Ações da Fleury chegam a subir 1,77% com aquisição do Grupo Diagmax

O Diagmax atua em serviços de diagnósticos por imagem e análises clínicas por meio de seis unidades de atendimento na região metropolitana de Recife (PE)

Anderson Figo

(Divulgação)
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SÃO PAULO — Em um dia instável para o Ibovespa, as ações da Fleury (FLRY3) chegaram a subir 1,77% refletindo a notícia de que a companhia comprou o Grupo Diagmax. No fim da sessão, os papéis fecharam em alta de 0,52%, para R$ 24,99 cada um.

O Diagmax atua em serviços de diagnósticos por imagem e análises clínicas por meio de seis unidades de atendimento na região metropolitana de Recife (PE).

A companhia pagará R$ 80,388 milhões pela aquisição e, futuramente, desde que atingidos determinados resultados mutuamente acordados, fará o pagamento de earn-out no valor de até R$ 31,598 milhões.

A receita bruta estimada do Grupo Diagmax nos últimos 12 meses findos em julho de 2019 foi de R$ 47,2 milhões.

“A aquisição permitirá ao Fleury expandir a presença estratégica no Recife, aumentando sua capilaridade para 17 unidades de atendimento e fortalecendo o portfólio de exames, com a expansão da oferta em diagnósticos por imagem por meio do Diagmax”, disse Fernando Leão, diretor executivo de finanças e relações com investidores do Fleury.

O executivo disse que o grupo estuda novas aquisições no Nordeste. “Estamos sempre olhando oportunidades. É uma estratégia bem estabelecida no Grupo Fleury o crescimento inorgânico. Queremos oferecer um portfólio completo de serviços nas praças onde já atuamos e estamos sempre de olho em novas praças com bom potencial de crescimento.”

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Para analistas de mercado, no geral, a aquisição tem um efeito neutro para a companhia. “Essa aquisição aumenta a capilaridade e a penetração do Fleury no estado de Pernambuco, onde já opera 17 unidades por meio da marca a+ Medicina Diagnóstica”, disse o Itaú.

“Do ponto de vista da avaliação, é difícil avaliar o múltiplo da transação, uma vez que não foram divulgados detalhes sobre lucratividade e sinergias em potencial, mas acreditamos que possa haver sinergias nas despesas gerais e administrativas e nos custos de processamento dos exames”, completou o banco.

Já a equipe de análise do Bradesco disse que, com a operação, o Fleury “poderá expandir sua presença e, posteriormente, atingir novos mercados, com a oportunidade de ganhar ainda mais participação de mercado”.

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O banco também disse ter informações limitadas para uma avaliação completa se o negócio saiu caro ou barato, especialmente em termos de margem Ebitda e sinergias em potencial.

“De uma perspectiva estratégica, parece que o Fleury está tentando expandir sua presença em todo o país e, em um segundo estágio, fornecer serviços de atenção primária. Analisando a tese do Fleury, acreditamos que o ponto principal continua sendo a capacidade da empresa de crescer a marca Fleury, impactando positivamente sua margem Ebitda consolidada”.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.