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As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram uma sessão de queda nesta segunda-feira (8), com baixa de 2,10% para os ativos ON e de 1,65% para os PETR4 às 10h55 (horário de Brasília). Os ativos encerram o dia liderando as perdas do Ibovespa, com baixa de 1,83%, a R$ 39,64, para PETR3 e queda de 0,75% para os papéis preferenciais, cotados a R$ 38,43.
O movimento segue o petróleo, que caiu depois que a Arábia Saudita reduziu os preços de venda oficiais para todas as regiões, enfatizando uma perspectiva cada vez pior e superando a preocupação com as tensões no Mar Vermelho e as interrupções no fornecimento na Líbia. O petróleo tipo Brent, que serve de referência para petroleiras globais, como a Petrobras, caiu em direção a US$ 78 o barril e encerrou o dia com desvalorização de mais de 4%, depois de ter subido 2,2% na semana passada, com o West Texas Intermediate (WTI) se aproximando de US$ 73.
A petroleira estatal Saudi Aramco cortou o preço do seu óleo Arab Light para a Ásia em mais de US$ 2 por barril, em meio à fraqueza persistente do mercado mundial da commodity.
O petróleo está enfrentando a primeira queda anual desde 2020, com as perdas impulsionadas pelo aumento do fornecimento fora do cartel da Opep+ e pelas preocupações de que o crescimento da demanda diminua este ano, incluindo no principal importador, a China.
Com 2024 apenas no começo, Wall Street espera mais desafios à frente para o petróleo, com os principais bancos já reduzindo suas perspectivas para este ano. “As interrupções no fornecimento e as tensões no Oriente Médio continuam a fornecer algum suporte”, disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities da ING Groep NV.
“No entanto, na ausência de escalada no Oriente Médio, suspeitamos que o lado positivo seja limitado, dada a disponibilidade relativamente confortável durante a primeira metade de 2024.”
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No Oriente Médio, a gigante do transporte de contêineres Maersk continuará desviando navios do Mar Vermelho após uma sequência de ataques a embarcações pelos rebeldes houthis.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, por sua vez, alertou que a guerra entre Israel e o Hamas poderia se transformar em um conflito regional em grande escala. Além disso, a National Oil Corporation (NOC) da Líbia declarou estado de força maior no campo petrolífero de Sharara após seu fechamento por manifestantes. O fechamento do maior campo petrolífero do país interrompeu o fornecimento ao terminal de Zawiya, disse a NOC.
As tensões no Oriente Médio provocaram uma mudança na diferença entre os dois contratos mais próximos do Brent, um parâmetro amplamente observado das condições a curto prazo, nos últimos dias. A diferença era de 24 centavos de dólares por barril em backwardation, um padrão otimista, em comparação com 16 centavos em contango, a estrutura oposta, há um mês.
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(com Bloomberg)