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A Petrobras (PETR4) registrou um prejuízo líquido de R$ 17,04 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro observado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi influenciado principalmente pela desvalorização cambial e maiores provisões operacionais, ambos sem impacto no caixa. No acumulado anual, o lucro líquido somou R$ 36,6 bilhões, representando uma queda de 70,6% em relação a 2023.
Apesar do prejuízo trimestral, a empresa aprovou a distribuição de R$ 9,1 bilhões em dividendos. Diante desse cenário, é crucial realizar uma análise técnica das ações da Petrobras para identificar tendências e oportunidades de investimento.
As ações da Petrobras (PETR4) enfrentaram uma forte queda na última sessão, recuando 3,53% e encerrando o pregão cotadas a R$ 36,61. O movimento pressionou o papel até a faixa de suporte em R$ 35,48, onde houve entrada de fluxo comprador, reduzindo parte das perdas do dia. A formação de um martelo no gráfico diário, com uma longa sombra inferior, indica interesse comprador nessa região, sugerindo uma possível reação no curto prazo.
Apesar da correção recente, PETR4 ainda mantém uma alta acumulada de 1,16% em 2025. No entanto, no mês de fevereiro, a ação já registra queda de 2,87%. O comportamento do papel nos próximos pregões será crucial para determinar se a tendência de alta será retomada ou se a pressão vendedora persistirá.
Para entender até onde o preço das ações da Petrobras podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica da Petrobras
A análise do gráfico diário mostra que PETR4 enfrentou um movimento de baixa após testar a resistência no topo histórico de R$ 38,66. Com a forte queda da última sessão, a ação passou a negociar abaixo das médias móveis, o que acendeu um sinal de alerta para a possibilidade de novas correções.
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O suporte em R$ 35,48 foi testado, e a reação compradora nessa região impediu um movimento ainda mais intenso de queda. Além disso, a formação de um martelo com grande sombra inferior e volume expressivo sugere que há interesse comprador nessa faixa de preço.
Se o papel superar a máxima da última sessão, em R$ 36,74, poderá buscar o fechamento do gap e retomar a região das médias móveis, mirando inicialmente os níveis de R$ 37,40/R$ 37,65 e, posteriormente, o topo histórico em R$ 38,66. Caso esse movimento ganhe força, alvos mais longos podem ser projetados em R$ 39,55 e R$ 40,80.
Por outro lado, se PETR4 der sequência ao movimento de baixa e perder o suporte em R$ 35,48, poderá intensificar o fluxo vendedor, principalmente se também perder a média de 200 períodos, situada em R$ 35,00. Nesse caso, o papel poderá buscar suportes mais baixos, com alvos projetados em R$ 33,80/R$ 32,60 e, em um movimento mais acentuado, entre R$ 31,30 e R$ 30,90.
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O Índice de Força Relativa (IFR) está em 41,11, próximo da zona de sobrevenda, o que pode contribuir para um cenário de recuperação no curto prazo, caso haja entrada do fluxo comprador.
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Saiba mais:
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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, as ações da Petrobras seguem em tendência de alta no médio e longo prazo, renovando topos sucessivos ao longo dos últimos meses. O papel atingiu recentemente seu topo histórico em R$ 38,66, mas a forte baixa da última sessão levou a cotação a testar a região das médias móveis, o que pode representar um ponto de suporte relevante.
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Para que a tendência de alta seja retomada, será fundamental que o ativo volte a negociar acima das médias e supere o topo histórico. Caso isso ocorra, PETR4 poderá buscar novos patamares, com alvos projetados inicialmente em R$ 39,00/R$ 40,00 e, posteriormente, na região entre R$ 42,00 e R$ 43,50.
No entanto, se a ação perder as médias móveis e romper a linha de tendência de alta no gráfico semanal, a pressão vendedora poderá se intensificar. Nesse cenário, a perda do suporte em R$ 35,90 e R$ 35,50 poderia levar o papel a buscar níveis mais baixos, com alvos em R$ 32,60/R$ 30,90 e, em um movimento mais acentuado, entre R$ 28,90 e R$ 27,20.
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Suportes e resistências da PETR4
Suportes:
- R$ 35,48 – Suporte imediato, testado na última sessão.
- R$ 35,00 – Média de 200 períodos; perda pode acionar mais vendas.
- R$ 33,80 – R$ 32,60 – Faixa de suporte mais abaixo, caso a pressão vendedora continue.
- R$ 31,30 – R$ 30,90 – Região de suporte mais forte no curto prazo.
- R$ 28,90 – R$ 27,20 – Suporte mais longo, caso o movimento de queda se intensifique.
Resistências:
- R$ 36,74 – Máxima da última sessão; rompimento pode sinalizar retomada.
- R$ 37,15 – Região importante para retomar tendência de alta.
- R$ 37,40 – R$ 37,65 – Região das médias móveis no curto prazo.
- R$ 38,66 – Topo histórico e principal barreira para novas máximas.
- R$ 39,00 – R$ 40,00 – Alvo caso o papel supere o topo histórico.
- R$ 42,00 – R$ 43,50 – Resistência mais longa, caso o papel engate forte movimento de alta.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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