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SÃO PAULO – Mais uma vez, a Lupatech (LUPA3) foi instada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela B3 a explicar o forte movimento de suas ações. Apenas na última segunda-feira (29), as ações LUPA3 saltaram 60,35%, a R$ 8,05 enquanto que, no acumulado do mês, os ganhos foram de 283%. Mas o movimento foi mais sentido na segunda quinzena do mês: desde o dia 19 de março, ou seja, em apenas sete pregões, a alta é de 298%, indo de R$ 2,07 para R$ 8,05.
A companhia apontou em comunicado publicado na noite de segunda “que não tem ciência de fatos adicionais àqueles já
informados ao mercado e que possam justificar as oscilações registradas em termos de número de negócios, quantidade de ações negociadas ou cotação de suas ações no mercado”.
A Lupatech, em recuperação judicial, é uma empresa fabricante de peças para a indústria de petróleo e gás, bem como de etanol e biodiesel. Ela ainda atua como prestadora de serviços em campos e poços de petróleo.
Na sexta-feira 19, a companhia informou ter registrado resultado líquido de R$ 20,578 milhões em 2020, após prejuízo de R$ 26,178 milhões reportado em 2019. Nas demonstrações trimestrais, depois de relatar prejuízos seguidos: no primeiro trimestre de 2020 (-R$ 63,872 milhões), no segundo trimestre (-R$ 30,612 milhões), e no terceiro trimestre (-R$ 22,338 milhões), a empresa reportou resultado líquido de R$ 137,39 milhões no quarto trimestre de 2020.
O lucro antes de impostos, taxas, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) ficou negativo em R$ 5,793 milhões em 2020, ante o Ebitda ajustado negativo de R$ 20,127 milhões em 2019.
Já a dívida bruta caiu de R$ 148,776 milhões em 2019 para R$ 126,371 milhões em 2020. Se considerada a inclusão de caixa e equivalentes de caixa, a dívida líquida recuou de R$ 142,942 milhões em 2019 para R$ 105,356 milhões em 2020.
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Na sequência, no último dia 25 de março, a companhia comunicou que recebeu da Petrobras (PETR3;PETR4) informe sobre reajuste de 28,95% no valor global de um contrato cujo objeto é o fornecimento de cabos de poliéster para ancoragem. “A
companhia reitera que o valor global do referido contrato, antes do reajuste, era de R$ 82,64 milhões, e que se trata de contrato de fornecimento sem obrigação de compras pelo cliente, válido pelo prazo de 2 anos e renovável por até 2 anos adicionais”, informou a companhia.
No mesmo comunicado, ela destacou que recebeu a quantia de R$ 5,096 milhões em vitória em um procedimento arbitral contra a GP Investments, em uma sentença parcial perante a Câmara de Arbitragem do Mercado. “A companhia busca o
ressarcimento por perdas incorridas oriundas de (i) contingências não conhecidas das Sociedades San Antonio, e (ii) descumprimento de obrigações e quebra de declarações e garantias, todas no âmbito do Acordo de Investimento celebrado para a aquisição das Sociedades San Antonio pelo Grupo Lupatech em 2012”, destacou.
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