Em paralelo, a BrasilAgro informou que seu conselho de administração aprovou na véspera a aquisição de ativos na Bolívia controlados pela Cresud, em negócio de 30 milhões de dólares.
“A aquisição consiste em uma área total de aproximadamente 9,9 mil hectares. As propriedades estão localizadas em região núcleo da Bolívia e possuem aptidão para plantio de segunda safra”, afirmou.
“Com a aquisição, a companhia pretende dar continuidade à sua estratégia de internacionalização”, acrescentou
(Com Reuters)
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